15 de ago. de 2010

Sofisticada, mas popular

A construtora Tecnisa, reconhecida pelo alto padrão de seus empreendimentos, aposta no concorrido segmento de imóveis para as classes C e D. E quer negociar apartamentos como se vende televisão

No movimentado centro de Carapicuíba, cidade da região metropolitana de São Paulo, em meio a dezenas de lojas e grandes redes de varejo, uma vitrine chama a atenção. O que desperta o interesse de quem passa não é a fachada, mas, sim, os produtos oferecidos: apartamentos. E o local é estratégico.

Os vendedores querem aproveitar o preço das mercadorias oferecidas na vizinhança – televisores e móveis – como comparação às prestações da casa própria, que têm preço final entre R$ 130 mil e R$ 250 mil. Afinal, dependendo da renda e do prazo de pagamento, as parcelas mensais podem ficar em apenas R$ 150. Embora ainda seja pequeno, esse ponto de venda faz parte de um ousado plano de expansão da Tecnisa, construtora que faturou R$ 905,2 milhões em 2009.
Em lojas como essa, a empresa pretende entrar com força total no segmento de residências populares com a marca Tecnisa Flex. “Com o subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida, essas parcelas poderão custar menos do que as de uma televisão nova”, afirma o fundador e presidente da Tecnisa, Meyer Joseph Nigri. “Por isso, colocar uma loja nossa ali faz todo o sentido.”
O que chama a atenção nesse negócio é que a Tecnisa sempre atuou no mercado de luxo, no qual fez fama ao vender imóveis de até R$ 2 milhões. O que motivaria uma empresa com esse perfil a entrar em um novo mercado?  “O segmento de imóveis populares é disparadamente o mais sedutor. A combinação entre oferta de crédito, juros menores, renda em alta e desemprego em queda cria o ambiente perfeito para a compra da casa própria”, afirma o economista Jair Alves de Souza, consultor de mercado imobiliário. “E isso, evidentemente, é o que atrai a Tecnisa.”
De fato, os números do setor impressionam. O volume de crédito habitacional da Caixa, principal fonte de financiamentos imobiliários, baterá recorde em 2010 e deve ultrapassar R$ 60 bilhões, 22% a mais do que em 2008. Entre janeiro e março, foram concedidos R$ 17 bilhões para a compra de imóveis, mais que o dobro dos R$ 8 bilhões do primeiro trimestre do ano passado. É por essa razão que a Tecnisa estima que, em até três anos, metade de seu faturamento virá de empreendimentos econômicos – o que marcará uma autêntica reviravolta nas estratégias da empresa. “O mercado imobiliário mudou. Estamos nos ajustando à nova realidade”, destacou Nigri.
Essa nova realidade vai muito além da loja de Carapicuíba. Cerca de R$ 2 bilhões em lançamentos para este ano estarão expostos em lojas em Diadema - (Breve no Shopping Praça da Moça), Cotia, Barueri, Guarulhos, Jundiaí, Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Sorocaba, Suzano, Praia Grande e Santos. Os imóveis terão entre 42 m2 e 85 m2.
E a empresa está com fome de lançamentos. Com as aquisições feitas no ano passado, o banco de terrenos atingiu um valor de R$ 5,4 bilhões. “Neste ano, daremos o maior salto em 33 anos de história. A expansão será maior até do que em 2007, quando captamos R$ 600 milhões com abertura de capital”, afirma Nigri. O presidente da empresa não diz isso à toa.
A inspiração da Tecnisa para entrar no segmento popular surgiu em 2009, um ano de crise, e o resultado foi surpreendente. Sem nenhum tipo de divulgação, a empresa lançou 1,3 mil apartamentos em Brasília. Resultado: tudo vendido no fim de semana de estreia. “Nunca tinha visto isso. Foi impressionante.”
fonte: Hugo Cilo - ISTO É DINHEIRO


TRABALHADORES DO PRÉ-SAL SÃO CAPACITADOS NO ABCD

Um dos maiores gargalos para a exploração do petróleo brasileiro na camada pré-sal, a falta de mão-de-obra técnica e especializada, pode ser minimizada no ABCD. Isso porque os trabalhadores do setor metalmecânico têm condições de atender à demanda das empresas da Região fornecedoras da Petrobras. Com a tradição do setor automotivo no ABCD, os profissionais estão passando por um processo de capacitação. Os cursos voltados para a área nos níveis superior e técnico ganharam mais destaque nas instituições de ensino do ABCD.


