14 de mai. de 2011

A cartada da Wickbold - (Conheça as Empresas de Diadema)


Em 2007, a fabricante paulista de pães especiais Wickbold passava por problemas. Sua participação de mercado caía e as vendas estavam estagnadas. Suas dificuldades eram resultado de uma aposta errada. Na década de 1990, a direção da empresa resolveu seguir a onda de mercado e investir em pães tradicionais, o chamado pão de forma, em vez de continuar com aqueles feitos com grãos integrais e tão variados quanto a receita que mistura castanha-do-pará e quinoa, que eram o seu diferencial no mercado. 
Para piorar a situação, Ronaldo Wickbold, filho de Henrique Wickbold, o fundador da companhia, enfrentou um drama pessoal. O sobrinho Edilberto, com quem Ronaldo dividia o comando da empresa e se entendia como numa relação de pai para filho, morreu repentinamente, aos 33 anos de idade, vítima de um aneurisma cerebral. “Mais uma vez perdemos o rumo”, disse Wickbold à DINHEIRO.
 10.jpg
"Temos uma preciosidade em mãos. A categoria de pães especiais é a que mais cresce no País" 
Bernardino costa, diretor-comercial da Wickbold
 
Depois do baque, a Wickbold, uma empresa tipicamente familiar com sede em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, resolveu partir para o processo de profissionalização da gestão. Pela primeira vez, em quase 70 anos de história, a família decidiu que era hora de contratar um diretor-comercial. O executivo Andrei Rakowitsch, que havia feito uma longa carreira na multinacional suíça Nestlé, foi o escolhido.
 
Wickbold admite que a chegada do executivo foi outro divisor de águas na companhia, dessa vez para o bem. O próprio empresário lembra que até a chegada de Rakowitsch, as reuniões do conselho de administração, formado exclusivamente por integrantes com o mesmo sobrenome, eram precedidas de comentários sobre o fim de semana anterior e até troca de fotos da família. “A primeira reunião com a presença do Andrei foi uma coisa complicada”, lembra Wickbold. “Como é que a gente ia falar dos nossos assuntos com um estranho? Demorou bastante tempo até nos acostumarmos.”
 
O desconforto passou e hoje o empresário reconhece que o executivo melhorou o desempenho comercial da companhia. Rakowitsch deixou a Wickbold no ano passado e foi substituído por Bernardino Costa, outro profissional com longo histórico profissional na Nestlé. “Temos uma preciosidade em mãos, que é a categoria de pães especiais”, afirma Costa. “É a que mais cresce – em média 11% ao ano – e não podemos desperdiçar a chance de crescer acima do mercado.” 
 
12.jpg
 
 
No ano passado, o segmento de pães industrializados faturou R$ 2,7 bilhões. O consumo per capita, no entanto, é de 4,7 quilos por ano. Em mercados mais maduros, como Estados Unidos ou Espanha, chega a 22 quilos por ano. “O poder aquisitivo impulsiona o consumo e, além disso, a preocupação dos brasileiros com uma alimentação mais saudável é um movimento sem volta e nos ajuda”, diz Costa. 
 
Com essa expansão, a Wickbold, que demorou 73 anos para atingir um faturamento de R$ 416 milhões, quer agora chegar ao seu primeiro bilhão de reais em apenas três anos. E ela já diz saber como dar sua cartada para entrar no clube das empresas bilionárias: construir novas fábricas e desenvolver uma política agressiva de lançamento de novos produtos. A primeira aposta é no mercado de torradas, no qual a empresa lançou seus primeiros produtos no início de 2011. O orçamento para colocar mais itens com a marca da empresa nas gôndolas dos supermercados é de R$ 15 milhões, só neste ano. 
 
11.jpg
Álbum de família: Antes da profissionalização, comentários sobre o fim de semana
e troca de fotos da família precediam as reuniões do conselho
 
No segundo semestre, a companhia vai decidir onde deve inaugurar novas unidades industriais. Atualmente a Wickbold conta com quatro fábricas, três delas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. A meta é aumentar sua presença geográfica. Hoje a marca está presente em 11 Estados. É pouco, acreditam Wickbold e Costa. “O segredo para vender mais nessa categoria é oferecer um produto fresco quase que diariamente”, afirma Wickbold. Isso explica, em parte, a urgência da empresa em erguer novas fábricas. A outra metade da explicação é o peso da logística de distribuição nos custos da empresa.
 
