1 de ago. de 2010

Novo corredor reduz tempo de viagem pela metade


Diminuir pela metade o tempo de viagem entre o Grande ABC e o Morumbi, na Zona Sul da Capital. Essa é a promessa da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD, já inaugurado.
A abertura da faixa exclusiva para os ônibus é ensaiada pelo governo do Estado desde a década de 1980, quando o primeiro trecho da linha - que atravessa também Santo André, São Bernardo e Mauá - entrou em funcionamento.
O corredor parte do Terminal Diadema da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), no Centro, e vai até a Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A linha possui 12 quilômetros de extensão, 18 pontos de parada e cinco estações de transferência. Um dos pontos foi instalado em frente ao prédio do futuro Poupatempo da Cidade Ademar, distante cerca de 1.000 metros de Diadema.
Além dos coletivos metropolitanos, também os ônibus municipais de São Paulo terão permissão de trafegar pelo corredor. A expectativa é de atender cerca de 85 mil passageiros por dia - 15 mil pelas linhas metropolitanas.
O traçado do corredor percorre as avenidas Presidente Kennedy, em Diadema, e Cupecê, Vereador João de Luca, Professor Vicente Rao e Roque Petroni Júnior, Chucri Zaidan, Luiz Carlos Berrini e Rua Flórida, na Capital.
Sem ter de disputar espaço nas ruas com automóveis, motocicletas e caminhões, os ônibus que se deslocam por faixa exclusiva conseguem atingir maior velocidade, o que reduz o período do percurso.
"Essa viagem, que hoje é feita em uma hora, será realizada a partir de agora em apenas 30 minutos", garantiu o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella.
O valor da tarifa é o mesmo do restante do sistema, R$ 2,65. O passageiro que optar pela integração com as estações Morumbi ou Berrini de trens, pagará R$ 5 - economia de R$ 0,30.
As intervenções para a construção do corredor custaram R$ 24,5 milhões. Foram realizados trabalhos para complementação do pavimento, sinalização horizontal, vertical e semafórica, além de travessia de pedestres e paisagismo.
Trólebus - Apesar das vantagens, a extensão Diadema-São Paulo foi inaugurada sem as linhas elétricas. Na falta desse complemento, os trólebus, que são veículos menos poluentes, ainda não podem trafegar pelo modal.
Segundo o governador Alberto Goldman (PSDB), a eletrificação do trecho está prevista para ter início somente em 2011. Até lá, só ônibus movidos a diesel transportarão os passageiros.
Outro segmento do corredor, o Piraporinha-Jabaquara, está sendo eletrificado desde o fim do ano passado. A expectativa é de que as obras terminem em setembro. O projeto custou cerca de R$ 21 milhões.
Grades estão sendo danificadas para travessia fora da faixa
Os ônibus nem começaram circular pela extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD e os alambrados que separam as pistas em dois sentidos já foram danificados pela população vizinha.
As grades estão sendo destruídas para que as pessoas possam atravessar a rua sem terem de se deslocar até o semáforo mais próximo e passar pela faixa de pedestre. Ou seja, uma atitude de vandalismo para facilitar outra ação também pouco civilizada.
Diferente do trecho do Grande ABC do corredor de ônibus, que possui grade de proteção mais resistente, a maior parte do canteiro do Diadema-São Paulo é protegida apenas por uma frágil tela de arame.
Segundo o governador Alberto Goldman, as estruturas serão reforçadas "quando for necessário", mas esse não é o problema.
"Acreditamos que a população deve se conscientizar de que não pode pular alambrado. Se o alambrado existe é para conservar o transporte público de milhares de pessoas e preservar a vida dos cidadãos", afirmou.
As barreiras de proteção mais resistentes, portanto, mais difíceis de serem danificadas, foram instaladas somente nas proximidades dos pontos de parada.
"Temos faixas, e os pedestres devem atravessar na faixa. Em uma cidade com milhões de habitantes, as pessoas precisam se entender e obedecer as regras - todos precisamos obedecer as regras", completou.

André Vieira
Do Diário do Grande ABC



Franquias regionais avançam pelo País


Planos ambiciosos para estar entre os maiores franqueadores do País, criação de ferramentas de vendas e negociação com empresários internacionais estão entre as principais metas das franquias nascidas na região para avançar no setor que faturou R$ 63 bilhões em 2009.
Há 11 anos no mercado, a andreense Antídoto Cosméticos vê fôlego no segmento de perfumaria e cosméticos. Após faturar R$ 40 milhões no ano passado, a rede com 112 lojas, a maioria no Sudeste, acumula crescimento de 38% no primeiro semestre.
Além do ponto tradicional, a marca tem quiosque, venda por catálogo e franquia virtual, lançada há dois meses. "A loja on-line receberá os pedidos dos CEPs na região em que está instalada. É um canal que cresce muito", diz a sócia Vera Lucia Lukesic. O aporte na loja virtual é de R$ 19,9 mil, o quiosque custa R$ 47,5 mil e a loja tradicional R$ 70,5 mil. O prazo de retorno fica entre 18 e 24 meses. Neste ano serão abertas 24 lojas e 12 franquias virtuais entre Interior paulista e Nordeste.
Na mesma área, a Valmari Cosméticos, de Diadema, que vendeu 90% do capital para um fundo de investimento em 2009, focará a atuação no consumidor final. Até então, as lojas atendiam mais os profissionais de estética. "A prioridade é estar nos shoppings para dar visibilidade à marca. É um novo posicionamento após 25 anos de mercado", afirma o diretor de franquias, Mário Zafalon.
As 70 unidades estão no Sul e Sudeste e a promessa é acelerar abertura de 24 pontos em um ano no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Nordeste. O investidor interessado na Valmari precisa desembolsar R$ 190 mil, com retorno estimado de 24 a 36 meses. A rede prevê crescer 50% neste ano.
POTENCIAL - Com franquias há dois anos, a são-caetanense Zoom, que em parceria com a Lego desenvolve jogos educativos para crianças, tem ambição de ser a maior do País em número de franqueados em cinco anos, com 3.800 unidades.
O diretor da marca, Maurício Caetano, explica que existe o franqueado premium, responsável por território maior, e o educador, que aplica os programas extracurriculares. Esses geralmente são professores que complementam a renda.

Entrar nesta rede requer a partir de R$ 250 mil para o premium e R$ 25 mil para o educador. Os retornos são a entre 12 e 24 meses, respectivamente. A Zoom tem 17 franqueados premium e 33 educadores espalhados por 12 Estados.

Espaço no mercado está mais disputado
Mesmo com certa dificuldade, as pequenas e médias marcas de franquia estão encontrando fora do eixo Rio-São Paulo-BeloHorizonte espaço para crescer e se estabelecer frente às grandes do setor.
De acordo com a consultoria Claudia Bittencourt, os segmentos que mais atraem essas redes são alimentos e calçados. "A empresa deve se fortalecer na região onde nasceu para depois buscar espaço em novos mercados", orienta.
Das companhias consultadas pela equipe do Diário, a Valmari e a Zoom têm maior presença no Grande ABC, com quatro lojas cada, e a Antídoto, com uma unidade. 

A Spa Odontológico, de São Bernardo, que ingressou no franchising neste ano, após 12 meses de estudo, negocia duas unidades para a Capital e Campinas. Segundo Conrado Ferreira Pinto, dono da marca, o custo da franquia é de R$ 80 mil.

Ele aposta na conversão de consultórios para o sistema de tratamentos de até dois dias. Além do Interior paulista e algumas capitais, a equipe da rede negocia com máster franqueados em Portugal e na Espanha.

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC