Além de mais trens e metrôs, a melhoria da mobilidade nas cidades brasileiras para a Copa do Mundo, em 2014, vai incluir a construção de corredores de ônibus rápidos, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit). Em São Paulo, o BRT foi aplicado nos trechos 1, 2 e 3 do Expresso Tiradentes, entre o Terminal Parque Dom Pedro e o Terminal Vila Prudente, e transporta 55 mil passageiros por dia. Há estudos para a implementação do modelo em Belo Horizonte e Recife, onde também haverá jogos.
Em São Paulo, o BRT está previsto no corredor Celso Garcia, que fará o percurso entre São Miguel Paulista, no extremo leste, e o Centro. O corredor terá 25 km de extensão, 70 pontos de parada e atenderá 450 mil passageiros/dia. O projeto está em fase de elaboração de edital de licitação e ainda não tem data para começar a ser construído.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) construirá três corredores de ônibus até o fim de 2010, com investimento de cerca de R$ 450 milhões. Eles também serão importantes para a integração com a rede sobre trilhos durante a Copa de 2014. O primeiro a ser inaugurado, no primeiro semestre de 2010, ligará o Terminal Metropolitano de Diadema à avenida Roque Petroni Júnior, no Brooklin. O corredor, de 12 km, será exclusivo para trólebus e fará a integração com a estação de trem Morumbi, da CPTM.
O corredor também será integrado a um monotrilho que ligará a estação São Judas do Metrô até a estação Morumbi da CPTM, previsto para 2013. O primeiro trecho do monotrilho, entre a estação São Judas e o Aeroporto de Congonhas, será inaugurado até o fim de 2010. Outro corredor da EMTU, de 18,5 km, interligará o bairro Taboão, em Guarulhos, e a estação Tucuruvi do metrô, em São Paulo. Na terceira fase o corredor deve se estender até a Penha, na zona leste de São Paulo. Inicialmente previsto para conectar os municípios de Jandira e Itapevi, até o fim de 2010, o terceiro corredor que será construído deverá chegar à estação Butantã, da linha 4-Amarela do Metrô.
Integração
Segundo o urbanista Jaime Lerner, o BRT é essencial para a integração com a rede sobre trilhos. Segundo ele, é necessário que os corredores não sejam apenas pistas exclusivas, com possibilidade de ultrapassagem. Para que sejam ágeis, a cobrança de passagem tem de ser feita na estação de embarque e não na roleta. A SPTrans e a EMTU estudam esse tipo de cobrança antecipada para os corredores em São Paulo.
"É uma forma de 'metronizar' o ônibus, para que eles se integrem com a rede sobre trilhos, sem serem concorrentes", disse Lerner. Segundo ele, o BRT, em capacidade máxima, transporta 300 mil passageiros/dia e se aproxima da demanda do metrô, de mais de 400 mil passageiros/dia. O custo de construção de um quilômetro de metrô custa, em média, R$ 200 milhões, contra R$ 11 milhões/km de BRT. Para o engenheiro Wagner Colombini, que implementará sistemas BRT em seis cidades da África do Sul para a Copa de 2010, essa equação pesará na hora de o governo decidir como melhorar a mobilidade. "Não há dinheiro para construir rede sobre trilhos em todas as cidades. A maioria delas terá BRTs."
Fonte: Diário do Comércio
20 de jul. de 2009
Indústria de cosméticos cresce e dribla crise financeira no País
A crise financeira mundial, que assombrou diversos setores no fim de 2008 e início deste ano não fez com que as vendas dos itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos caíssem. Pelo contrário. De janeiro a junho, o crescimento dessas vendas foi estimado em 18%, ante o mesmo período de 2008, segundo a Abihpec ( Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).
Apesar de não ser definitivo, "o resultado no fim do ano poderá ser ainda maior", afirmou o presidente da associação (que congrega empresas, as quais representam 90% da produção nacional), João Carlos Basilio.
No Grande ABC, o cenário não se mostra diferente. Segundo o Polo de Cosméticos de Diadema, que congrega 70 empresas da região, o primeiro semestre apontou crescimento de 5% nas vendas.
O diretor comercial da I.B.A, de Diadema, fabricante aerossóis, Amauri Albiero, explicou que o setor de cosméticos foi o único que permaneceu estável, com resultados positivos. "A crise quase passou despercebida pelo nosso setor. Evidentemente, algumas empresas sentiram queda nas vendas, mas logo se recuperaram."
