Como todo material foi selecionado por ele mesmo, é curioso notar - além de vários corações de pelúcia e réplicas de inúmeros discos de ouro que recebeu ao longo da carreira - a importância que Roberto dá para, por exemplo, uma placa em prata que recebeu de ciganos, como forma de agradecimento por ser o único a falar deles numa canção de maneira positiva.
Os amigos são privilegiados - o maior deles, Erasmo, com um canto especial - em uma grande ala da Oca com exibição de vários filmes, com imagens de arquivos, programas de televisão e minidocumentários realizados especialmente para a mostra. Há imagens de encontros históricos de Roberto, cantando e conversando com Tom Jobim, Caetano Veloso, Erasmo Carlos, Maria Bethânia, Wanderléa, Hebe Camargo e muitos outros.
Há outros filmes sobre temas específicos: a fé, a jovem guarda, as lembranças de Cachoeiro do Itapemirim, as participações em programas humorísticos, as fãs que viajam em seus cruzeiros marítimos, etc.
Três elementos marcantes da persona Roberto Carlos têm lugar especial: a velocidade, a sensualidade e as rosas que distribui para os fãs ao final de cada show, desde 1979. Além dos calhambeques, estarão expostos alguns carros da coleção do cantor e uma cabine de caminhão adaptada para a exibição do clipe de Caminhoneiro. Um jardim com 2.100 flores de Holambra formam "mar de rosas". E depois de tantas caminhadas e brincadeiras, é hora de subir a última rampa para relaxar nas camas redondas do "motel", ao som de Cavalgada e temas afins, com estrelinhas projetadas no teto. Vá com tempo, o lote de atrações é de tirar o fôlego.
Serviço
Roberto Carlos - 50 Anos de Música. Oca. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.º. Das 10h às 21h (fecha 2.ª, mas abre dia 8). R$ 5 (3.ª e 4.ª) e R$ 20. Até 9/5. Abertura amanhã, 19h
fonte: Lauro Lisboa Garcia - estadao.com.br