Nada menos do que 26% da receita bruta é gasto para entregar os cerca de 80 itens fabricados com a marca Wickbold para aproximadamente 13 mil pontos de venda.  Mas é bom a Wickbold não perder tempo. Desde que chegou ao Brasil, em 2001, o grupo mexicano Bimbo, uma das cinco maiores panificadoras do mundo em volume e vendas, cresceu com base em uma agressiva estratégia de aquisições. A mais significativa delas foi a Pullman, tradicional marca brasileira, que foi a porta de entrada da Bimbo no Brasil.
 
13.jpg
 
 
Segundo estimativas do mercado, a Bimbo, líder do setor,  responde por 30% do faturamento do mercado brasileiro de pães. A Wickbold fechou 2010 na segunda posição, com 17% de participação, empatada tecnicamente com a Panco, outra marca nacional de atuação mais concentrada no Sudeste. “A logística de distribuição é a alma deste negócio”, diz Sidney Rosa, professor do núcleo de varejo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Como o pão é um produto altamente perecível, os fabricantes fazem visita quase que diariamente aos pontos de venda.”
 
Não é por outro motivo que a prioridade de Wickbold é plantar seu  logotipo em fábricas espalhadas pelos quatro cantos do País. Wickbold diz que crescer por meio de aquisições não está nos planos da companhia, embora ele não as descarte, caso oportunidades de compra apareçam.

fonte: Eliane Sobral - ISTOÉ DINHEIRO

13 de mai. de 2011

Prefeituras limitam verticalização


Os arranha-céus em construção não preocupam só os moradores do ABC que estão espantados com a quantidade de torres lançadas toda semana. Segundo as prefeituras da região, as administrações locais têm exigido que os investidores cumpram e se adequem às leis e normas municipais.
 
A proposta dos prefeitos não visa a criação de entraves com relação a novos empreendimentos, mas a atração de empreendimentos sob a ótica da redução dos impactos causados pelo aumento populacional, fomentadores do caos da mobilidade urbana e da utilização dos serviços públicos.
 
São Caetano aprovou em outubro de 2010 a Lei de Zoneamento (4.994), criada para limitar a densidade demográfica por meio da redução do potencial construtivo para menos da metade do permitido. Até ano passado, era possível construir até sete vezes a área do terreno. Agora, o limite é três. Com a outorga onerosa, que permite a ampliação do índice construtivo desde que haja contrapartida financeira, pode-se chegar a quatro vezes. Para efeito de comparação, a média nos municípios paulistas é de duas vezes. 
 
Segundo a Secretaria de Obras, São Caetano está preparado para receber os empreendimentos aprovados pela Prefeitura até mesmo os previstos no Espaço Cerâmica. “Foram feitos estudos e as obras de infraestrutura para abrigar as futuras construções, como o sistema viário remodelado, com a duplicação da avenida Guido Aliberti, a abertura da avenida Nelson Braido, a duplicação da rua Engenheiro Armando de Arruda Pereira, além da execução de galerias pluviais que beneficiam toda a bacia montante do empreendimento (bairros são José, Cerâmica e Oswaldo Cruz) e no tocante a educação, construção de uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil).
 
Rio Grande vai na contramão
 
Diferente da realidade das demais cidades da região, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires apresentam pouca verticalização, mas também preparam mudanças. Como em Rio Grande da Serra praticamente todo território é área de manancial, a administração vai revisar o Plano Diretor para acompanhar as determinações da Lei Específica da Billings. Hoje, só é permitida a construção de prédios com dois pavimentos. Caso aprovada, a nova legislação autorizará que sejam erguidos edifícios com até seis andares. Em Ribeirão Pires, o crescimento vertical é baixo, restrito por conta das leis ambientais. Para limitar o crescimento da cidade foram feitas audiências públicas de Compatibilização da Lei Orgânica/Plano Diretor com a Lei Específica da Billings. 
 