De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luis Paulo Bresciani, as oportunidades com o pré-sal absorverão mão-de-obra mais qualificada. “Como o setor metalmecânico na Região já segue essa tendência de qualificação, a transferência será mais rápida”, afirma. Já as atividades relacionadas à indústria química exigirão uma formação especializada. Nessa área, a Região conta com cursos específicos, alguns relacionados diretamente ao setor de petróleo e gás.
Entre as universidades da Região, a UFABC (Universidade Federal do ABC) investe na ampliação do laboratório de nanotecnologia do petróleo. O atual espaço de pesquisa, no campus da avenida Atlântica, em Santo André, será transferido para a sede principal da universidade, na avenida do Estado, em um ano e meio. As instalações exigirão investimentos de R$ 3 milhões da Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisas). O projeto está em fase de estudos e deve ser aprovado até o final deste ano.
O professor do Centro de Engenharia da UFABC, Sergio Brochsztain, explica que o laboratório de pesquisa já atende a disciplina de petróleo, mas a expansão é necessária, tendo em vista a criação de novos cursos. 
De acordo com o professor, foi criado na universidade um grupo de pesquisadores de nanotecnologia aplicada à área do petróleo. “Estamos explorando um filão que nem todas as indústrias conhecem”, adianta. Sergio explica que a tecnologia nesta escala permite melhorar a recuperação de petróleo durante a exploração.
A universidade ainda pretende abrir curso específico de engenharia do petróleo, mas, de acordo com Sergio, há dificuldade em encontrar docentes. Duas vagas abertas ainda não foram preenchidas. “O problema é que o salário inicial do professor é de R$ 8 mil,  enquanto a Petrobras, por exemplo, paga para um especialista entre R$ 20 a 30 mil”, explica.

MBA e técnico


O campus Eldorado da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em Diadema, também conta com um curso de Engenharia Química com disciplinas voltadas para o petróleo, desde o refino, craqueamento à retirada do enxofre. A primeira turma, com 40 alunos, se forma no final de 2011, a maioria já estagiando em empresas da Região. A professora do setor de Engenharia Química, Romilda Fernandez Felisbino, acredita que a demanda para o curso deve aumentar. No ano passado foi criado o período noturno do curso.
No campo da gestão estratégica do petróleo e gás, o Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano, oferece MBA, focado na área de Negócios. O coordenador do MBA, Ricardo Rovai, explica que o programa é associado às questões geopolíticas, onde estão localizadas as principais jazidas, os clusters e principais equipamentos utilizados. “O curso já existia, mas com o pré-sal, emergiu”, afirma. 
Na área técnica, o Centro Paula Souza, que mantém as Etecs (Escolas Técnicas) vai inaugurar no ano que vem um curso com ênfase no setor de petróleo e gás, e com duração de dois anos. O processo seletivo será pelo sistema do vestibulinho. A coordenadora Rosangela Rodrigues Leme explica que a quantidade das vagas na ETE Lauro Gomes, em São Bernardo, ainda vai depender da procura pelo curso.

