O setor industrial do Grande ABC voltou a gerarempregos em junho, aponta levantamento do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgado ontem. Houve a abertura de aproximadamente 800 vagas no mês passado, o que significou expansão de 0,33%, de acordo com o estudo, que toma como base as informações passadas por empresas associadas às diretorias regionais da entidade.
SETORES - Os dados do estudo ajudam a explicar porque houve crescimento do nível de emprego industrial em junho. Entre os segmentos que impulsionaram as contratações no Grande ABC se destacou o ramo classificado como ‘de produtos diversos’, que engloba, por exemplo, óculos e brinquedos (os quais tiveram alta de 13,04%). Essa última atividade tradicionalmente amplia postos de trabalho no período para fazer estoques e atender a demanda do varejo para o Dia das Crianças, em outubro.
Outras áreas que lideraram a geração de vagas foram os ramos têxtil (2,07%); químico (2,01%) e de itens de borracha e material plástico (1,05%). O inverno também colabora para intensificar a produção têxtil, assinala o diretor da Fiesp em São Caetano, o empresário Fernando Trincado, que atua no segmento. “Mas em relação ao que se esperava foi uma surpresa positiva”, diz.
PESSIMISMO - Os representantes do empresariado não veem motivos para acreditar em continuidade desse movimento de contratações, entre outros fatores, por causa das estimativas modestas de crescimento da economia neste ano. “A insegurança causa diminuição nos investimentos e, consequentemente, nos empregos”, afirma o vice-diretor de Finanças do Ciesp, Shotoku Yamamoto, que tem fábrica em Ribeirão Pires.
No Estado, foram 4.500 demissões
A indústria paulista teve saldo de 4. demissões em junho ante maio, de acordo com a Fiesp. Na comparação de junho de 2013 com junho de 2012, a entidade registrou saldo de 28 mil demissões.
O diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp, Paulo Francini, disse que a criação de empregos na indústria paulista foi ruim no primeiro semestre e a estimativa para os próximos seis meses não é “nada alvissareira”.(da AE)
fonte: Leone Farias - DGABC