O projeto de autoria do prefeito Lauro Michels (PV) que prevê parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para implementação de atividades complementares de ensino nas escolas municipais vai custar R$ 2,6 milhões anuais aos cofres públicos. O secretário de Educação, Marcos Michels, disse que o valor será utilizado para a aquisição de materiais que vão auxiliar os profissionais da educação na cidade, mas reconheceu que o método não será o bastante para alavancar o ensino municipal. O projeto retorna, hoje (3), à ordem do dia da sessão ordinária na Câmara.
“Sabemos que o ensino de Diadema não vai mudar totalmente com a chegada do Sistema Sesi. Na verdade, será um auxílio ao método de ensino aplicado pelos professores da rede municipal. Temos cerca de duas mil crianças nas escolas que não sabem ler ou interpretar um texto e, por isso, precisamos de outros investimentos. Temos ciência de que só o Sesi não será o bastante”, afirmou Marcos Michels.
De acordo com o projeto do Executivo, o Sesi vai manter a proposta pedagógica do município e buscará potencializá-la com aperfeiçoamento da gestão educacional das unidades escolares de ensino infantil e fundamental. Se aprovado na sessão de hoje, o convênio entrará em vigor a partir do ano letivo de 2014 e vai alcançar 24.485 crianças entre 4 e 10 anos.
De volta
Adiada na semana passada por falta de informações, a apreciação da proposta volta para votação e discussão no Legislativo depois de Marcos Michels ter detalhado o texto aos vereadores. Os parlamentares não concordaram com o fato de o projeto ter sido protocolado às pressas e em regime de urgência, o que impediu maior debate na Casa. “O governo precisa tomar mais cuidado quando encaminhar os projetos à Câmara. Há projetos que não podem ser protocolados às pressas e em regime de urgência”, reconheceu o secretário, acrescentando que houve compreensão dos vereadores. “Esperamos votação tranquila”, previu.
fonte: Fernando Valensoela - DIÁRIO REGIONAL