Empresas devem se preparar


A Região conta com 137 empresas cadastradas como potenciais fornecedores da Petrobras. O número é baixo em relação ao universo metalmecânico, que tem cerca de 3.000 empresas no ABCD. Para o presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) regional São Bernardo, Mauro Miagutti, o número é reduzido, pois as exigências da estatal fazem as pequenas empresas terem dificuldades no cadastro.
O Secretário de Desenvolvimento de Diadema, Luis Paulo Bresciani, afirma que o nível de exigência é normal porque se trata de uma atividade complexa. “Qualquer falha em um componente pode representar um grande risco”, considera. Bresciani afirma que as empresas da Região podem ser fornecedoras ou subfornecedoras da Petrobrás, mas é necessário atender o nível de exigência. “O processo de cadastro não é simples, às vezes, leva tempo, por isso, é importante a preparação das empresas, que elas participem do processo de capacitação para se tornarem competitivas”, finaliza.
Para Miagutti, a burocracia afeta desde o preenchimento do cadastro às documentações necessárias e certificados. “A Petrobrás se comprometeu em acompanhar o processo de credenciamento, dar uma consultoria para ajudar as pequenas empresas, mas ainda falta esse apoio”, reclama.


fonte: Niceia Climaco - JORNAL ABCD MAIOR

14 de ago. de 2010

DIADEMA NÃO PARA DE CRESCER

MAIS UM EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO ESTA EM PROJETO  EM DIADEMA, UM CONDOMÍNIO DE DEZ TORRES COM DEZENOVE ANDARES COM 2 E 3 DORMITÓRIOS, SERÁ NA AV. FÁBIO EDUARDO RAMOS ESQUÍVEL ONDE FUNCIONAVA A FÁBRICA DE ROUPA ANTISHOCK E MAIS O TERRENO AO LADO PERFAZENDO UMA ÁREA DE 27.000m2.


VAMOS AGUARDAR MAIS INFORMAÇÕES!




MAIS UMA INFORMAÇÃO EXCLUSIVA DO DIADEMA1


Edu

QUINZE ANOS DE DANÇA

A Companhia de Danças de Diadema oferece um grande presente à cidade onde atua, nos palcos e além deles, há 15 anos. Desde quinta-feira (12/08), o Centro Cultural Diadema recebe quatro espetáculos da companhia. Após a estreia com "Meio em Jogo", o espaço ainda recebe "La Vie em Rose???", "Crendices... Quem disse?" e "Sala de Espera", todos gratuitos.

Nos palcos, grandes bailarinos – muitos formados na cidade – que acumulam no currículo apresentações no Brasil e no exterior. Na plateia, moradores da cidade que aprenderam a gostar de dança graças ao trabalho feito pela companhia nos dez centros culturais de Diadema.

Em 1995 nascia um grupo diferenciado, liderado pela bailarina e coreógrafa Ivonice Satie, que buscava inclusão e cidadania através da arte-educação. O resultado dessa bela parceria entre poder público e o grupo pioneiro pode ser visto até hoje.

Satie se afastou da Cia em 2003 para continuar seu trabalho na Companhia de Dança do Amazonas, deixando a direção nas mãos de Ana Botosso. “A iniciativa que Satie teve junto ao poder publico, de criar uma companhia onde os bailarinos também atuam com a cidade, foi uma visão de uma pessoa à frente do seu tempo”, comenta a diretora sobre a idealização de Satie, falecida em 2008.

Além do pioneirismo, a diretora recorda outras qualidades de Satie. “A primeira coisa que me ocorre ao lembrar dela é o lado humano de trabalhar com a arte, o contato com o público. E um lado de extrema confiança e honestidade. Isso tudo sem citar o talento artístico. A cada momento lembro muito dela”, diz.

Ana Botosso, que entrou na Cia em 1998, relembra a primeira impressão do projeto em Diadema. “Sou formada em sociologia e quando entrei na Companhia de Danças tive uma surpresa muito boa ao ver a grande participação da sociedade nessas oficinas. Isso me encantou, não imaginava que existia aqui”, conta.


Comemoração


“Acredito que os espetáculos que escolhemos para a comemoração dos 15 anos da Companhia mostram a pluralidade dos bailarinos. São quatro trabalhos bem distintos, que misturam linguagens, como teatro e dança”, explica Ana.

