HISTÓRIA








Assim como o restante do Grande ABC, o processo de ocupação de Diadema foi motivado principalmente pela posição geográfica da região, localizada entre o litoral e o planalto paulista, desde o século XVI passagem para aqueles que faziam o trajeto entre as Vilas de São Vicente e São Paulo de Piratininga. A existência de uma via de ligação entre São Bernardo e Santo Amaro, ainda no século XVIII, proporcionou a chegada de uns poucos moradores no local que hoje abriga a cidade.

Até a década de 1940, a região era formada por núcleos pertencentes a São Bernardo: Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição. Apesar da proximidade com a capital, até os anos 1950 a cidade quase não foi atingida pela industrialização em São Paulo. As cidades localizadas ao longo da estrada de ferro Santos- Jundiaí tiveram maior expansão industrial, especialmente São Caetano, Santo André e Mauá.

Com a via Anchieta, inaugurada em 1947, instalaram-se em São Bernardo grandes indústrias multinacionais. Conseqüentemente, pequenas e médias empresas nacionais que produziam, na sua maioria, objetos complementares para as multinacionais chegaram à região, inclusive a Diadema.

Em 1948, criou-se o Distrito de Diadema. As transformações industriais ocorridas a partir dos anos 50 e o conseqüente crescimento da região despertaram o interesse de emancipação. A Vila Conceição liderou o movimento, mas os moradores de Piraporinha, Taboão e Eldorado eram, na sua maioria, desfavoráveis ao movimento.

A expansão urbana e industrial paulista em direção ao ABC, a articulação de políticos locais com lideranças estaduais e a intensa campanha dos moradores da Vila Conceição resultaram em um processo de emancipação na Assembléia Legislativa, que foi aprovado. Um plebiscito foi organizado no dia 24/12/1958 e a emancipação venceu. Em 1959, realizaram-se as primeiras eleições e no dia 10/01/1960, com a posse dos eleitos, instalou-se oficialmente o novo município.

O Hino de Diadema e sua história

Em 1979, o então prefeito interino de Diadema, Romeu da Costa Pereira, encorajado pela idéia dos vereadores da cidade, abriu um concurso público para escolha do hino oficial diademense. O anúncio foi feito em duas fases: a primeira elegeria a letra e a segunda, a música. Romeu substituía a ausência do prefeito Lauro Michels.

O vitorioso na composição da letra foi o poeta Francis das Chagas Freitas, falecido antes da publicação do edital para a escolha da música. Sua obra foi encaminhada a todos os interessados em musicá-la. O vencedor da segunda fase do concurso foi o maestro Gilberto Glagliardi, que levou 50 mil cruzeiros como prêmio.

Em 31 de outubro de 1979, o diretor da Copacabana Discos entregou ao prefeito Romeu da Costa Pereira o disco com duas versões do Hino Oficial de Diadema, uma delas gravada pelo Coral de Silvio Bacarelli e acompanhada pela Lira Musical de Diadema, que gravou uma segunda versão instrumental do hino.

Hino de Diadema


Da atalaia de fé e trabalho
que os de Anchieta cobriram de glória
numa "entrada" no chão de Ramalho,
alvorece, Diadema, tua história.



De Martin a bravura e a nobreza
de Bernardo e de André o valor
são legados de honra e grandeza,
de heroísmo, de arrojo e de amor.



Refrão: Salve, flamante Diadema
da Régia Terra Paulista!
Seja "Justiça" o teu lema,
para a suprema conquista.



Caldeamento de raças gigantes:
De nativas, valentes cortes,
e de audazes, viris bandeirantes,
são teus filhos garbosos e fortes.



Aureolada de brio profundo,
do Direito empunhando o bastão,
esgrimiste o teu verbo fecundo
na batalha da emancipação.



REFRÃO



De um natal sob a luz sobranceira
que jamais da memória se extinga,
despontaste, "Urbe Livre", e altaneira:
"Flor dos Campos de Piratininga"



"Que Floresça Diadema!"
Eis o grito que reboou, de recesso em recesso, e que te há de impelir ao infinito abraçada a Verdade e ao Progresso



REFRÃO



Da "União" e da "Fé" traz as cores
teu formoso e gentil Pavilhão e,
a exaltar os teus dons e primores,
fulge, ao Sol, teu Sagrado Brasão.



Hás e sempre lutar, decidida,
com denodo e soberbo perfil,
por teu solo e tua gente querida,
por São Paulo, e por nosso Brasil!



REFRÃO