Para o delegado regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Alvarino Lemes, a diferença nos resultados é explicada pelo fato de o Grande ABC ter mais terrenos disponíveis para as construtoras. "De maneira geral, os preços dos imóveis na região ainda seguem abaixo dos praticados em São Paulo", lembra o executivo.
É exatamente esse fator que está fomentando o mercado imobiliário local, com moradores da Capital migrando para municípios como Santo André e São Bernardo. O número de lançamentos é impulsionado por incorporadoras paulistanas que investem em projetos na região, como Tecnisa, Elbor, Living e GMK, cujos projetos avançam, especialmente, em Diadema e Mauá.
O economista-chefe do Secovi-SP Celso Petrucci reforça o argumento do diretor regional do Creci-SP. "A dificuldade de viabilizar o desenvolvimento imobiliário em São Paulo vai desde a escassez de terrenos até os entraves produzidos pela legislação urbanística, que afetam as atividades do setor."
Os dados da Embraesp apontam que o lançamento de imóveis residenciais na Capital cresceu 14% entre janeiro e agosto, somando 20.411 unidades, frente às 17.904 contabilizadas no mesmo período de 2010. Para o Secovi-SP, esse indicador reforça a estimativa de atingir 38 mil unidades neste ano.
fonte: Alexandre Melo - DGABC