Ainda é possível assistir aos espetáculos "La Vie em Rose???" nesta sexta (13/08), "Crendices... Quem disse?" no sábado (14) e "Sala de Espera" no domingo (15), todos às 20h no Centro Cultural Diadema (rua Graciosa, 300, Centro). Ainda no Centro Cultural, serão exibidos filmes e uma exposição de fotos dos trabalhos realizados pela Companhia. A entrada para os eventos é gratuita.

fonte: Liora Mindrisz - JORNAL ABCD MAIOR

LICITAÇÃO DA ETCD DEVE TER INÍCIO EM 10 DIAS

O processo de concorrência pública da transferência de oito linhas da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) à iniciativa privada deve ocorrer em 10 dias mas, antes de fechar o negócio, a Prefeitura procura liquidar parte de uma dívida da estatal estimada em R$ 22 milhões, contraída com a Viação Alpina na década de 1990. De acordo com o secretário de Assuntos Jurídicos, Airton Germano, as regras do certame já estão praticamente definidas. 
Entretanto, o débito da estatal pode ser obstáculo no processo. Recente decisão da Justiça determinou que a ETCD pague sua credora mediante parcelas mensais de R$ 450 mil, e a Alpina tem buscado recursos no Judiciário para receber o montante.


Indagado sobre a possibilidade de acordo com a Alpina antes da transferência da operação da ETCD, Germano disse: “Abrimos um canal de diálogo importante”, referindo-se a reuniões realizadas com o advogado da Alpina nos últimos dias. O secretário afirmou, ainda, que propostas já foram apresentadas pelo governo do prefeito Mário Reali (PT). “Fizemos propostas, recebemos contrapropostas, mas acho que estamos quase chegando a um denominador comum”. Reali se reuniu com os advogados da Alpina nesta quinta-feira (11/08) para tentar a conciliação.


fonte:  Rodrigo Bruder - JORNAL ABCD MAIOR

12 de ago. de 2010

Novo corredor passa por reforma


Menos de 15 dias após a inauguração, as grades instaladas no canteiro que separam as pistas da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD já estão sendo trocadas.
Ao todo, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) vai substituir três quilômetros de barreiras - o valor gasto na intervenção não foi informado. No lugar das frágeis telas de arame, estruturas mais resistentes serão colocadas.
O trecho que terá segurança reforçada está localizado na Avenida Cupecê, na Capital, e foi escolhido em razão da grande concentração de estabelecimentos comerciais e do intenso movimento de pessoas no entorno.
Parte destes alambrados já estava danificada desde a cerimônia de inauguração, realizada pelo governo do Estado no dia 30 de julho. Os ônibus só entraram em operação na manhã seguinte.
As barreiras estavam sendo derrubadas pela população para encurtar o caminho de travessia, que a partir da abertura do corredor só poderiam ser realizadas nas faixas de pedestres, exigindo mais tempo de caminhada.
Questionado sobre a fragilidade das telas no dia do evento, o governador Alberto Goldman (PSDB) afirmou que as estruturas seriam substituídas "quando for necessário" - e a necessidade chegou cedo.

AVALIAÇÃO
Ontem, após 12 dias de funcionamento, EMTU, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e SPTrans realizaram vistoria no ramal que liga o Grande ABC à Zona Sul de São Paulo.

Em nota, os órgãos informaram que a sinalização vertical e horizontal da faixa exclusiva para os ônibus está completa e que os motoristas que cometem infrações estão sendo multados.
A CET se comprometeu a colocar funcionários para orientar a travessia de pedestres nos principais pontos do corredor. A companhia informou que a via é monitorada por 25 fiscais por turno.
Cenas de passageiros descendo no meio da rua e fora dos pontos não deverão ser mais vistas. Segundo a EMTU, a frota intermunicipal está totalmente adaptada com porta à esquerda.
Somente os ônibus do serviço semi-expresso, que vai de Diadema direto para a Estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), não possuem porta à esquerda, mas não realizam paradas durante o trajeto.
Os coletivos da SPTrans, que operam linhas municipais da Capital, também estão adaptados e não podem para do lado direito da via.

