2 de nov. de 2010

Surgem novos nichos para imóveis de luxo

SÃO PAULO - Com a falta de terrenos como forte entrave, há uma onda de crescimento de lançamentos no mercado de imóveis de luxo, puxada, de modo geral, pela expansão do poder aquisitivo, em regiões até então não tão exploradas pelas empresas do ramo. Agora, as empresas estão de olho na nova população de alto poder aquisitivo, e buscam alternativas de lançamento em algumas cidades que não costumam ter lançamentos para esse público; logo, a tendência é de surgirem novos nichos para esse mercado.

Nesse sentido ganham destaque cidades do Estado de São Paulo como Itu, Jundiaí, Sorocaba e Guarulhos, além de cidades do Vale do Paraíba. Diadema, no Grande ABC, reduto mais popular, também acaba de virar foco da classe A, tanto que receberá o Condomínio Vitta Parque, lançado pelas incorporadoras Helbor e Setin.

Para consultores do ramo, a área imobiliária paulista terá uma alta no mercado de luxo com um salto médio de até 20% este ano, na mesma projeção da valorização do metro quadrado. Há perspectiva com novas moradias também em bairros da capital, assim como cidades da região metropolitana. "Se você for parar para ver, venderam-se mais apartamentos de mais de R$ 3 milhões em dois ou três meses deste ano do que no ano passado inteiro. O grande empresário segue a própria empresa", conta o diretor da construtora Bauman, Fernando Baumann. Ele acredita que esse crescimento segue o aumento do mercado de luxo em geral.

"As pessoas estão apurando seu gosto, aumentando a exigência. Elas buscam luxo, querem um apartamento com mais requinte, mais detalhes", explica o executivo, cuja empresa atua no mercado de empreendimentos de alto padrão há 35 anos. Apesar disso, o executivo relata alguns problemas que o mercado deve enfrentar no futuro: "Conseguir terreno na cidade de São Paulo atualmente é uma dificuldade muito grande", ressalta ele.

Para conseguir novos terrenos, as construtoras têm de comprar casas e lojas dentro de bairros, mas nem sempre encontram moradores dispostos a ceder o terreno. "A família mora lá há anos, e ninguém quer sair daquela casa", diz. Para ele, uma tendência para o mercado seguir crescendo em São Paulo é a reforma de prédios antigos, como acontece em cidades como Nova York. "A construtora compra esqueletos e refaz os prédios para vender", conta Fernando Baumann.

Hoje, na cidade de São Paulo, os lançamentos de luxo estão concentrados principalmente em bairros da zona sul, responsável por 41% do mercado. No primeiro semestre de 2010, foram lançados 17 mil imóveis na cidade de São Paulo, segundo dados do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP). O aquecimento do setor leva ao aumento do preço dos imóveis e à valorização do metro quadrado, que deve subir 20% em 2010.

Interior

A dificuldade de encontrar terrenos em São Paulo também leva à busca por imóveis no interior paulista, que também observa o crescimento do mercado de luxo. Cidades do Vale do Paraíba e a região de Itu e Sorocaba, por exemplo, tornaram-se alvo da especulação recentemente.

"A cidade de São Paulo tem áreas pequenas para prédios, mas para grandes empreendimentos é difícil", conta Alexandre Cardoso, presidente da Apoena Imóveis. "A procura está indo para a região de Itu e para o eixo da cidade de Jundiaí", declarou o executivo. Segundo ele, a Apoena lançou recentemente, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, o empreendimento Reserva dos Lagos. Com terrenos de 400 a 600 metros quadrados, o condomínio vendeu 70% dos lotes disponíveis em 30 dias de venda.

Cardoso comemora o resultado: "Loteamento fechado, normalmente, demora de 6 meses a um ano depois do lançamento para ser vendido", conta. "No Reserva dos Lagos, depois de 60 dias de venda os terrenos tiveram uma valorização de 25%."

