4 de ago. de 2009
Cidades do Grande ABC disputam sede do polo tecnológico
Antonio Rogério Cazzali
Do Diário do Grande ABC
Começou ontem a corrida formal para a criação do polo tecnológico do Grande ABC, com a definição do GT (Grupo de Trabalho), em evento realizado na Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, em Santo André, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de seis prefeitos da região - São Bernardo foi representada por Jefferson José da Conceição, seu secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo - além de reitores de várias universidades locais e de empresários.
A iniciativa visa estimular a pesquisa tecnológica conjunta em setores em que o Grande ABC demonstre vocação, a exemplo do metal mecânico, de plástico, petroquímico, cosméticos, moveleiros, além de outros que tendem a se expandir localmente como o de tecnologia da informação e biotecnologia.
Como revelou Alckmin, o próximo passo será definir uma área de no mínimo 200 mil m² a fim de dar constituição física ao projeto. "Tudo dependerá do que nos for apresentado. Se já existir o prédio, os investimentos diminuirão. Se tivermos somente o terreno, os custos subirão um pouco mais."
Apesar da coesão de propósitos, a disputa pela sede já divide opiniões. O prefeito de Santo André, Aidan Ravin, disse que o município tem grandes áreas particulares, que poderão ser compradas pelo município e cedidas ao Polo.
O prefeito de Diadema, Mario Reali, aposta na criação de vários espaços físicos menores na região. Ribeirão Pires, contudo, com diversas áreas de mananciais e restrições para a tividade industrial, prefere aguadar o desenrolar da história. "Pelo visto, Ribeirão Pires só vai desfrutar dos avanços gerados com a iniciativa", afirmou o prefeito Clóvis Volpi.
De acordo com o diretor-executivo do Consórcio, Fausto Cestari Filho, a região está atrasada alguns anos na elaboração do Polo em relação a São José dos Campos e São Carlos (ambas em São Paulo) e o Vale dos Sinos (RS). "Enquanto o parque industrial do Grande ABC fez sucesso e não sofreu crises, ficamos parados acreditando que esses bons ventos durariam para sempre. Foi um erro que tentamos remediar a partir de agora."
Segundo ele, nos próximos dias, o GT deverá assinar um protocolo que demonstrará os requisitos já cumpridos para a criação do polo. "A partir daí, teremos até dois anos para iniciar o projeto", explicou Cestari Filho.
Na quinta-feira, o grupo visita o Polo Tecnológico de São José dos Campos, que difere do do Grande ABC por tratar de um único tema, o aeronáutico. "O nosso terá um leque amplo de especialidades, com integração regional e não de uma única cidade", disse o diretor. No dia 20 de agosto o grupo visita o Polo do Rio Grande do Sul.
O prefeito Luiz Marinho esteve presente ao evento, mas deixou a Agência assim que Alckin chegou, alegando outros compromissos.
Neste mês, grupo da região conhecerá outros parques
"Os setores de comércio e serviços também se beneficiarão com o Polo Tecnológico", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luis Paulo Bresciani, e também coordenador do Grupo de Trabalho do projeto. "A indústria forte impulsiona os outros setores."
Ele reforça que há diferenças entre parque e polo, sendo o primeiro caracterizado por um espaço físico mais centrado, enquanto que no segundo há pulverização das ações em uma área maior. "Nosso desafio é grande, pois são vários APLs (Arranjos Produtivos Locais) que estarão na pauta."
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governo estadual ajudou na formação do Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), que começou a ser formalizar em 2006, com R$ 5 milhões e tem investido mais R$ 12 milhões no Polo Paulista do Jaguaré.
"Não sei quanto será demandado pelo projeto do Grande ABC, mas é bom deixar claro que o SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos) não é para consumir investimentos públicos, mas para atrair aprote privado", explicou Alckmin.
Sindicalismo busca sintonia com avanços tecnológicos
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, a ideia de se criar um polo tecnológico na região não é nova, mas agora dá ares de maturidade, longe de projetos voluptuosos do passado.
"Não foi somente a tecnologia para o setor industrial e a vontade política que cresceram nos últimos anos. O sindicalismo também melhorou, e hoje está muito mais voltado ao diálogo." De acordo com Nobre, a evolução sindical é peça importante na constituição de um polo tecnológico, que pede flexibilidade e inteligência.
Segundo o presidente, a própria redução de jornada, de 44 para 40 horas semanais, segue esse propósito de excelência nas atividades. "O trabalhadornão pode mais ficar dez anos sem estudar, como o fazia no passado. A evolução tecnológica requer trabalhadores que tenham tempo de se aprimorar. Assim, a redução da jornada vai colaborar para isso."
Como lembrou o diretor de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o ambiente está pronto para receber o polo tecnológico, do sindicalismo maduro às universidades parceiras."
Do Diário do Grande ABC
Começou ontem a corrida formal para a criação do polo tecnológico do Grande ABC, com a definição do GT (Grupo de Trabalho), em evento realizado na Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, em Santo André, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de seis prefeitos da região - São Bernardo foi representada por Jefferson José da Conceição, seu secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo - além de reitores de várias universidades locais e de empresários.