Espera por ônibus é de quase meia hora
A principal promessa da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD - diminuir pela metade o tempo de viagem entre a região e a Zona Sul de São Paulo - está sendo cumprida parcialmente.
O Diário realizou ontem a viagem de 24 quilômetros de ida e volta pelo corredor, que parte do Terminal Diadema, no Centro, e se estende até a linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O percurso com destino ao Morumbi foi realizado dentro do projetado, em 30 minutos. A viagem de volta, porém, extrapolou a média e foi completada somente após 41 minutos.
Apesar da diferença, os dois trechos foram percorridos em menos de uma hora, que era a média da viagem tanto de ida quanto de volta antes da abertura da faixa.
A espera pelo coletivo que trouxe a equipe do Diário de volta ao Grande ABC foi longa, 24 minutos. A secretária Ana Baia Cavalcante, 46 anos, fez outra observação. "De manhã os ônibus são muito cheios. Tenho de esperar o segundo para me sentar."
As ações para garantir a correta utilização do recém-inaugurado corredor, como expressaram os responsáveis em nota, prevê muito trabalho.
Mesmo com a presença dos fiscais, carros e motos ainda invadem a pista exclusiva para os ônibus para fazer ultrapassagem e conversões.
Além de Diadema, o Corredor ABD atravessa Santo André, São Bernardo e Mauá.
A extensão até o Morumbi, inaugurada no fim de julho, era aguardada há mais de 20 anos, mas a necessidade de rever o traçado, problemas na licitação e a dificuldade para obtenção de verbas protelou a abertura.
fonte: 

André Vieira
Do Diário do Grande ABC

Diadema abre 1.250 vagas e puxa emprego industrial na região

Favorecida pelo bom desempenho de Diadema, a geração de empregos industriais voltou a acelerar em julho na região, após perder ritmo no mês anterior, sinalizando que a “ressaca” pós-fim dos incentivos fiscais promovidos pelo governo federal já passou. Levantamento divulgado ontem pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) revela que as fábricas situadas nos sete municípios geraram 1.280 vagas no mês passado, resultado que eleva para 9.430 o saldo entre contratações e demissões nos sete primeiros meses do ano.

Foi o sétimo crescimento consecutivo na ocupação industrial regional – que, em junho, registrou a criação de apenas 50 vagas. Apesar do saldo favorável, duas das quatro diretorias do Ciesp no ABC tiveram desempenho negativo. O melhor resultado foi o de Diadema, onde as fábricas abriram 1.250 vagas, elevando para 3 mil o número de postos abertos em 2009. 

“O resultado confirma o processo de evolução do emprego industrial em Diadema. Mais do que isso, mostra a diversificação do parque fabril da cidade, que registrou bom resultado mesmo com alguns setores ainda em recuperação da crise”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município, Luis Paulo Bresciani.

Segundo o levantamento, o resultado de julho foi impulsionado, principalmente, pelas variações positivas dos setores de Produtos de Metal exceto Máquinas e Equipamentos (3,27%) e Veículos Automotores e Autopeças (2,36%). Bresciani acredita que o potencial de expansão do emprego fabril neste ano segue grande. “Primeiro, porque o auge da atividade industrial ocorre no segundo semestre, quando as fábricas produzem para as festas de fim de ano. Segundo, porque alguns setores com grande importância na indústria do município, como o de máquinas e equipamentos, ainda estão em recuperação”, afirmou o secretário.

São Bernardo registrou o segundo melhor resultado de julho na região, ao abrir 300 vagas – resultado favorecido, sobretudo, por variações positivas dos ramos de Máquinas e Equipamentos (1,41%) e Veículos Automotores e Autopeças (0,93%). No sentido contrário, Santo André (que inclui Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) fechou 250 postos, pressionado pelo setor de Máquinas, Aparelhos e Matérias Elétricos, no qual a ocupação caiu 47,68% devido à desativação de uma empresa. Em São Caetano foram fechadas 20 vagas.

