22 de dez. de 2014

Grande ABC investe em cerveja artesanal - Diadema também desponta na região

 fábrica Votus: Avenida Eldorado, 515 – Diadema – São Paulo

Grande ABC, um dos principais centros da indústria automobilística País. Mas também da cerveja artesanal. A região produz hoje, em média, 55 mil litros por mês. Tudo para que trabalhadores metalúrgicos, patrões e também consumidores de outras categorias possam se refrescar em uma sexta-feira ou acompanhem um prato com a bebida no jantar do fim de semana. 

A demanda cresce e as produtoras da bebida na região têm atingido grandes resultados, que refletem na intenção de expansão não só física, como na comercialização de rótulos e marcas. Fundada no fim de 2011 a Cervejaria Premium Paulista toma conta, praticamente, de um quarteirão inteiro no bairro Santa Maria, em Santo André. Com uma produção de 35 mil litros por mês, a fábrica da cerveja Madalena é a maior do Grande ABC. 

Com o investimento de seis sócios, a fábrica tem hoje sete rótulos em sua linha, mas pretende lançar alguns sazonais também. “Queremos aproveitar este momento em que o consumidor está tendo mais acesso aos produtos tidos como premium. A cerveja é um deles e o mercado está aquecido”, explica o diretor executivo, Renan Leonessa, 23. “Prezamos pela qualidade, utilizamos somente matéria-prima de procedência e todas nossas cervejas são puro malte”, comentou.

Percebendo o aumento do interesse do consumidor da região pela bebida artesanal, Leonessa vislumbrou a chance de adentrar, não somente no bares, mas também nos mercados. Hoje a cerveja Madalena é encontrada facilmente nas gôndolas da rede Coop, que tem alcance em todas as cidades do Grande ABC. “Escolhemos a Coop exatamente por ser uma rede da região. Foi uma questão de relacionamento. Estamos apostando”, disse. 

A empresa conta com 16 funcionários e até o segundo semestre do ano que vem quer automatizar a produção no estilo alemão. “Queremos expandir a fábrica ainda mais. Estamos trabalhando pra que isso ocorra até o ano que vem”. Um dos trunfos que fazem a unidade fabril trabalhar a todo vapor é a terceirização de seu equipamento para que outras cervejarias produzam, engarrafem e distribuam suas cervejas. “Hoje a fabricação de cervejas (de companhias) que terceirizam com nossa fábrica chega a ser quase três vezes maior do que a própria produção da Madalena. Esse é um nicho a ser explorado, já que a demanda por esses serviços cresce entre aqueles que não têm investimentos para montar a própria fábrica”, explica Leonessa.

Diadema também desponta na região como uma cidade com potencial para a fabricação do produto artesanal. Com um investimento de quase R$ 3 milhões a cervejaria Votus está localiza na Avenida Eldorado, uma das mais importantes da cidade. 

Segundo Flávio de Almeida Ataíde, 32, um dos administradores da cervejaria, o equipamento utilizado pela fábrica é o mais avançado do Brasil. “Decidimos apostar num equipamento moderno. Hoje, temos certeza que os tanques e tinas que utilizamos aqui na Votus são os mais modernos do país”, explicou Almeida.

A cervejaria produz cerca de 12 mil litros da bebida por mês, mas tem capacidade de aumentar esse número para 120 mil litros. Ela emprega cinco pessoas, mas Almeida percebe que este é o momento para admitir mais gente. “Temos poucas pessoas trabalhando aqui, mas o objetivo é contratar para que possamos produzir sempre mais. Três produções completas por dia gerariam 50 empregos”, conta.

A escolha do município não foi por acaso. O grupo de investidores que mantém a fábrica buscava um terreno de bom tamanho e com localização estratégica. Foi em Diadema que encontraram tudo isso. “Queríamos fazer tudo certo desde o início pra não ter que perder tempo depois. Aqui encontramos um ótimo imóvel e estamos perto de estradas que dão acesso fácil à outras localidades”, contou Almeida.

