15 de jan. de 2012

Busca por imóvel de aluguel leva 6 meses



Mais um ano passou e a situação está cada vez pior para quem procura residência para alugar na região. A espera pode ser longa até que o interessado encontre imóvel que se encaixe na sua preferência. No entanto, há fator que vem dificultando este caminho: a oferta enxuta de unidades para locação.
Com poucas casas para alugar na região, os locatários vem enfrentando, em média, seis meses de procura pelo cantinho especial. E se a preferência for por imóveis com dois dormitórios e uma vaga na garagem, as chances são menores. Imóveis com essas características são os mais procurados porque atendem a todos os gostos, desde o solteiro ou estudante, até as famílias que querem quarto para os filhos.
"A oferta está bem menor do que a demanda", afirma o delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, Alvarino Lemes. "A história é longa. É muita procura por casas e apartamentos. E tem muita gente aguardando nos cadastros das imobiliárias", destaca.
Mesmo com a disparidade entre o mercado imobiliário de cada uma das sete cidades, Lemes diz que o cenário de pouca oferta se repete em todas.
Em São Caetano, por exemplo, que tem a menor área territorial da região, com 15,6 quilômetros quadrados, o mercado da construção está muito aquecido e as casas antigas, que muitas vezes eram alugadas, vem dando espaço para obras de prédios com vários andares.
Em Mauá, destacou Lemes, as listas de espera também são grandes. Mesmo com o elevado número de empreendimentos em construção cujas unidades se encaixam dentro dos limites do programa Minha Casa, Minha Vida, o que contribui para desafogar o mercado de locação, os interessados não escapam de alguns meses de procura.
A corretora Selma Costa, da imobiliária Pérola da Serra, explica que em Ribeirão Pires a procura é elevada, principalmente, por imóveis de um e dois dormitórios. "Temos que ligar para os amigos de outras imobiliárias perguntando se eles têm casas disponíveis para alugar. Se surge uma casa, é locada bem rápido. Quem procura não tem muita escolha por aqui."
Enquanto Selma concedia entrevista para a equipe do Diário, ela atendeu duas vezes o telefone. Ambas ligações eram de clientes em busca de casas para alugar, no entanto, a corretora teve que informa-los que não havia imóveis disponíveis.
Economista e proprietário da imobiliária Eurocasa em Diadema, Ailton Fernandes, explicou que as faculdades da região elevam ainda mais a demanda por locação. No município, por exemplo, propriedades no Centro são mais requisitadas. "Tenho até cliente que veio de Manaus para morar aqui e estudar", revela, brincando que os clientes reais estão no Amazonas, pois são os pais que pagam, na maioria das vezes, as moradias dos filhos estudantes.
Em São Bernardo, o bairro Rudge Ramos é o mais procurado por interessados em residências, diz o consultor empresarial Edison Calixto, da imobiliária Jacques Gassmann. E os estudantes são maioria, tendo em vista que várias faculdades estão próximas, como a Universidade Metodista de São Paulo e o Instituto de Tecnologia Mauá, que está localizado na divisa entre São Caetano e São Bernardo.
Calixto acredita que seis meses de procura é período médio real em São Bernardo. E soma à oferta reduzida e preferências do locatário mais um fator que diminui as chances de encontrar o imóvel certo: "Muitas vezes há restrições dos proprietários quanto aos locatários", diz.
Moradores pagam entre R$ 350 e  R$ 3.000 para morar
Diferentemente do que ocorre no mercado de venda, em que o metro quadrado valoriza com grande velocidade, os preços cobrados pelos locadores são freados pela falta de renda dos locatários. E hoje quem encontrar oportunidades na região terá mensalidades entre R$ 350 e R$ 3.000, em média. Quanto menos dormitórios e vagas na garagem, maior a chance de o aluguel ser mais baixo.
A localização da residência também influencia no valor da locação, mas com menor intensidade do que no mercado de venda. Enquanto o aluguel médio de um apartamento com dois quartos e uma vaga na garagem em Ribeirão Pires é de R$ 800, em Mauá gira em torno de R$ 1.000 e em São Bernardo cerca de R$ 1.500. Em Diadema, o proprietário da Eurocasa Ailton Fernande destaca que no Centro os aluguéis são mais altos pela proximidade ao Trólebus.
"Na maioria das vezes as pessoas optam por apartamento, mesmo preferindo uma casa. Elas dão preferência para a sensação de segurança que um edifício proporciona", diz o consultor Edison Calixto.
fonte: Pedro Souza - DGABC

Reforma no Corredor ABD vai custar R$ 8 milhões para EMTU



A INA Representações e Serviços Técnicos Ltda., com sede em Tuiuti, interior de São Paulo, venceu licitação aberta em outubro pela Empresa Metropolitana de Transporte Urbano para adequações de acessibilidade no Corredor Metropolitano ABD. O valor do contrato é de R$ 7,9 milhões.
As obras serão realizadas nos terminais Diadema, Piraporinha, Ferrazópolis, Santo André Oeste, Santo André Leste e São Mateus. As rampas e os corrimões das plataformas serão adequados para facilitar o acesso dos usuários com deficiência.
O prazo para execução dos serviços é de 18 meses a partir da assinatura da ordem de serviço - data ainda não definida pela autarquia estadual. A previsão é que até o fim de 2013 todas as mudanças estejam prontas.
A licitação, aberta em outubro, responde pela segunda fase do projeto que visa adequar todas as estações ao longo dos 33 quilômetros do corredor, que liga o Grande ABC à Zona Leste de São Paulo e à região do Morumbi. A primeira etapa do plano demandou investimento de R$ 1,9 milhões nas estações São Bernardo, Sonia Maria e Jabaquara.
Segundo dados da EMTU, 6,7 milhões de pessoas utilizam, por mês, as linhas de ônibus. Na última década, o aumento na quantidade de passageiros foi de 31%.
O Corredor ABD começou a funcionar na segunda metade da década de 1980.
INTEGRAÇÃO EM DIADEMA
Desde o ano passado, a EMTU estuda cobrar a integração com ônibus municipais nos terminais Piraporinha e Diadema. A justificativa para o aumento é o investimento aplicado na eletrificação, repotencialização e ampliação do corredor. Estima-se que diariamente 40 mil pessoas realizam a transferência gratuita nos dois terminais.
A proposta não agradou o prefeito Mário Reali (PT), que negocia uma saída para o caso. Em novembro, o PT e os partidos aliados organizaram ato contra a nova tarifa. A manifestação reuniu cerca de 300 pessoas, segundo dados da Polícia Militar.
Diante do quadro, o governo estadual sugeriu dividir com o Executivo os custos da baldeação. Para arcar com os gastos, a Prefeitura cobraria a taxa adicional da Transportadora Turística Benfica - que assumiu as linhas privatizadas da ETCD - e Mobi Brasil, empresas que utilizam os terminais.
O governo petista, no entanto, evita transferir o custo às gerenciadoras dos transportes. Reali já maifestou publicamente ser contra o fim da integração.
fonte: Cynthia Tavares - DGABC