Apesar do aumento da ocupação industrial em 2010, o segmento ainda está longe de retornar ao patamar anterior à crise mundial. Nos sete municípios, os dados das entidades revelam que, de dezembro de 2008 a julho do ano passado, as indústrias fecharam 19.650 vagas. Nos 12 meses seguintes foram admitidos 12.730 trabalhadores – o que revela “déficit” de 6.920 postos.


fonte: ANDERSON AMARAL 
PARA O DIÁRIO REGIONAL

11 de ago. de 2010

Emprego industrial em SP cresce 0,4% em julho, recorde para o mês, diz Fiesp

Mesmo registrando acomodação no ritmo da utilização da capacidade produtiva, a indústria paulista não parou de contratar e fechou o mês de julho com criação de 12,5 mil empregos, alta de 0,4% em relação ao mês anterior.

O avanço é o maior registrado para um mês de julho desde 2005, ano em que a série começou a ser elaborada, informou nesta quarta a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 

Neste ano, a indústria paulista já preencheu 167,5 mil vagas, saldo positivo de 7,15%, melhor resultado desde 2006.

Setores
A Fiesp registrou aumento de empregos em 17 dos 22 setores industriais. Com incremento em 1,9%, o setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos foi o que mais abriu vagas, pelo segundo mês consecutivo. Do lado das baixas, o segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos registrou a maior, recuando 1,3% no mês. 

Regiões
Das 36 Diretorias Regionais, apenas sete fecharam vagas. Matão lidera a lista de contratações, com alta de 2,95%, seguido por França, com 2,53%, e Diadema, com 2,11%. Botucatu (-1,5%), São Carlos (-1,25%) e Jau (-1,15%) foram as regiões que mais fecharam vagas.

fonte: Helton Simões Gomes - eBand

Bebês de São Bernardo virão ao mundo em Diadema


Com a decisão da Secretaria de Saúde do Estado de não mais absorver a demanda de partos da região pelo Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, São Bernardo passa a contar com respaldo do Hospital Estadual Serraria, em Diadema. A mudança foi aprovada pelo Colegiado de Gestão Regional, que reúne os secretários de Saúde do ABCD e representantes da Secretaria de Saúde do Estado.
O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, garante que a qualidade no atendimento às gestantes e bebês será mantida. "O Hospital Serraria já recebia parte de nossas parturientes, e é um estabelecimento que tem plenas condições de assumir maior número de partos", afirma.
De acordo com o secretário, com a construção do Hospital de Clínicas no bairro Alvarenga essa situação será revertida. Com previsão de início das obras para o final deste mês, o novo equipamento de saúde terá como um dos principais benefícios a reorganização do sistema hospitalar de são Bernardo, consolidando os perfis de cada estabelecimento. Dessa forma, o HMU (Hospital Municipal Universitário) se firmará como unidade de excelência do cuidado em saúde materno-infantil, ao passo que o Anchieta assumirá sua vocação no tratamento oncológico e clínicas cirúrgicas. 

Já o Pronto-Socorro Central, por sua vez, será transformado em Hospital de Urgência e Emergência. A entrega do Hospital de Clínicas está prevista para o final de 2012.
Como a capacidade da maternidade do HMU é de cerca de 300 partos por mês, dos sete municípios da região, São Bernardo era o que mais transferia partos para o Mário Covas. Em junho, a Central de Regulação de São Bernardo encaminhou 124 partos para o Hospital Mário Covas e 58 para o Serraria.

fonte: Agência BOM DIA

10 de ago. de 2010

DIADEMA QUER ATRAIR INVESTIMENTOS DO PRÉ-SAL

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema planeja criar um PDS (Plano de Desenvolvimento Setorial) para impulsionar o setor de petróleo e gás na Região. O objetivo é capacitar empresas interessadas em serem fornecedoras de produtos e serviços da Petrobras, visando os investimentos anunciados pela estatal para a exploração da camada de petróleo pré-sal no País. O programa funcionará de modo semelhante ao PDS dos setores de plástico e borracha, em atividade há seis meses no município, que prevê melhorias na produção e gestão das indústrias.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luis Paulo Bresciani, calcula que a implementação do programa para o setor de petróleo e gás custará cerca de R$ 1 milhão e beneficiará 200 empresas num período de dois anos. O alvo do programa setorial são empresas de pequeno porte, que faturam até R$ 10 milhões por ano, conforme classificação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Para viabilizar a iniciativa, o secretário pretende estabelecer parcerias e negociar os recursos com o governo federal e bancos de fomento. Além disso, atender às necessidades de especificações, procedimentos e requisitos da Petrobras. No entanto, o diálogo com a estatal está inviabilizado, temporariamente, por conta da oferta pública de ações da Petrobras, que a impede de se envolver em novas iniciativas.