A iniciativa visa estimular a pesquisa tecnológica conjunta em setores em que o Grande ABC demonstre vocação, a exemplo do metal mecânico, de plástico, petroquímico, cosméticos, moveleiros, além de outros que tendem a se expandir localmente como o de tecnologia da informação e biotecnologia.
Como revelou Alckmin, o próximo passo será definir uma área de no mínimo 200 mil m² a fim de dar constituição física ao projeto. "Tudo dependerá do que nos for apresentado. Se já existir o prédio, os investimentos diminuirão. Se tivermos somente o terreno, os custos subirão um pouco mais."
Apesar da coesão de propósitos, a disputa pela sede já divide opiniões. O prefeito de Santo André, Aidan Ravin, disse que o município tem grandes áreas particulares, que poderão ser compradas pelo município e cedidas ao Polo.
O prefeito de Diadema, Mario Reali, aposta na criação de vários espaços físicos menores na região. Ribeirão Pires, contudo, com diversas áreas de mananciais e restrições para a tividade industrial, prefere aguadar o desenrolar da história. "Pelo visto, Ribeirão Pires só vai desfrutar dos avanços gerados com a iniciativa", afirmou o prefeito Clóvis Volpi.
De acordo com o diretor-executivo do Consórcio, Fausto Cestari Filho, a região está atrasada alguns anos na elaboração do Polo em relação a São José dos Campos e São Carlos (ambas em São Paulo) e o Vale dos Sinos (RS). "Enquanto o parque industrial do Grande ABC fez sucesso e não sofreu crises, ficamos parados acreditando que esses bons ventos durariam para sempre. Foi um erro que tentamos remediar a partir de agora."
Segundo ele, nos próximos dias, o GT deverá assinar um protocolo que demonstrará os requisitos já cumpridos para a criação do polo. "A partir daí, teremos até dois anos para iniciar o projeto", explicou Cestari Filho.
Na quinta-feira, o grupo visita o Polo Tecnológico de São José dos Campos, que difere do do Grande ABC por tratar de um único tema, o aeronáutico. "O nosso terá um leque amplo de especialidades, com integração regional e não de uma única cidade", disse o diretor. No dia 20 de agosto o grupo visita o Polo do Rio Grande do Sul.
O prefeito Luiz Marinho esteve presente ao evento, mas deixou a Agência assim que Alckin chegou, alegando outros compromissos.
Neste mês, grupo da região conhecerá outros parques
"Os setores de comércio e serviços também se beneficiarão com o Polo Tecnológico", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luis Paulo Bresciani, e também coordenador do Grupo de Trabalho do projeto. "A indústria forte impulsiona os outros setores."
Ele reforça que há diferenças entre parque e polo, sendo o primeiro caracterizado por um espaço físico mais centrado, enquanto que no segundo há pulverização das ações em uma área maior. "Nosso desafio é grande, pois são vários APLs (Arranjos Produtivos Locais) que estarão na pauta."
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governo estadual ajudou na formação do Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), que começou a ser formalizar em 2006, com R$ 5 milhões e tem investido mais R$ 12 milhões no Polo Paulista do Jaguaré.
"Não sei quanto será demandado pelo projeto do Grande ABC, mas é bom deixar claro que o SPTec (Sistema Paulista de Parques Tecnológicos) não é para consumir investimentos públicos, mas para atrair aprote privado", explicou Alckmin.
Sindicalismo busca sintonia com avanços tecnológicos
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, a ideia de se criar um polo tecnológico na região não é nova, mas agora dá ares de maturidade, longe de projetos voluptuosos do passado.
"Não foi somente a tecnologia para o setor industrial e a vontade política que cresceram nos últimos anos. O sindicalismo também melhorou, e hoje está muito mais voltado ao diálogo." De acordo com Nobre, a evolução sindical é peça importante na constituição de um polo tecnológico, que pede flexibilidade e inteligência.
Segundo o presidente, a própria redução de jornada, de 44 para 40 horas semanais, segue esse propósito de excelência nas atividades. "O trabalhadornão pode mais ficar dez anos sem estudar, como o fazia no passado. A evolução tecnológica requer trabalhadores que tenham tempo de se aprimorar. Assim, a redução da jornada vai colaborar para isso."
Como lembrou o diretor de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o ambiente está pronto para receber o polo tecnológico, do sindicalismo maduro às universidades parceiras."
A classe C leva a Lojas Marisa ao paraíso
SÃO PAULO - A Marisa, considerada uma das umas das maiores varejistas de vestuário (feminino, masculino e infantil) do Brasil, e com os negócios voltados principalmente para o público da classe C, comemora uma melhora nos resultados deste primeiro semestre: o lucro líquido foi 98% maior do que o mesmo período do ano passado, e somou R$ 33,6 milhões.
Para alcançar esse número, a empresa adotou uma série de medidas que deram resultado, como gerenciamento de estoque, regionalização de preços e ampla negociação com fornecedores.
De acordo com o presidente da rede, Marcio Goldfarb, filho do fundador da Marisa, Bernardo Goldfarb, e principal acionista, não há mais problemas de estoque. "No primeiro trimestre nos resguardamos bastante e erramos por ser muito seguros, mas agora os estoques estão indo bem e também tivemos maior margem bruta do varejo, que subiu 4 pontos percentuais".
O presidente da rede explica que estão trabalhando a relação com fornecedores para ajudá-los a negociar matéria-prima, como tecidos e outros produtos. Das vendas da rede, 88% são da marca Marisa e o restante de outras marcas, mas toda a produção é terceirizada.
Outra medida sendo levada em conta é a da adequação de produtos e preços a cada região do País. "No mês de junho, por exemplo, que é um mês bom por ter Dia dos Namorados e São João, trabalhamos com duas coleções diferentes, uma para o Sul e Sudeste e outra para Norte e Nordeste", explica o presidente da rede.
Com tudo isso, a rede afirma ter conseguido oferecer preços mais baixos sem ter perdas nas margens. Para o resto do ano, foi revista para cima até a expansão da rede, que deve abrir três lojas a mais que o previsto, totalizando 9 lojas abertas em 2009 e um investimento de R$ 26 milhões. Hoje, a rede conta com 221 unidades.
Goldfarb, que afirma que a Marisa ainda deve continuar nas mãos da família, permanecendo como acionista principal, revelou ainda que optaram por uma estratégia de reduzir as vendas por meio de cartão de crédito, que antes representavam cerca de 60% do total das vendas realizadas e, agora, representa 51,4% do total, dependendo menos dessa forma de pagamento e tendo mais cuidado com a oferta de crédito .
Investimentos
A rede também está investindo em gestão comercial e tecnologia, com a instalação de sistemas chamados SAP Retail, de gestão mercantil, e SAP MAP (merchandising assortment planning), que prometem trazer maior economia e eficiência na operação da rede. "Sempre investimos visando melhoras da margem e análise melhor das compras", ressalta.
Para alcançar esse número, a empresa adotou uma série de medidas que deram resultado, como gerenciamento de estoque, regionalização de preços e ampla negociação com fornecedores.
De acordo com o presidente da rede, Marcio Goldfarb, filho do fundador da Marisa, Bernardo Goldfarb, e principal acionista, não há mais problemas de estoque. "No primeiro trimestre nos resguardamos bastante e erramos por ser muito seguros, mas agora os estoques estão indo bem e também tivemos maior margem bruta do varejo, que subiu 4 pontos percentuais".
O presidente da rede explica que estão trabalhando a relação com fornecedores para ajudá-los a negociar matéria-prima, como tecidos e outros produtos. Das vendas da rede, 88% são da marca Marisa e o restante de outras marcas, mas toda a produção é terceirizada.
Outra medida sendo levada em conta é a da adequação de produtos e preços a cada região do País. "No mês de junho, por exemplo, que é um mês bom por ter Dia dos Namorados e São João, trabalhamos com duas coleções diferentes, uma para o Sul e Sudeste e outra para Norte e Nordeste", explica o presidente da rede.
Com tudo isso, a rede afirma ter conseguido oferecer preços mais baixos sem ter perdas nas margens. Para o resto do ano, foi revista para cima até a expansão da rede, que deve abrir três lojas a mais que o previsto, totalizando 9 lojas abertas em 2009 e um investimento de R$ 26 milhões. Hoje, a rede conta com 221 unidades.
Goldfarb, que afirma que a Marisa ainda deve continuar nas mãos da família, permanecendo como acionista principal, revelou ainda que optaram por uma estratégia de reduzir as vendas por meio de cartão de crédito, que antes representavam cerca de 60% do total das vendas realizadas e, agora, representa 51,4% do total, dependendo menos dessa forma de pagamento e tendo mais cuidado com a oferta de crédito .
Investimentos
A rede também está investindo em gestão comercial e tecnologia, com a instalação de sistemas chamados SAP Retail, de gestão mercantil, e SAP MAP (merchandising assortment planning), que prometem trazer maior economia e eficiência na operação da rede. "Sempre investimos visando melhoras da margem e análise melhor das compras", ressalta.
O bom desempenho do semestre, que ainda registrou receita líquida de mercadorias e serviços de R$ 620,4 milhões, um crescimento de 2,2% sobre o primeiro semestre de 2008, também permitiu que a rede revisse sua meta de expansão, devendo abrir três lojas a mais que o previsto até o final do ano. Goldfarb explica que a abertura de lojas acontece em cidades com mais de 120 mil habitantes, reforçando praças onde já estão e visando também a redução de custos, em locais onde tenham share e já possuem rede de distribuição. Este ano, já foram inauguradas cinco novas lojas, em cidades como Manaus (AM), e outras na Grande São Paulo, como Guarulhos e Diadema.
FONTE: Danielle Fonseca - DCI
Assinar:
Postagens (Atom)