O presidente da Abihpec mencionou que o resultado é fruto de três fatores:o não comprometimento da renda do trabalhador, bem como de seu crédito. Além disso, esses itens são de uso diário da população, de primeira necessidade. Outro ponto é que. o setor continuou a investir na melhoria dos produtos e em lançamentos.
Há 15 anos instalada em Diadema, a empresa Arte dos Aromas, especializada em produzir cosméticos orgânicos e naturais, decidiu abrir novos mercados para exportação durante a crise, além de buscar uma certificadora francesa para os itens. "Dessa forma criamos um diferencial tanto para o mercado interno como o externo", citou Geysa Rosa Belém, diretora comercial da companhia.
Outro exemplo é a Di Larouffe, também com 15 anos de mercado. A empresa que representa itens de cosméticos, perfumaria e maquilagem lançará cerca de seis produtos neste semestre. "Sentimos os efeitos da crise, mas estamos recuperando as vendas desde maio. Por isso, não deixamos de investir", disse Janete Paulina da Mota, diretora comercial da empresa de São Bernardo.
Para os próximos meses a expectativa é ainda melhor. "Como tradicionalmente o segundo semestre traz aceleração no ritmo de vendas, tudo indica que neste ano o crescimento real (descontando a inflação) do setor será de 11% ou até maior", disse o presidente da Abihpec.
"O início do ano estava devagar, mas vem adquirindo velocidade, especialmente a partir dos meses de abril e maio. Apostamos em crescimento de 10% a 12% neste segundo semestre", declarou o diretor comercial da Valmari, de Diadema, Silvestre Resende Mendonça.
Segundo dados da Abihpec, em 2008 o setor faturou em vendas R$ 21,7 bilhões e apresentou 10,6% de crescimento em relação a 2007. Coincidentemente, a média de crescimento anual real nos últimos 13 anos foi de 10,6%.
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
Apesar de não ser definitivo, "o resultado no fim do ano poderá ser ainda maior", afirmou o presidente da associação (que congrega empresas, as quais representam 90% da produção nacional), João Carlos Basilio.
No Grande ABC, o cenário não se mostra diferente. Segundo o Polo de Cosméticos de Diadema, que congrega 70 empresas da região, o primeiro semestre apontou crescimento de 5% nas vendas.
O diretor comercial da I.B.A, de Diadema, fabricante aerossóis, Amauri Albiero, explicou que o setor de cosméticos foi o único que permaneceu estável, com resultados positivos. "A crise quase passou despercebida pelo nosso setor. Evidentemente, algumas empresas sentiram queda nas vendas, mas logo se recuperaram."
O presidente da Abihpec mencionou que o resultado é fruto de três fatores:o não comprometimento da renda do trabalhador, bem como de seu crédito. Além disso, esses itens são de uso diário da população, de primeira necessidade. Outro ponto é que. o setor continuou a investir na melhoria dos produtos e em lançamentos.
Há 15 anos instalada em Diadema, a empresa Arte dos Aromas, especializada em produzir cosméticos orgânicos e naturais, decidiu abrir novos mercados para exportação durante a crise, além de buscar uma certificadora francesa para os itens. "Dessa forma criamos um diferencial tanto para o mercado interno como o externo", citou Geysa Rosa Belém, diretora comercial da companhia.
Outro exemplo é a Di Larouffe, também com 15 anos de mercado. A empresa que representa itens de cosméticos, perfumaria e maquilagem lançará cerca de seis produtos neste semestre. "Sentimos os efeitos da crise, mas estamos recuperando as vendas desde maio. Por isso, não deixamos de investir", disse Janete Paulina da Mota, diretora comercial da empresa de São Bernardo.
Para os próximos meses a expectativa é ainda melhor. "Como tradicionalmente o segundo semestre traz aceleração no ritmo de vendas, tudo indica que neste ano o crescimento real (descontando a inflação) do setor será de 11% ou até maior", disse o presidente da Abihpec.
"O início do ano estava devagar, mas vem adquirindo velocidade, especialmente a partir dos meses de abril e maio. Apostamos em crescimento de 10% a 12% neste segundo semestre", declarou o diretor comercial da Valmari, de Diadema, Silvestre Resende Mendonça.
Segundo dados da Abihpec, em 2008 o setor faturou em vendas R$ 21,7 bilhões e apresentou 10,6% de crescimento em relação a 2007. Coincidentemente, a média de crescimento anual real nos últimos 13 anos foi de 10,6%.
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
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