De acordo com Bresciani, o cenário que a exploração do pré-sal abre para o ABCD é otimista, mas, as ações precisam ser tomadas agora para quando os primeiros resultados da exploração na Bacia de Santos começarem a aparecer, entre 2011 e 2012, as empresas estejam em condições de atenderem à demanda. “Quem não aproveitar a oportunidade pode perder o bonde”, indica o secretário.

Com o PDS, as empresas do ABCD serão capacitadas a usar o parque instalado ou ampliá-lo para serem fornecedoras da petroleira. Por atenderem o setor automotivo, as indústrias da Região já têm conhecimento e mão-de-obra qualificada para produzirem para o setor de petróleo e gás. “A adaptação é perfeitamente possível para a cadeia de refino do petróleo. Porém, o setor precisa se capacitar para melhorias do processo produtivo, planos de implementação de novos equipamentos e até qualificação profissional específica para um novo setor”, afirma o presidente da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São Bernardo, Mauro Miagutti.

Recursos - Desde março – período em que se delinearam as primeiras tentativas de impulsionar o setor metalmecânico para uma nova demanda, com a realização de eventos na Região para a discussão das novas oportunidades de negócios – 137 empresas do ABCD foram cadastradas e poderão ser fornecedoras da Petrobras. O número é baixo dentro do universo de três mil empresas do setor metalmecânico instaladas na Região. Quatrocentas delas estão instaladas em Diadema. 

A Petrobrás anunciou investimentos de R$ 250 bilhões em projetos até 2014 e mais R$ 462 bilhões a partir de 2014. Os recursos fazem parte do plano de negócios da companhia, que está na fase de desenvolvimento e que envolve 645 projetos. “Obviamente, isso representa um potencial de negócios para as empresas de Diadema e da Região. Se pensamos que Diadema é uma das principais bases industriais do País, podemos concluir que temos um ótimo posicionamento para receber parte importante desses recursos”, considera Bresciani. 

Para o diretor executivo da Abimaq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas) para o setor de petróleo, gás, bionergia e petroquímica, Alberto Machado Neto, as empresas do ABCD têm condições de serem fornecedoras da estatal e principalmente explorar nichos importantes como do subfornecimento. De acordo com o executivo, é o momento das empresas pensarem na ampliação do parque instalado.

Machado lembra que a Finep lançou recentemente edital destinando R$ 100 milhões para financiar projetos que desenvolvam produtos e soluções tecnológicas para atender aos desafios na produção do pré-sal.


Pré-Sal Petróleo vai controlar contratos de exploração

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou, nesta semana, a estatal do pré-sal, a Pré-Sal Petróleo S/A. A empresa será responsável pela administração dos contratos de exploração da camada de petróleo do pré-sal. A estatal estará vinculada ao Ministério de Minas e Energia, representará a União e será responsável por autorizar as licitações relativas à exploração do produto. A estrutura da empresa será de, no máximo, 130 funcionários, sendo todos contratados por concurso público, à exceção dos cargos de diretoria.

O coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, considera desnecessária a criação da nova empresa. “A Petrobrás poderia desempenhar este papel”, afirma.  Para Moraes, a administração deve estar em sintonia com o que ocorre no País. “Caso não seja alinhada com o governo, corremos riscos”, acredita. 

Neste momento, de exploração de novas descobertas, Moraes avalia que é mais importante discutir a questão da nacionalização da produção do pré-sal e da utilização de recursos disponíveis  na outra ponta da cadeia produtiva, principalmente no setor plástico, que gera empregos. “O Brasil não deve ser exportador de produto refinado, como o óleo, por exemplo”, aponta.(NC)


fonte: Niceia Climaco - JORNAL ABCD MAIOR