O próximo grande lançamento previsto pela Apoena será um empreendimento na região de Itu, e as expectativas também são boas. "Esse empreendimento já conta com 200 interessados na compra dos 186 lotes disponíveis. É o público de São Paulo mesmo que busca um imóvel como investimento ou para lazer, uma segunda moradia", explica. "Essa região de Sorocaba está crescendo muito. A Castello Branco foi eleita a melhor rodovia e a Toyota está abrindo uma fábrica na cidade", finaliza.

Região metropolitana

O mercado imobiliário de alto padrão também começa a chegar a municípios conhecidos por abrigarem classes mais baixas, sem uma conhecida demanda por imóveis de luxo. Um exemplo é a cidade de Diadema, no Grande ABC, que receberá o Condomínio Vitta Parque, lançado pelas incorporadoras Helbor e Setin. "Vendemos, no fim de semana de lançamento, 70% do empreendimento", explica João Mendes, diretor comercial da Setin.

De acordo com o executivo, a cidade de Diadema, com mais de 300 mil habitantes, não tinha empreendimentos do porte do Vitta Parque, que tem mais de 15 mil metros quadrados e apartamentos de 3 e 4 dormitórios que podem chegar a 113 metros quadrados. "Não vejo isso como um crescimento, mas como o suprimento de uma demanda reprimida", explica.

O empreendimento fica localizado a 300 metros do Shopping Praça da Moça, a cinco minutos da Rodovia dos Imigrantes e a cerca de 15 minutos do Metrô Jabaquara, tornando-se acessível mesmo para quem trabalha em São Paulo.


