12 de ago. de 2010

Diadema abre 1.250 vagas e puxa emprego industrial na região

Favorecida pelo bom desempenho de Diadema, a geração de empregos industriais voltou a acelerar em julho na região, após perder ritmo no mês anterior, sinalizando que a “ressaca” pós-fim dos incentivos fiscais promovidos pelo governo federal já passou. Levantamento divulgado ontem pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) revela que as fábricas situadas nos sete municípios geraram 1.280 vagas no mês passado, resultado que eleva para 9.430 o saldo entre contratações e demissões nos sete primeiros meses do ano.

Foi o sétimo crescimento consecutivo na ocupação industrial regional – que, em junho, registrou a criação de apenas 50 vagas. Apesar do saldo favorável, duas das quatro diretorias do Ciesp no ABC tiveram desempenho negativo. O melhor resultado foi o de Diadema, onde as fábricas abriram 1.250 vagas, elevando para 3 mil o número de postos abertos em 2009. 

“O resultado confirma o processo de evolução do emprego industrial em Diadema. Mais do que isso, mostra a diversificação do parque fabril da cidade, que registrou bom resultado mesmo com alguns setores ainda em recuperação da crise”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município, Luis Paulo Bresciani.

Segundo o levantamento, o resultado de julho foi impulsionado, principalmente, pelas variações positivas dos setores de Produtos de Metal exceto Máquinas e Equipamentos (3,27%) e Veículos Automotores e Autopeças (2,36%). Bresciani acredita que o potencial de expansão do emprego fabril neste ano segue grande. “Primeiro, porque o auge da atividade industrial ocorre no segundo semestre, quando as fábricas produzem para as festas de fim de ano. Segundo, porque alguns setores com grande importância na indústria do município, como o de máquinas e equipamentos, ainda estão em recuperação”, afirmou o secretário.

São Bernardo registrou o segundo melhor resultado de julho na região, ao abrir 300 vagas – resultado favorecido, sobretudo, por variações positivas dos ramos de Máquinas e Equipamentos (1,41%) e Veículos Automotores e Autopeças (0,93%). No sentido contrário, Santo André (que inclui Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) fechou 250 postos, pressionado pelo setor de Máquinas, Aparelhos e Matérias Elétricos, no qual a ocupação caiu 47,68% devido à desativação de uma empresa. Em São Caetano foram fechadas 20 vagas.

Apesar do aumento da ocupação industrial em 2010, o segmento ainda está longe de retornar ao patamar anterior à crise mundial. Nos sete municípios, os dados das entidades revelam que, de dezembro de 2008 a julho do ano passado, as indústrias fecharam 19.650 vagas. Nos 12 meses seguintes foram admitidos 12.730 trabalhadores – o que revela “déficit” de 6.920 postos.


fonte: ANDERSON AMARAL 
PARA O DIÁRIO REGIONAL

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