Outorga onerosa é a saída
 
Em São Caetano, o investidor que optar pela outorga onerosa deve oferecer contrapartida para auxiliar a Prefeitura na construção de equipamento público, por exemplo. Entre as exigências estão 15% de impermeabilidade para ajudar na questão das enchentes ou a execução de reservatório de águas pluviais. Já na vertente da mobilidade urbana, a Prefeitura determina que o prédio disponha duas vagas de garagem para cada residente.
 
A Prefeitura de Diadema exige apresentação de relatório de impacto de vizinhança e, se necessário, ações mitigadoras para compensar eventuais impactos causados na infraestrutura da região. O interessado ainda deve apresentar relatório de impacto no trânsito, encaminhado para análise do departamento responsável. As contrapartidas necessárias vão de investimentos em sinalização, equipamentos semafóricos e asfalto até construção de pontes e doação de parte do terreno para abertura de ruas. “Não podemos impedir o desenvolvimento, porque ele é positivo, mas precisamos atuar como mediadores”, ressalta Márcio Luiz Vale, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema.
 
Municípios revisam Planos Diretores
 
cebeu em janeiro a revisão do Plano Diretor. A discussão começou em abril e está na fase de audiências públicas. Embora a previsão seja de manter o índice construtivo de duas vezes e meia, um dos objetivos é preservar algumas áreas para construção e manutenção de casas. Na vertente, a Prefeitura pretende mapear os locais, como no entorno do Parque Celso Daniel, bairro Jardim.
 
Em São Bernardo, o Plano Diretor está na fase de revisão. O projeto está em discussão com entidades, empresários, sindicatos, movimentos populares e será encaminhado à Câmara no final de maio. Segundo Cláudia Virgínia, diretora de Planejamento Urbano, um dos alvos do debate é a melhor utilização do índice construtivo.

“Consideramos que os índices construtivos atuais são muito permissivos frente à infraestrutura urbana instalada, representando um impacto demasiado para o trânsito e redes de serviços. Os estudos demonstram que os índices permitidos não são utilizados plenamente. Atualmente, na macrozona de vocação urbana, os coeficientes de aproveitamento variam entre 1,5 e 4, mas na média não é ultrapassado o índice 2,5”, diz.
 
Já em Diadema, os empreendimentos imobiliários precisam de Certidão de Diretrizes, a qual orienta sobre regras para elaboração de projeto e implantação com base nos quesitos urbanísticos, ambientais, de trânsito, drenagem, abastecimento de água e esgoto. Mauá possui o Código de Obras e Edificações regido por meio da lei 3.202/99, que regulamenta e disciplina as atividades de projeto, licenciamento, execução, utilização e manutenção das obras e edificações, com base nos padrões de segurança, higiene e conforto. A lei determina o procedimento de como a construção deve ser efetuada para não impactar negativamente o cotidiano do município, até detalhes para conseguir alvará e o habite-se.
 
Problema está na aplicabilidade da lei
 
O problema verificado nos Planos Diretores, muitas vezes robustos no volume e na teoria, é a falta de aplicabilidade. Segundo Rosana Denaldi, professora de Gestão Urbana e Ambiental da UFABC (Universidade Federal do ABC), a qualidade do plano pode ser constatada ao verificar se os itens são autoaplicáveis. 

“A maioria dos planos está em acordo com tudo o que é previsto no Estatuto das Cidades, porém não detalha como e nem o objetivo dos itens, por isso fica difícil de serem executados”, diz. Quando os itens não são autoaplicáveis, se faz necessário uma lei específica. Tramitação que, em média, nunca ocorre, segundo a especialista.  Rosana foi secretária de Habitação de Santo André na gestão João Avamileno e participou da construção do Plano considerado referência pelo governo federal.
 
“O diferencial estava justamente na aplicabilidade; quase tudo no documento era autoaplicável”, lembra Rosana, ao citar o estudo do impacto de vizinhança. O IPTU progressivo, um dos tópicos discutidos na revisão do Plano, só não foi para frente, segundo a professora, por esbarrar em questões jurídicas que determinavam outros encaminhamentos. 
 