A Votus produz hoje seis tipos de cerveja e seu método de inserção no mercado é através dos bares de São Paulo em sua grande maioria. “Ainda não conseguimos entrar nos bares do ABC, pois há um certo protecionismo com as cervejas das grandes fábricas, como as da Ambev, por exemplo. Isso dificulta um pouco”, disse. Os rótulos da cervejaria saem por preço médio de R$ 20, mas esse valor pode variar entre os estilos que produzem. Apesar de concordar que o mercado de bebida artesanal está crescendo, Almeida aponta que o que falta, na verdade, são locais específicos para se comercializar o produto. “Se São Paulo e o ABC abrissem mais bares e empórios para comercializarmos nossas cervejas os horizontes seriam melhores”, conclui.

PUB - O prédio de tijolos e os grandes tanques chamam a atenção de quem passa na rua Guilherme Marconi, na Vila Assunção, em Santo André. A família do proprietário já tem história com a cerveja há muitos anos, produzindo a bebida desde os anos 30.

Maurício Moraes, 48, é o proprietário da Theodora, cervejaria que produz cerca de 8.000 litros da bebida por mês e atua como gastropub, ou seja um local destinado a tomar boa cerveja e comer boa comida. Moraes decidiu que iria montar sua própria fábrica quando trabalhou durante um ano nos pubs da Inglaterra, no começo dos anos 1990. Ele já tem certa experiência em administração de bares e restaurantes, pois já foi proprietário de comércios desse tipo em São Bernardo e no Mercado Municipal de São Paulo.

Na cervejaria ele comercializa quatro tipos de chope com preços que vão de R$ 7,50 a R$ 15,50 e, atualmente, emprega 11 pessoas. Esperando que o ano de Copa do Mundo seria um dos melhores para seu comércio, os números apareceram como água no chope. “Pensei que a Copa iria trazer um saldo bem positivo, mas não foi assim que ocorreu. Infelizmente durante e depois da Copa o movimento deu uma estagnada”, confessa. Porém, ele ainda é esperançoso, pois sabe que esse é um caminho sem volta. “O brasileiro só conheceu a cerveja artesanal agora. Tenho certeza que nos próximos anos não só o consumo, mas as opções e o acesso a este tipo de bebida vão aumentar”.


FAÇA VOCÊ MESMO - Você é um entusiasta das cervejas artesanais e gostaria de criar sua própria receita e fabricar sua cerveja? O Grande ABC conta com locais que vendem materiais e utensílios para quem quer se iniciar na vida de cervejeiro. 

Em São Bernardo, a Brew Head Shop está há apenas 25 dias com uma loja física no centro da cidade. O local ainda é pequeno, mas já há um bom estoque de panelas, maltes, fermentos e vários outros pertences para a produção de uma boa cerveja artesanal. Gabriel Haro, 40, um dos investidores diz que já há falta de ingredientes na loja, tamanha a procura. “Os insumos, como malte e lúpulo são os mais vendidos. Alguns destes já estão em falta” Com investimento inicial de R$ 50 mil, os amigos têm se surpreendido com a procura dos meios para o preparo da bebida. “Estamos felizes com a procura e já pensamos em expandir para atender a demanda. Queremos também preparar cursos e realizar a criação conjunta de cerveja”, disse

Carlos Runge, 36 anos, é formado em química e hoje administra o Atelier da Cerveja, que fica na Rua das Figueiras, em Santo André. No local, uma mistura de bar especializado em cerveja especial, loja de insumos para a produção e local onde se ministram cursos, ele conta que sua relação com o produto se deu quando ainda era jovem e via seu tio preparando a bebida. “Desde pequeno tive contato, depois me formei em química e produzir cerveja se tornou mais fácil”, contou. No espaço é possível encontrar alguns tipos de maltes, lúpulos, fermentos e equipamentos que possibilitam ao interessado ter fabricação própria Há ainda a possibilidade de se inscrever no curso de cervejeiro, pelo valor de R$ 380 por um período de 25 dias. Os grupos são formados a partir de três participantes e vão até no máximo de sete. 

