7 de ago. de 2012

Japoneses ampliam atuação no Grande ABC


Dois grupos japoneses estão investindo no Grande ABC. Um deles é o Yaskawa, de automação industrial, que vai aportar R$ 30 milhões para concentrar suas operações em Diadema. Outro é a Prime Polymer, que pertence à companhia petroquímica Mitsui, e que acaba de adquirir 70% do controle da Produmaster, que tem sede em Mauá.
O grupo Yaskawa, que já está no Brasil há quase 40 anos, tem duas empresas no País, a Yaskawa Elétrica, que ficava sediada no bairro Jabaquara, na Capital, e a Motoman Robótica, localizada na Via Anchieta, em São Bernardo e, decidiu reunir as duas em um único empreendimento, de 10 mil m², bem maior que os anteriores (1.800 m² de uma e 1.500 m² de outra).
A concentração das operações deve gerar sinergia, com redução de custos da gestão, assinala o diretor-geral da companhia, José Luiz Rubinato. Ele destaca ainda que a escolha de Diadema se deu pela proximidade com São Paulo e pela facilidade de acesso dos clientes, ao Porto de Santos e a aeroportos.
O grupo atende, entre outros segmentos, a área automotiva. Fornece, por exemplo, para as empresas como a Mercedes-Benz e a autopeça Faurecia. E vem em ritmo ascendente. Neste ano, a expectativa é crescer 10% em faturamento. Em 2011, a produtora de itens elétricos (inversores, utilizados para dar controle de velocidade a máquinas) faturou cerca de R$ 45 milhões e a Motoman (que faz robôs), aproximadamente R$ 40 milhões. As perspectivas no mercado nacional são favoráveis. Isso por causa da necessidade das empresas de elevar a competitividade da indústria nacional.
PLÁSTICO - A Produmaster, que faturou R$ 102 milhões em 2011, é uma das principais empresas de compostos de polímeros (utilizados na produção de painéis e parachoques de carros) do País e passa a integrar uma das maiores companhias mundiais do setor, a Prime Polymer. E ganha condições de se tornar fornecedora de empresas como a Toyota, Honda e Nissan, atendidas pelo grupo japonês.
Com crescimento de 25% ao ano e 11% de participação no mercado automotivo, a empresa mauaense é a terceira maior do Brasil no segmento. Tem condições de fabricar 55 mil toneladas ao ano em suas duas fábricas, uma em Mauá e outra em Camaçari (BA).
NOS EMERGENTES - O interesse de grupos do Japão e de outros países em investir no Brasil se explica pelo potencial de mercado nacional e também pela crise global, que gerou retração em mercados desenvolvidos, afirma o diretor financeiro do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Shotoku Yamamoto. "O retorno de investimentos na Europa e nos Estados Unidos está muito baixo", diz.
fonte: DGABC

Diadema terá o dobro de prédios residenciais


De patinho feio até a década de 2000 por conta dos altos índices de violência a nova queridinha do mercado imobiliário, Diadema inicia processo de verticalização já vivido nas vizinhas Santo André, São Bernardo e São Caetano.

O número de prédios residenciais em construção hoje na cidade é quase o mesmo que o erguido em 52 anos de fundação da cidade, de acordo com dados da Secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano. Diadema possui 69 edifícios verticais residenciais. Estão em obras aprovadas pela prefeitura atualmente outros 53. E se depender da procura de novos moradores, o município deve continuar crescendo para cima.

Apenas a MZM, construtora com cinco conjuntos em construção na cidade, afirma ter em fila de espera cerca de 80 pessoas interessadas em lançamentos de 2 e 3 dormitórios. “Diadema é a bola da vez. A cidade conseguiu se desvencilhar da imagem de violenta e tem atrativos como preços mais baixos e proximidade com a capital”, disse o diretor comercial e de marketing da MZM, Hélio Korehisa.

O crescimento da renda da população de Diadema é outro fator determinante apontado pelo secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Milton Sussumu Nakamura.

De acordo com o responsável pela aprovação dos empreendimentos, 45% dos compradores são da própria cidade. Dos 55% restantes, metade vem da capital e a outra parte, de cidades do ABC. “Com o aumento de renda da população, há procura maior por moradia de melhor qualidade. Além disso, o mercado imobiliário passou por transformações e há mais facilidades de financiamento”, disse Nakamura.

A cidade discute agora como ordenar o adensamento populacional previsto para os próximos anos para que não haja problemas no trânsito e infraestrutura. “Estamos fazendo estudos do impacto do acúmulo de empreendimentos para saber como controlar isso. Por enquanto, a situação ainda é suportável.” A previsão é que o município volte a rever seu Plano Diretor no próximo ano. 


Região central do município concentra lançamentos imobiliários / Thales Stadler / ABC DigiPress

fonte: Metro ABC