S.Caetano tem o preço mais alto
 
Dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) apontam que São Caetano segue com o metro quadrado mais caro da região. 
Levantamento feito em fevereiro mostra que quando considerado apartamentos de dois dormitórios na região central – que representam 73% das vendas no período –, o m²  em Santo André varia de R$ 1,8 mil a R$ 3 mil e o de São Bernardo fica entre R$ 2,1 mil a R$ 3 mil. Levando em consideração as mesmas características, o metro quadrado de São Caetano custa entre R$ 1,4 mil e R$ 2,5 mil e o de Diadema R$ 1,7 mil a R$ 2,7 mil. 
 
Entretanto, quando a área analisada é expandida para todo o território municipal, independentemente do número de dormitórios, São Caetano chega a comercializar o m² por até R$ 4,1 mil, seguida por Santo André (com até R$ 3,1 mil) e São Bernardo (até R$ 3 mil).
 
Infraestrutura e localização são atrativos
 
A proximidade com a capital e o interior, facilitada pelo acesso com importantes rodovias, como Anchieta, Imigrantes e o trecho sul do Rodoanel, são fortes atrativos na hora de comercializar imóveis na região. Somado a isso está a gama de serviços disponíveis para, praticamente, todos os públicos. Estas são as principais explicações dadas pelos empresários para a valorização da região frente ao volume de novos empreendimentos.
 
Nesta situação está a Plazza Brasil Imóveis, que prepara um plano de expansão para o ABC. Com sede em São Paulo, cerca de 80% dos lançamentos da empresa estão situados no ABC. “Temos cerca de 40 produtos entre lançamentos e remanescentes à venda na região. Acreditamos que ainda há espaço e demanda para crescer, então nos próximos meses iremos abrir uma sede em São Bernardo, mas o ideal seria ter em Santo André e São Caetano também, pois o volume de negócios é muito alto”, destaca Valéria Corrêa, sócia-diretora da Plazza.
 
Já a ACS Incorporadora, de Campinas, investirá ao menos R$ 50 milhões na região nos próximos meses em dois empreendimentos, residencial e comercial, ambos em São Bernardo. Santo André também receberá atenção da ACS, com lançamento previsto no início de 2012.
 
ABC é convidativo
 
Preços acessíveis e a localização têm tornado o ABC interessante para moradores de outras regiões. Motivado pelos preços mais atrativos, Osmar Henrique Rodrigues, supervisor de vendas que atualmente reside no bairro do Jabaquara, se mudará para São Bernardo enquanto espera a finalização da obra de seu apartamento, em Diadema. Apesar de trabalhar na Zona Leste de São Paulo, o deslocamento entre os dois municípios não é problema para Rodrigues. ”Daqui do ABC tenho acesso tanto pela Anchieta quanto pela Imigrantes. Quando uma destas alternativas estiver congestionada ainda poderei recorrer a outra opção”, explica o vendedor, que escolheu o bairro do Rudge Ramos para residir. 

A mudança também facilitará a vida da esposa, Gabriela da Silva, que trabalha no bairro. “Atualmente a Gabriela leva uma hora e meia para chegar ao trabalho. Com o novo endereço vai demorar apenas 10 minutos”, conta. Ricardo Torres, dentista que se mudou para Santo André recentemente, sentiu no bolso a diferença de custos de vida entre São Paulo e o município. Segundo Torres, os shoppings e bares da região são os lugares mais frequentados pelo casal.
 
Diadema lidera procura
 
Com o espaço concorrido na região, a busca por imóveis desenha rota alternativa. De acordo com João Batista Bonadio, conselheiro do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) na região, Santo André, São Bernardo e São Caetano ainda são as mais visadas por compradores. No entanto, a escassez do espaço força a busca por negócios em cidades vizinhas, como Diadema e Mauá. “Essas outras cidades têm terrenos remanescentes e padrão de vida mais mesclado, o que possibilita diversidade nos preços de imóveis”, explica. Para Valéria Corrêa, sócia-diretora da Plazza Brasil Imóveis, Diadema é o que atualmente mais se destaca no ABC em expansão imobiliária. “É a bola da vez, as pessoas e incorporadoras migram pra lá em busca de oportunidades”, explica. Para Márcio Luiz Vale, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Diadema, a expansão imobiliária no município possui impacto mais visível devido à verticalização.
 