DCI

1 de nov. de 2010

Pequena e média construtora vive nova fase

Andre Kovari, diretor de negócios da GMK: "Essa é a hora que a gente tem para aparecer, as empresas médias nunca tiveram um momento tão favorável" As empresas pequenas e médias do setor de construção civil vivem uma realidade totalmente nova e inédita. Sofrem um forte assédio dos fundos imobiliários que precisam de ativos reais para lastrear seus produtos financeiros - em fase de registro ou captação já são R$ 9 bilhões - além dos já presentes investidores estrangeiros e private equity. Das novatas às mais antigas, donos de diferentes empresas reúnem-se com potenciais investidores. E o mais interessante - e improvável em outros momentos - é que o convite sempre parte dos donos do dinheiro.
São dois interesses combinados: empresas com experiência, mas sem capital para fazer a operação crescer na velocidade que o mercado comporta, e gente com dinheiro, mas sem o know-how do setor. O interesse dos fundos imobiliários é investir nos projeto, diretamente nas SPE"s (sociedade de propósito específico). Nesse caso, o risco está limitado ao empreendimento e não à empresa. Captam rentabilidade da incorporação desde o início. "Os fundos batem à minha porta com muita frequência", afirma Alexandre Frankel, da Vitacon, empresa que aposta em empreendimentos compactos em bairros nobres de São Paulo e tem previsão de vendas de R$ 350 milhões este ano. Pode parecer arrogância, mas é a nova realidade do mercado imobiliário.
Cada empresário, a seu modo, conta do assédio. "São quatro fundos conversando com a gente", diz o dono da Upcon, Guilherme Benevides, filho de Gilberto Benevides, um dos sócios da Company, que foi vendida à Brascan, hoje Brookfield. "Nosso problema agora está em apenas montar um bom negócio", diz.
A GMK incorporadora, empresa de 26 anos, que deve vender entre R$ 200 e R$ 250 milhões este ano, assinou ontem parceria com a espanhola Procupisa, que no Brasil é representada pelo ex-jogador de futebol Mauro Silva. A empresa espanhola entrará em dois empreendimentos em Diadema, dentro do Minha Casa, Minha Vida, com um total de 1100 unidades e R$ 130 milhões de VGV. "Essa é a hora que a gente tem para aparecer, as empresas médias nunca tiveram um momento tão favorável", diz André Kovari, diretor da GMK, empresa fundada por seu pai. Segundo André, outros dois investidores estrangeiros estiveram conversando com a empresa.
Mesmo empresas em início de operação sentem o assédio. A you,inc, incorporadora criada este ano pelo empresário Abrão Muszkat, ex-sócio da Even, já nasceu com aporte de US$ 50 milhões do fundo de investimento americano Palladin. Ainda assim, recebe várias consultas de interessados em entrar direto nos empreendimentos. "Só esta semana falei com três e o ritmo tem sido esse", afirma Eduardo Muszkat, diretor da companhia. "São dois tipos de investidores diferentes, os que querem entrar nos projetos e os interessados nas empresas. E os dois estão batendo na porta das companhias", diz Muszkat, egresso do mercado financeiro. Segundo o executivo, os fundos internacionais estão muito interessados porque a rentabilidade aqui está acima da média mundial.
A oferta de capital é ampla e vem de várias fontes. O financiamento à produção, que antes era difícil de conseguir, está mais acessível. "Os bancos nem nos recebiam antes, agora a situação mudou", afirma fonte de uma empresa. Só a Caixa Econômica Federal deve disponibilizar R$ 70 milhões este ano. Os bancos privados, como Itaú, Bradesco e Santander, também avançam rapidamente no crédito imobiliário, especialmente no segmento de financiamento à produção - concedido às construtoras. O interesse nesse tipo de financiamento é maior até do que o crédito à pessoa física.
Apesar do farto volume disponível nos fundos imobiliários - mais de R$ 9 bilhões, três vezes mais que no ano passado inteiro - há empresas que veem com certa cautela o súbito interesse. "Eles exigem que você entregue quase todo resultado para o fundo", afirma o dono de uma empresa. Na sua opinião, é o capital mais caro que existe no momento e exige avaliação minuciosa por parte dos empreendedores.
Mesmo com mais capital disponível para produção, a compra de terrenos ainda é um problema para empresas menores. E, na atual situação de mercado, está cada vez mais difícil conseguir permuta com o dono do terreno. É aí que a necessidade de capital se faz mais presente. Em função do aquecimento do mercado imobiliário e de todas as mudanças que estão acontecendo no setor, as incorporadoras médias começam a ter de trabalhar como as grandes, em certos aspectos. O mais evidente é a a necessidade de formar um banco de terrenos.
Antes, essas companhias compravam um terreno de cada vez, construíam e partiam para a próxima empreitada. Agora, por conta da concorrência, das dificuldades de aprovação dos projetos nas grandes cidades e, principalmente, pelo temor de que os preços dos terrenos possam subir ainda mais, tornou-se imperativo formar um banco de terrenos, o tal "land bank" tão usado em 2007 para atrair investidores e abrir o capital das construtoras.
Se antes, o horizonte para compra de terrenos de uma empresa média era de um ano, passou para dois a três - ainda menor que o das companhias abertas, que passa de cinco anos . "O mercado te obriga a ter um banco de terrenos mais significativo, ainda que não seja interessante deixar tanto dinheiro imobilizado", diz Frankel, da Vitacon. Além de operar com capital próprio, a empresa trabalha com um modelo antigo no mercado - o investimento de pessoas físicas nos empreendimentos. Para Benevides, da Upcon, como há muitos projetos parados na prefeitura, engordar o banco de terrenos tornou-se importante para dar fluxo à companhia.
Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio

31 de out. de 2010

Shoppings investem alto na decoração de Natal

Os shoppings do Grande ABC já se preparam para receber o Natal. Os estabelecimentos montam, a partir deste fim de semana, a decoração natalina e o espaço para receber o Papai Noel. Neste ano, os centros comerciais gastaram até 30% mais nos enfeites de época para garantir a preferência do público.
Em Mauá, a gerente de marketing do Mauá Plaza, Ariane Oliveira, diz que investiu R$ 1,2 milhão na decoração, que deve ser lançada no dia 7. "Já começamos a iluminação externa e ontem a decoração interna. Teremos várias atividades por conta da Vila do Papai Noel, que chega no dia 7, depois de fazer carreata de Ribeirão Pires até aqui. Nesse evento, todas as crianças que estiverem no shopping receberão chapéus de duendes, para entrar no clima da festa", conta.
Em seu segundo Natal, o Praça da Moça, em Diadema, desembolsou R$ 900 mil para conquistar a atenção da garotada. O espaço trará o tema Alegre Natal com Snoopy e sua turma, comemorando os 60 anos do personagem. A inovação exigiu, inclusive, seguro por parte do estabelecimento para evitar problemas com os bonecos. "É uma decoração exclusiva e inédita. Teremos teatro de fantoches com os personagens para entreter o público infantil. A inauguração será no dia 6", afirma o superintendente Wilson Pelizaro.
O Metrópole vai investir na sustentabilidade. Serão utilizadas lâmpadas megaLED, além de LEDs (Light Emitting Diode ou Diodo Emissor de Luz), na iluminação das árvores de Natal e corredores do centro de compras.
O LED proporciona economia de até 75% comparadas às lâmpadas convencionais. Inédito no Brasil, o megaLED possui mais potência que o LED, iluminando cinco vezes mais. Também serão utilizados produtos feitos com madeira certificada e tintas à base de água, que provocam menor impacto ao meio ambiente. O desenvolvimentoda decoração custou ao complexo R$ 350 mil.
O Papai Noel chega no dia 14 no Shopping ABC. O empreendimento farrá festa para recepcionar o bom velhinho e aproveita o momento para inaugurar a decoração deste ano. O Grand Plaza, em Santo André, também fará evento único para receber o Papai Noel e estreiar os enfeites de Natal, no dia 5. Ambos não se manifestaram sobre o custo da infraestrutura.

Paula Cabrera / Do Diário do Grande ABC

28 de out. de 2010

Escola Brasil Treina abre nova unidade no ABC

A partir de hoje Diadema terá a segunda unidade da escola Brasil Treina do ABC. O centro profissionalizante oferece cursos de informática, inglês, design gráfico e web design por preços acessíveis. São mais de 18 unidades em todo o Estado de São Paulo. 

A nova escola, que recebeu investimentos de aproximadamente R$ 30 mil, terá capacidade de atender 32 alunos por hora. Até agora já foram realizadas 300 matrículas. No ABC o centro também tem unidade em Ribeirão Pires. 

O objetivo da escola é capacitar pessoas de todas as idades a fim de que ingressem no mercado de trabalho. Em todas as unidades é possível encontrar cursos de Gestão de Negócios Varejistas, em Moda, Turismo, Meio Ambiente e Telemarketing; estética e saúde, especialização em petróleo, gás e mineração; e teatro e gestão de espetáculos. Todos têm carga horária de 80 horas e duração prevista para dez meses.

Com mais de dois anos no mercado a escola também visa o ensino da 5º série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Para a responsável pela secretaria e coordenação da Unidade de Diadema, Gabrielli Pires Guaita, a dinâmica do curso é o autoensinamento, mas sem dispensar a presença do professor. “Em outras escolas, que são formadas por classes, geralmente os alunos tem de esperar o colega acabar a atividade isso atrasa e atrapalha o rendimento”, explicou.

Serviço ä A escola esta localizada na rua São Joaquim, 37, Centro de Diadema. O preço da mensalidade é a partir de R$ 55,90. Mais informações pelo telefone 4056-1299.



MARINA PETROLLI
ESPECIAL PARA O DIÁRIO REGIONAL

Catadores ganham fábrica com coleta de itens recicláveis

DIADEMA - O Município de Diadema vai ganhar uma Fábrica de Varal PET, que abrigará o Centro de Referência dos Catadores(as) do ABCD e Central de Comercialização Coopcent ABC. A fábrica faz parte do Projeto Rede Gerando Renda - Catadores do ABC", que tem o intuito de fortalecer a rede de comercialização dos grupos de coleta seletiva do Grande ABCD, gerando emprego e renda para os catadores e catadoras de material reciclável complexo Rede ABC