fonte: Daniel Tossato - DGABC

16 de dez. de 2014

Diadema irá entregar 200 moradias no sábado


Total de 200 famílias de áreas de risco em Diadema serão beneficiadas no sábado com a entrega  de 200 unidades habitacionais do conjunto Portinari, localizado no bairro Casa Grande. O investimento para a construção dos apartamentos, de R$ 14,4 milhões, é oriundo do governo federal, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Com a inauguração, a Prefeitura chegará ao fim de 2014 com 560 unidades entregues. No fim de novembro, 360 famílias receberam as chaves de moradias populares do conjunto Mazzaferro, também no bairro Casa Grande. O investimento foi de R$ 23,4 milhões, e, assim como o Portinari, integra o pacote de empreendimentos em parceria com o Minha Casa, Minha Vida.
Segundo o prefeito Lauro Michels (PV), a região é a que apresenta maior demanda por casas no município. “Entretanto, os conjuntos serão destinados a todos os inscritos no cadastro habitacional, mas o foco principal é sempre para o pessoal do Casa Grande.”
Apesar dos benefícios, as obras serão entregues com atraso. Em janeiro, Lauro garantiu que os 560 apartamentos seriam finalizados até o fim do primeiro semestre. O secretário municipal de Habitação, Eduardo Monteiro, foi procurado na noite de ontem pelo Diário para comentar a alteração no cronograma de construções, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.
META
O chefe do Executivo espera chegar até o fim de seu mandato, em 2016, com aproximadamente 3.000 unidades habitacionais liberadas para famílias carentes. Os imóveis deverão atender moradores dos núcleos Beira-Rio, Nossa Senhora das Graças, Yamberê e Pau do Café. No ano passado, foram entregues 394 apartamentos, nos conjuntos Júpiter, Gema, Vera Cruz, Piraporinha 1 e Vitória. Somando as 954 famílias já contempladas, a Prefeitura ainda precisa finalizar 2.046 casas em dois anos – média de uma a cada quase três dias.
Os 200 apartamentos no conjunto Portinari têm área útil de 43 m² e possuem dois dormitórios, banheiro, sala de estar, cozinha e lavanderia. De acordo com a Prefeitura, todas as unidades já contam com piso de cerâmica e azulejos colocados. O terreno, de 7.311 m², oferece também salão de festas comunitário e guarita.
Serão oferecidas 101 vagas de estacionamento, sendo que três são reservadas para pessoas portadoras de deficiência.
fonte: Fábio Munhoz - Diário do Grande ABC

Michels entrega canalização do Córrego Canhema

Obra beneficia diretamente 30 mil famílias do entorno - Foto: Ronaldo Lima

DIADEMA – O prefeito de Diadema, Lauro Michels, e o secretário de Serviços e Obras, Elbio Camillo Junior, entregaram ontem (15), as obras de canalização do Córrego Canhema. A obra recupera a qualidade de vida dos moradores de seu entorno e beneficia diretamente 30 mil famílias.
Os moradores aguardavam por esta obra há mais de 20 anos, para resolver o problema com as enchentes. Para a sua execução foi necessário investimento da prefeitura para retirada de moradores que viviam às margens do local.
A obra compreende a canalização de 600 metros de córrego, no trecho localizado entre as ruas das Ameixeiras e Bertoldo Klinger, próximo à divisa de Diadema com São Bernardo. O investimento é de R$ 2,6 milhões com verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
“A prefeitura está investindo em obras de infraestrutura. A entrega desta obra é o início da resolução dos problemas de alagamento desta região”, comentou o prefeito. Nesta semana Michels fará novas entregas. Confira abaixo.
Entregas
Terça-feira – 16/12
17 horas – Entrega de recapeamento asfáltico no Jardim Rosinha
Rua Visconde de Itaboraí, alt. nº 200 – Jardim Rosinha

Quarta-feira – 17/12
17 horas – Entrega de recapeamento asfáltico no Jardim das Nações
Rua Suíça s/n – Jardim das Nações

Sexta-feira – 19/12
17 horas – Entrega da reforma da Praça Santo Ivo
Rua Santo Ivo X Rua Santo Estéfano Bairro Casa Grande

fonte: DIÁRIO REGIONAL

13 de dez. de 2014

Tupy investe R$ 2 milhões em armazém em Diadema



O grupo Tupy, que tem fábrica de autopeças de fundição em Mauá e também produz conexões de ferro maleável em Joinville, em Santa Catarina, investiu R$ 2 milhões para a abertura de um CD (Centro de Distribuição) de produtos em Diadema em setembro.
O CD, com área instalada de 3.800 m² e capacidade para abrigar 3.000 toneladas por mês de peças, é focado no segmento hidráulico, ou seja, as conexões, que, neste caso, destinam-se ao mercado industrial. São tubulações para transporte de água e até de gás das fábricas.
Segundo o vice-presidente de suprimentos e logística da companhia, Julio César de Oliveira, a ideia foi obter ganhos de eficiência e também alavancar vendas com o espaço, já que o principal mercado para as conexões da companhia está na região Sudeste.
Além da possibilidade de ficar mais próximo dos clientes industriais, o local serve também de base para o recebimento de materiais comprados pela metalúrgica, que podem ser consolidados e enviados em caminhões com carga fechada até Joinville, no lugar do recebimento fracionado (ou seja, de pequenos volumes).
Dessa forma, o executivo estima que será possível economizar até 3% com o transporte de insumos para a unidade fabril e, ainda, ampliar o faturamento (a projeção não foi revelada), por exemplo, com a redução pela metade no tempo de entrega aos clientes. “Escolhemos Diadema pela posição geográfica, que se torna interessante porque os produtos chegam mais rápido ao Nordeste do País. Além disso, aqui em São Paulo existem mais opções de frete”, assinala.
A operação é bastante enxuta – são só cinco funcionários próprios –, já que toda a parte operacional do armazém, como a gestão de estoques, checagem e expedição, fica a cargo da Veloce Logística, que administra o condomínio industrial em que, há alguns anos, ficava a fábrica de cadeados da Papaiz. Nesse empreendimento também funcionam atividades de logística da Toyota e da General Motors.
RESULTADOS - A expectativa é que o centro de distribuição gere em torno de R$ 200 milhões em vendas brutas anualmente. O grupo todo obteve receita de R$ 3,12 bilhões em 2013. Neste ano, no período que vai de janeiro a setembro, a companhia faturou R$ 2,4 bilhões e, só na área de negócios hidráulicos, foram R$ 183 milhões.
Oliveira assinala que o CD traz benefícios para a arrecadação municipal de Diadema, já que o faturamento das vendas de produtos para as fábricas na região e também de Estados do Nordeste passa a ser feito por esse estabelecimento.
fonte: Leone Farias - Diário do Grande ABC


11 de dez. de 2014

Economia Solidária ganha espaço em inauguração de Casa em Diadema


Nesta sexta-feira,12 de dezembro, acontecerá a inauguração da Casa de Economia Solidária/Centro Público de Economia Solidária de Diadema, município parte da região conhecida como ABCD paulista. A entidade, que funcionará num imóvel tombado pelo patrimônio histórico, no centro, tem o propósito de estimular os empreendimentos solidários desta cidade, sendo um local de articulação e discussão técnica e política, além de um centro de formação sobre a Economia Solidária. A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (SDET), de Diadema, e se relaciona com a Incubadora Pública de Economia Solidária deste município.
 
Os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) de Diadema estão distribuídos pelas áreas de coleta seletiva, costura, artesanato e alimentação. Atualmente são 30 EES atendidos pela SDET. George Winnik, assessor técnico da SDET, avalia que “a ideia é que a Casa seja um ponto de articulação e ao mesmo tempo de irradiação sobre a importância das políticas econômicos- solidárias, estimulando o empreendedorismo e o suporte ao desenvolvimento desse ambiente de ES. É necessário que as pessoas tenham uma melhor compreensão do que é a ESS, pois muitas acham que esta economia envolve apenas aqueles que são incapazes de trabalhar na iniciativa privada, e os que não tem formação acadêmica ou mesmo técnica. O conceito de ES vai muito além disso e tem repensado o modelo de produção e distribuição da riqueza, estimulado o trabalho colaborativo. Esse entendimento tanto vale para a própria prefeitura de Diadema como para a sociedade em geral”, reafirma.
 
Winnik mencionou o trabalho consistente de Antonio Guedes, o Tonico, da SDET, que tem uma longa trajetória na luta sindical e economia solidária e está concretizando a entidade, junto ao George e apoiadores. Tonico já foi presidente de uma empresa recuperada, membro da Unisol Brasil e da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). Atuou no Sebrae a nível nacional e depois se integrou na administração pública de Diadema. Já Winnik tem também uma série de trabalhos focados no bem-estar público, como na Rede Nossa São Paulo, ligada ao Instituto Ethos no programa Cidade Sustentável; no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, que funciona em Santo André, e que também engloba uma agência de desenvolvimento econômico. O consórcio é um órgão público que tem o apoio e parceria da iniciativa privada, para pensar as políticas públicas em nível regional. Um dos seus principais temas tratados nos últimos anos foi a questão da desindustrialização.
 
“Esperamos dar um salto no nosso poder de ação, devido a um convênio que estamos estabelecendo para os EES para o ano de 2015”, conclui.
 
Sobre a Incubadora Pública de Economia Popular Solidária
 
Em 2010, a Prefeitura iniciou o processo de incubação de dez empreendimentos populares e solidários, iniciando as atividades da IPEPS voltadas à inclusão produtiva e ao desenvolvimento sustentável da cidade. Ao todo a cidade conta com mais de 30 empreendimentos organizados. As cooperativas e empreendimentos solidários recebem assessoria permanente durante um período de até três anos, com foco na formação de arranjos solidários setoriais, no fortalecimento de redes de cooperação, e no suporte para acesso à tecnologia e para a comercialização.
 
Dentre os diversos projetos, vale destacar a presença de importantes cooperativas industriais, de grupos atuando no artesanato e na confecção, a rede de preparação e comercialização de tapioca (projeto Dia de Tapioca) e as diversas atividades relacionadas à coleta seletiva e reciclagem, incluindo a Fábrica de Varal em PET, com capacidade de produção de 12 mil unidades/mês.

fonte: SEDET e Site da Prefeitura de Diadema

8 de dez. de 2014

Dilma e Alckmin turbinam plano de obras de Lauro


Dos 58 projetos que integram o plano de obras elaborado pelo prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), 55 são subsidiados só pelos governos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ou 95% das propostas. Pelo pacote de intervenções formulado pelo verde, R$ 37,7 milhões serão financiados com recursos externos, sendo 46 por repasses da União e nove do Palácio dos Bandeirantes.
Na lista constam apenas três intervenções que serão exclusivamente bancadas pelo Paço. Esses projetos incluem reformas em escolas municipais – custarão R$ 3,5 milhões –, investimentos em saneamento (R$ 25 milhões) e troca parcial da iluminação urbana (R$ 500 mil).
A maioria dos planos com aporte do governo federal é da área da Saúde (19 ações), totalizando R$ 11 milhões. Os repasses subsidiarão a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) Piraporinha e reformas no Hospital Municipal e nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Para o setor de Esportes serão 11 transferências (total de R$ 7,1 milhões), que financiarão reformas em campos e quadras municipais e de ginásios da cidade. Outros nove investimentos custearão obras de Habitação (R$ 4,3 milhões), como construção de moradias populares no Jardim Marilene e urbanização dos núcleos Gazuza, Mem de Sá, Piratininga e da favela Naval.
No rol de transferências do governo estadual está subsídio para instalação do Centro de Reabilitação Lucy Montoro – investimento de R$ 5,4 milhões –, que funcionará no prédio do Quarteirão da Saúde, no Centro; pavimentação e recapeamento de ruas e avenidas (R$ 502,6 mil) e construção de parque da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) – R$ 3,8 milhões.
Aprovado pela Câmara na quinta-feira, o plano de obras gerou polêmica no Legislativo. Vereadores do PT criticaram a postura de Lauro Michels em acusar o governo federal de não destinar recursos à cidade. Em panfletos de prestação de contas da gestão verde, o chefe do Executivo não credita as ações ao governo estadual tampouco à União.
CONTRAPARTIDA
Secretário de Finanças do Paço, Francisco José Rocha frisou que há obras custeadas com verbas externas porque o município despende grande fatia com contrapartida para que as intervenções não sejam paralisadas. “Fazemos esforço financeiro para garantir que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não parem, pois o governo federal faz medição dessas obras três vezes ao ano (o dinheiro só é liberado em Brasília após essa etapa)”, explicou. 

fonte: Raphael Rocha Júnior Carvalho - DGABC

DIADEMA CELEBRA 55 ANOS APÓS EMANCIPAÇÃO DE SÃO BERNARDO

Primeiro prefeito de Diadema, Evandro Caiffa Esquível, em frente a casa da família. Foto: Coleção Sylvia Ramos
Na segunda-feira (08/12), Diadema celebra 55 anos, contados a partir da primeira eleição à Prefeitura, que ocorreu em 1959, logo após a emancipação político-administrativa. Muito tempo antes disso, a cidade servia apenas como caminho para ligar o Litoral à Capital.

Em meados de 1700, a área da cidade pertencia à Ordem Religiosa dos Jesuítas e existia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição onde hoje está a rua Manoel da Nóbrega. Na época, conforme o historiador Walter Adão Carreiro, atrás do santuário era um local para desova de corpos. “Em 1946, quando cheguei aqui, meu pai falou que não era para ir na região atrás da capela, porque antigamente lá enterravam índios e escravos”, disse. 

Até a década de 1940, a região do município era constituída por quatro povoados pertencentes a São Bernardo: Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição. Atualmente, após a emancipação, 11 bairros compõem Diadema.
Conforme Carreiro, o marco zero da cidade é a praça Castelo Branco, pois foi palco para a campanha de emancipação. 

No dia 10 de janeiro de 1960, Diadema instalou-se oficialmente como novo município, com a posse do primeiro prefeito, Evandro Caiffa Esquível.

A cidade teve o nome definido pelo jurista Miguel Reale, que era muito religioso. A fé católica tem ligação direta com o nome da cidade, pois Diadema é uma joia que orna a cabeça de Nossa Senhora.

Com a chegada da via Anchieta, em 1947, a Região passa do caráter de locomoção ferroviária para as rodovias, o que traz pequenas e médias empresas, que na maioria complementam as multinacionais instaladas na cidade vizinha, São Bernardo. 

fonte: Jessica Marques - ABCD MAIOR


30 de nov. de 2014

Diadema faz Natal feliz para 360 famílias ao entregar imóveis


Pela primeira vez, a auxiliar de limpeza Adriane Figueiredo, 43 anos, de Diadema, terá casa própria. Hoje, é o seu último dia em imóvel emprestado há dez anos. Ela recebeu ontem a chave simbólica do seu novo apartamento, localizado em um dos conjuntos habitacionais Mazzaferro I e II, na Rua do Pau Café, no bairro Casa Grande. “Vou morar com três dos meus cinco filhos. Será o Natal mais feliz da vida.”
O apartamento da auxiliar integra grupo de 360 moradias, construídas em 12 meses por meio de parceria da Prefeitura com o governo federal, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, a famílias com renda entre um e três salários mínimos. O secretário municipal de Habitação, Eduardo Monteiro, explicou que o terreno, de 20 mil metros quadrados, pertencia ao município. O governo federal investiu R$ 23,4 milhões na construção, que acolherá cerca de 1.500 pessoas que residem em áreas de risco.
Durante a cerimônia de entrega simbólica das chaves, o prefeito Lauro Michels (PV) garantiu que, ainda neste ano, irá inaugurar mais 200 unidades habitacionais em outros conjuntos. “Em todo o mandato, vamos reduzir 40% da demanda por moradia”, declarou. Monteiro calculou que, no início do governo, o deficit aproximado era de 9.500 imóveis. “Vamos entregar, nos quatro anos, cerca de 3.000”, destacou o chefe do Executivo.
O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) observou que não há participação do governo do Estado no local. “Mas a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) tem muito dinheiro para investir em Habitação. Precisamos muito de parcerias de prefeituras como essa para avançar.”
A dona de casa Nair Alves Silva, 45, também foi sorteada para ter a casa própria no condomínio. Ontem, após dar uma olhada em um dos imóveis abertos para a visita, ainda não sabia o valor mensal que pagaria durante os dez anos, como ditam as regras do programa federal. Mas comemorou, tendo em vista que sairá de um aluguel, de R$ 600, para 120 parcelas de, no máximo, R$ 80. Cada morador desembolsará 5% da renda familiar. “No dia 10 eu quero mudar para cá”, disse.
A secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, explicou que a Prefeitura receberá repasse para estimular os moradores a fazer a boa utilização dos imóveis. “Nosso intuito é deixar o condomínio sustentável”, acrescentou.
Inês exemplificou como estímulos as orientações para melhor utilização da água, luz, manutenção do empreendimento e para que seja criado conselho do condomínio e realizada eleição de síndico.
ESTRUTURA
O local conta com nove blocos de cinco andares cada um. Isso considerando quatro pavimentos e o piso térreo. São oito apartamentos em cada andar.
As famílias terão 43,48 metros quadrados para distribuir seus móveis e aparelhos domésticos em cada unidade. Os habitantes terão mais privacidade, já que cada moradia conta com dois dormitórios. O apartamento tem ainda sala, banheiro, cozinha e área de serviço. O condomínio tem 180 vagas de estacionamento, centro comunitário, playground e paisagismo. 
fonte: Pedro Souza - Diário do Grande ABC