Tamanho do consumo
 
Um dos principais reflexos da expansão imobiliária, o aumento populacional e, por consequência, do consumo, exige planejamento público. Além da elevação dos gastos de energia elétrica, água e produção de esgoto e lixo, as áreas de educação e saúde devem ser preocupações dos gestores públicos para que o meio urbano não se torne um caos. 

Márcio Luiz Vale, secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema e membro do GT (Grupo de Trabalho) Planejamento Urbano do Consórcio Intermunicipal do ABC, destaca que os problemas já existentes não podem piorar com a explosão imobiliária.
 
Após boom, setor enfrenta desafio
 
O lançamento de mais de 8,8 mil unidades habitacionais no ABC no ano passado, o equivalente a cerca de 80% a mais que em 2009, mostra que o mercado imobiliário segue aquecido na região. Como consequência do crescimento – que deve ser mantido neste ano, mas de maneira mais controlada –, tem surtido efeitos, como falta de terreno e de mão de obra, que consequentemente gera atraso nas entregas. 
 
Segundo Milton Bigucci, presidente da AcigABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do ABC), o número de lançamentos em 2011 está parecido com o dos anos anteriores. "O volume neste primeiro trimestre está compatível com o mesmo período de 2007, 2008 e 2009. Foram lançadas cerca de 1,5 mil unidades desde o início do ano. Já 2010 foi um ano atípico, porque existia muito lançamento represado por conta da crise econômica mundial”, explica. 

João Crestana, presidente do Secovi (Sindicato da Habitação), defende que empresários, entidades do setor e governos invistam na qualificação da mão de obra para amenizar o gargalo. Para o executivo, ainda serão percebidos atrasos na entrega das unidades, problema que despontou em 2010 e atingiu o dia a dia de algumas empresas e consumidores. “A dificuldade reflete o forte aquecimento do setor, que passou por 20 anos de estagnação. São as dores do crescimento”, afirma.
 
Preferidos
A escassez de terrenos em bairros mais visados tem obrigado incorporadoras a buscarem alternativas, como a migração para regiões mais afastadas. Em Santo André, se antes bairros como Jardim, Campestre e Casa Branca eram os preferidos, hoje dividem atenção com Santa Terezinha, vila Floresta e Homero Thon. Juntos, foram os que mais tiveram lançamentos no primeiro trimestre de 2011.
 
Entre janeiro e março, Baeta Neves, Centro e Jordanópolis foram os bairros de São Bernardo com mais lançamentos, assim como os bairros Santa Paula, Olímpico, Jardim São Caetano e Santa Maria, em São Caetano. Em Diadema o Centro foi o mais procurado, enquanto em Mauá, a sensação foi o Parque São Vicente.
 
Dados do Construbusiness 2010 (Congresso Brasileiro da Construção) indicam que nos próximos 12 anos o Brasil vai precisar de 900 milhões de m² de terrenos urbanos para novas habitações. “São 24 milhões de moradias a serem produzidas neste período”, calcula Crestana. (Colaboraram: Aline Bosio, Carolina Neves, Larissa Marçal, Leandro Amaral e Natalia Fernandjes).

fonte: Repórter Diário

Ponto Shopping Diadema - Business & Boulevard

Localizado estrategicamente entre o parque municipal e o hospital de Diadema, que atende toda a população da região, a Av. Antonio Piranga está a 500 m da saída da imigrantes, concentrando todo o fluxo de pessoas e de transporte público que conectam  São Bernardo do Campo ao Jabaquara, zona sul de São Paulo.

O empreendimento é composto por 02 torres comerciais com 320 escritórios entre 33 e 40 m² + Mini-Shopping com 41 lojas de produtos, serviços e praça de alimentação.