Agregar valor ao trabalho dos catadores, além da coleta e seleção do reciclável, são os principais objetivos da fábrica. O beneficiamento do PET e a transformação em varal serão feitos pelos próprios catadores por meio de uma máquina criada a partir de motores usados e peças reaproveitadas. Com ela é possível tecer fios que são usados para fazer os varais. Estima-se que seja produzida cerca de 12 mil unidades de varal por mês. O dinheiro arrecadado neste primeiro momento do projeto será destinado à manutenção da fábrica. Conforme o aumento da produção, os catadores, por meio de sua associação, definirão a utilização do dinheiro em assembleia. Os trabalhadores poderão destinar para ampliação do investimento ou se haverá um rateio para os grupos.

Os catadores são gestores da fábrica e recebem formação para administrá-la. O varal tem marca registrada, sai embalado e pronto para o consumidor final. O produto tem grande aceitação e já possui compradores para a produção. Nesse primeiro momento duas pessoas operam as máquinas, mas ainda em novembro mais duas pessoas serão associadas. Em Diadema existem atualmente cinco pontos de reciclagem. Neste momento apenas o ponto da Coopcent receberá as máquinas. Assim, os fardos de PET serão levados dos outros centros para a fábrica.

A proposta é que no futuro as máquinas desfiadeiras sejam instaladas em todos os pontos de reciclagem do município, facilitando ainda mais o trabalho dos catadores. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Diadema, Unisol, Uniforja, Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) Instituto GEA, governo federal e Projeto Coleta Seletiva Brasil-Canadá. Caberá à municipalidade, além de ceder o espaço e a infra-estrutura, realizar a manutenção do local.

Habitação

Ontem (27) a Prefeitura de Diadema deu continuidade aos debates sobre o Plano Local de Habitação de Interesse Social (Plhis). O município quer ampliar o diálogo com movimentos de moradias e sociedade civil sobre o planejamento da política municipal de habitação. A iniciativa deve aprofundar oconhecimento dos desafios identificados pelo plano e as metas que Diadema deseja atingir nos próximos anos.

Na primeira plenária, em 21 de outubro, os participantes discutiram o tema Programas Habitacionais e Metas. Nos próximos debates, os participantes devem trocar informações sobre a realidade das necessidades da população, de modo a promover o desenho de estratégias e identificar quais os tipos de programas e recursos são necessários para o enfrentamento dos problemas. "Discutir o papel do Fundo Municipal de Apoio à Habitação de Interesse Social [Fumapis], dos movimentos de moradia, dos Encontros Municipais de Habitação é fundamental para estabelecer uma gestão construída de maneira colegiada e participativa na cidade", crê o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema, Márcio Vale.

A conclusão do Plhis será apresentada no V Encontro Municipal de Habitação, de 3 e 4 de dezembro, em Diadema. A validação do plano ocorrerá no dia 4, com a presença de membros da prefeitura, da sociedade civil, membros do Ministério das Cidades, da Caixa Econômica Federal e do setor acadêmico.


DCI

Banco de Alimentos de Diadema completa sete anos

Combater o desperdício que acontece nas feiras, centrais de abastecimento e no comércio em geral, minimizar a fome e incentivar o aproveitamento integral dos alimentos. O Banco de Alimentos de Diadema foi inaugurado em outubro de 2003 para perseguir esses objetivos, como uma das propostas do Programa Fome Zero de Diadema.
Nesses sete anos foram coletados e distribuídos mais de três milhões de quilos de alimentos para 31 entidades cadastradas que fazem o alimento chegar até às famílias que necessitam, e 45 entidades de produção local, que preparam elas mesmas as refeições para servir ao seu público, como crianças em creches, asilos e albergue.
São coletadas cerca de 80 toneladas, ou 80 mil quilos de alimentos por mês, que são repassados a 76 entidades que atendem 17 mil pessoas.
O Banco faz os contatos para a captação e recolhe os alimentos que não serão mais comercializados, mas que ainda se encontram em boas condições para o consumo.  As doações vêm de hipermercados e supermercados, atacadistas, feirantes, e comércio, que não têm nenhum custo ao fazer a doação.
Os produtos passam por triagem, análise, seleção, classificação e embalagem antes de seguirem para as entidades. O Banco também adquire alimentos por meio do Programa de Compra Direta Local, uma parceria entre a Prefeitura e o governo federal, que permite a aquisição direta junto aos pequenos agricultores. O Banco também recebe alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento do Governo Federal, que este mês doou ao município 10 toneladas de feijão e 15 toneladas de leite em pó.
Além desse trabalho de coleta e distribuição de alimentos, o Banco de Alimentos também trabalha na divulgação de informações sobre hábitos alimentares saudáveis e o aproveitamento integral dos alimentos.
Comemoração - O aniversário do Banco será comemorado com uma  confraternização hoje, às 14h, na sede do Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional de Diadema Josué de Castro - à Rua Sargento Nestor Romualdo Tenório, 102 - Vila Cláudia.
Para a comemoração serão convidados os parceiros nas atividades do Banco, como os doadores de alimentos, as entidades beneficentes, além dos produtores rurais, que serão homenageados.

Do Diário do Grande ABC

Unifesp Diadema inaugura novos laboratórios de pesquisa


A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) inaugurou 33 laboratórios de pesquisa e três laboratórios de Graduação na unidade Eldorado do Campus Diadema, na Grande São Paulo.
Os laboratórios de graduação, com aproximadamente 100 metros quadrados cada, estão equipados com infra-estrutura para atender aos cursos de Engenharia Química, Química Industrial e Farmácia e Bioquímica. Estes locais contam com equipamentos de caracterização de bombas, sistemas particulados, trocadores de calor, painéis eletrotécnicos e tratamento de água, entre outros.
O laboratório de Análise Instrumental é o único a ser utilizado por alunos de Graduação na América Latina. Outras instituições estão equipadas com esta aparelhagem para pesquisa e prestação de serviços, e nós replicamos a maioria dos aparelhos de ponta para serem utilizados na Graduação, destaca a professora Virgínia Berlanga Campos Junqueira, diretora acadêmica da Unifesp Diadema. Com isso, nossos alunos de Graduação sairão muito mais preparados para uma pós-graduação e para o mercado de trabalho que exige mão-de-obra altamente qualificada.
Os laboratórios de pesquisa, com tamanhos que variam de 25m² a 60m², estão equipados para a realização de pesquisas em diversas áreas como, por exemplo, Microbiologia, Imunopatologia, Estresse Oxidativo, Ecologia, Química Analítica, Genética, Química Orgânica e Física, entre outros. O local, que também será disponibilizado para pesquisadores dos demais campi da Unifesp, conta com aparelhos de ressonância magnética nuclear, microscópio eletrônico de varredura e mesas de laser.
Unifesp em Diadema
A Unifesp instalou-se em Diadema em 2007 tendo como foco cursos relacionados ao Meio Ambiente, seguindo a vocação da região onde a universidade está instalada, no Jardim Eldorado, às margens da represa Billings, e também visando atender as necessidades do mercado de trabalho local.

Atualmente são 1.330 alunos matriculados em sete cursos de Graduação em Diadema - Ciências Ambientais; Ciências Biológicas; Farmácia e Bioquímica; Engenharia Química; Licenciatura Plena em Ciências, Química e Química Industrial.
As aulas são ministradas em três unidades (Eldorado, Florestan Fernandes e Brasília) e até 2015 a universidade deverá contar com aproximadamente 3 mil alunos no município.
Redação Terra

26 de out. de 2010

DIADEMA DEVE RETOMAR DEBATE SOBRE MUDANÇAS NA SANED

A Prefeitura de Diadema deve encaminhar à Câmara, nos próximos dias, o polêmico projeto de lei que visa extinguir a Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e criar uma nova empresa de saneamento, que terá a gestão compartilhada com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Um anteprojeto dessa matéria já foi apresentado aos vereadores e discutido em audiência pública há cerca de seis meses, mas a sua apreciação teve de ser postergada devido a uma intervenção da PGE (Procuradoria Geral do Estado), que ficou incumbida de dar um parecer sobre a legalidade do texto. Além disso, há quem diga nos bastidores que o processo eleitoral, também, travou as discussões, porque esse acordo foi celebrado durante a gestão tucana do governo de São Paulo entre os anos de 2007 e 2010, e o novo governo eleito poderia interromper o processo de negociação.

Entretanto, de acordo com o vereador José Francisco Dourado, o Zé Dourado (PSDB), a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, teria lhe dito que não há nenhum entrave em relação à análise da PGE, e o parecer jurídico deve ser formulado nas próximas semanas. “Eu falei com a secretária Dilma Pena durante um evento na Região, e ela me disse que está tudo certo, não haverá nenhum problema. O que discutimos é que o texto deve ser analisado pelas comissões depois das eleições (31 de outubro)”, diz Dourado.

O anteprojeto publicado no Legislativo prevê a criação de uma nova empresa intitulada CSAD (Companhia de Saneamento Ambiental de Diadema), que reservará 50% do patrimônio (ativos e passivos) ao município e 50% à Sabesp. O comando dessa nova gestão seria dividido e alternado entre a cidade e o governo estadual. Nos Conselhos Administrativo e Financeiro, seriam criados quatro cargos de direção em cada departamento, e as vagas seriam divididas de forma igualitária. A diretoria dessa nova empresa continuaria sendo composta por três diretores e o quadro de comissionados ligados a este departamento saltaria de 9 para 10 provimentos.

Durante a audiência pública a maioria dos vereadores afirmou que não votará favorável à matéria se não forem feitos alterações na proposta do Executivo. Entre elas, a redação de cláusulas de garantias da manutenção dos 330 postos de trabalho da Saned, permanência da tarifa social, e, sobretudo, o controle majoritário do município sobre a gestão da nova empresa de saneamento a ser criada. “Eu acho que não vai ter essa possibilidade (de controle majoritário do município), porque as duas empresas precisam de ter peso igual na gestão”, acrescenta o vereador.

Rodrigo Bruder - JORNAL ABCD MAIOR

24 de out. de 2010

Cooperativa da região fornece à petroleira

Uma cooperativa de Diadema, a Uniforja, é fornecedora direta e indireta da Petrobras desde 1954, quando ainda era conhecida como Conforja. Diretamente, vende à petroleira flanges (elementos de ligação de tubulação) e conexões forjadas (curvas e Ts). Indiretamente, forjados para equipamentos que vão ao fundo do mar.
Segundo o presidente da Uniforja, João Luis Trofino, não é muito difícil ser um fornecedor da Petrobras, mas é preciso ter disciplina. "E a empresa tem que ter um produto de qualidade, prazo de entrega e tem de estar com todos os impostos em dia", afirma.
As vendas à petroleira devem render à cooperativa neste ano R$ 100 milhões - 60% de seu faturamento (10% provém do fornecimento direto e 50%, do indireto).
A Uniforja também atende os setores de geração de energia eólica e o segmento pesado automotivo - de caminhões e ônibus.
"Já estamos de olho na exploração do pré-sal, para vendermos mais ainda à Petrobras. Queremos fornecer novas ligas. Na verdade são os mesmos produtos, mas revestidos com outros materiais. E é aí que estará a maior fatia do bolo", conta Trofino. Quanto isso deve render, ele ainda não consegue estimar.
Serviço:
Oportunidades de Negócios no Setor de Petróleo e Gás Natural
Data: 27/10/2010Horário: 9 horas
Local: Teatro do Sesi de Santo André
Endereço: Praça Doutor Armando de Arruda Pereira, 100, Santa Terezinha, Santo André

Soraia Abreu Pedrozo 
Do Diário do Grande ABC