Av. Antonio Piranga, 890 - Centro - Diadema, SP - Ao lado do Quarteirão da Saúde         
Maxinvest Desenvolvimento Imobiliário S.A.


DIADEMA1


Inova Academia está chegando em Diadema!

BREVEMENTE O SHOPPING PRAÇA DA MOÇA CONTARÁ COM A INOVA ACADEMIA, VAMOS AGUARDAR MAIS INFORMAÇÕES.


DIADEMA1

10 de mai. de 2011

Mercado imobiliário prevê expansão longe dos centros


Bairros periféricos no Grande ABC são foco de expansão da construção civil. Com falta de terrenos nos centros das cidades, a tendência é lançar empreendimentos com dois dormitórios, de até R$ 170 mil, nas periferias de Diadema e Mauá, por exemplo.
No entanto, os imóveis de até 50 m² e pertencentes à faixa econômica terão um diferencial, pois devem seguir o conceito condomínio-clube - geralmente com piscina, quadra esportiva, academia, churrasqueira e áreas comuns.
A estimativa foi feita pelo empresário do setor Milton Bigucci, e também presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC).
Segundo ele, é preciso abastecer essa nova classe média, a faixa C, que se enquadra no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. "Esse mercado está em plena expansão."
Ao completar 50 anos de atuação no segmento dia 19, Bigucci defende que, apesar de muitas pessoas já terem adquirido a casa própria, entre as sete cidades calcula-se que o deficit habitacional esteja entre 80 mil a 100 mil.
"Além do grande volume de pessoas que ainda vivem em imóveis alugados, a região atrai pessoas de outras cidades, principalmente pelos empreendimentos que oferece e as vias de acesso à Capital e ao Litoral. O Grande ABC se torna estratégico para os investidores", diz.
Para este ano, a expectativa é de que o setor cresça no mesmo ritmo do ano passado. Em 2010, foram lançadas 8.887 unidades - 80,67% a mais do que em 2009.
Quanto às vendas, foram comercializadas 6.730 unidades, o que corresponde a um crescimento de 31,29% em relação ao ano anterior. "Neste ano, não digo que o setor na região ficará estagnado, mas acomodado. Crescerá em um bom ritmo", aponta Bigucci.
BUROCRACIA - O principal entrave para uma expansão maior é a burocracia excessiva para conseguir aprovar os projetos nos órgãos públicos, na visão do empresário. "Isso emperra o desenvolvimento do País. Precisamos de leis que ajudem a reduzir esses prazos, pois quem paga o alto custo dessa demora é o comprador final do imóvel. Esses entraves também estão nos custos com documentos e papeladas, registros em cartórios e certidões", explica o presidente da Acigabc.

Momento também favorece novos negócios na Capital
Com experiência no setor de construção civil, Milton Bigucci já alcança novos horizontes. "Não é de hoje que lanço imóveis na Capital paulista. Isso não significa que o Grande ABC não ofereça oportunidades, muito pelo contrário. Essa é apenas uma forma de expandir nossos negócios."
No momento, a construtora que leva seu nome acaba de lançar dois empreendimentos, um no bairro Morumbi e outro no Ipiranga - neste caso, um condomínio comercial/empresarial. "Será composto por lojas e escritórios. Aí está uma tendência de mercado", cita.
Bigucci explica que, mesmo com as construções residenciais correspondendo a 90% do total na região, muitas empresas têm visto nos condomínios uma forma de investimento e segurança. Por aqui, um exemplo desse novo conceito é o Espaço Pirelli, em Santo André, onde serão construídos prédios comerciais e residenciais pela Brookfield Incorporações.
Em São Caetano, 72% já foram comercializados para incorporadoras, administradoras de shopping center, varejistas e instituição de saúde. Entre lotes comerciais e residenciais restam apenas 55 mil m².
A construtora MBigucci, fundada há 28 anos, já construiu 281 edifícios, 5.000 unidades e um total de área construída que passa 500 mil m².
fonte: 

Tauana Marin 
Do Diário do Grande ABC