23 de ago. de 2012

Grupo Papaiz investe R$ 47 milhões no mercado imobiliário


Diversificação é a palavra-chave para descrever os negócios da Papaiz. O grupo, conhecido pela produção de cadeados e componentes para esquadrias, vem se consolidando no setor imobiliário.
Para isso, a empresa familiar fará investimentos de R$ 47 milhões na Ciap, subsidiária da companhia destinada à administração de imóveis. O valor será usado na ampliação de galpões para locação em Diadema (SP), onde fica a sede da empresa, e em Salvador, onde desde o final dos anos 1990 está instalada a fábrica da Papaiz.
“A previsão é de que as obras estejam concluídas em quatro anos”, diz Sandra Papaiz, presidente da Udinese, subsidiária da empresa responsável pela produção de componentes para esquadrias e janelas e filha do fundador da empresa, Luigi Papaiz. A partir daí, a receita do grupo deverá chegar a R$ 370 milhões. Os negócios da família renderam R$ 220 milhões no ano passado e devem alcançar R$ 250 milhões em 2012.
Com os investimentos, uma área adicional de 20 mil metros quadrados na unidade paulista e outra de 40 mil metros quadrados na unidade baiana deverão ser reformadas e colocadas à disposição para novos inquilinos. Atualmente, além de uma empresa de logística, uma operação da Gerdau já está instalada em galpões da Papaiz. Com a expansão dos negócios imobiliários e o aquecimento do mercado, Sandra revela que o grupo não descarta mais investimentos para a formação de novos condomínios industriais. “Vai depender da demanda”, diz.
Ao que parece, a Papaiz terá bons motivos para continuar investindo no setor. A consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle aponta que até 2016 serão entregues mais de 13,2 milhões de metros quadrados de galpões. Somente neste ano serão 2,8 milhões de metros quadrados. Desse total, 100% dos imóveis industriais foram locados antes da conclusão das obras, retrato da grande demanda do setor.
A atuação da companhia no setor imobiliário teve início por acaso, quando a família decidiu transferir a fábrica de cadeados de Diadema para a Bahia, com o intuito de reduzir os custos de produção. “Com isso os nossos prédios, às margens da rodovia dos Imigrantes, ficaram vazios”, conta Sandra.
As operações imobiliárias correspondem a 30% da receita do grupo, que fechou 2011. O carro-chefe continua a ser a Papaiz, com 40% da receita.Outros 30% são obtidos com a Udinese.Juntas elas receberão investimentos de R$ 25 milhões para modernização da fábricas.
Lucínio Abrantes dos Santos, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal), prevê crescimento do setor neste ano, alavancado pela construção civil. “A estimativa é de que a produção de esquadrias e fachadas de alumínio cresça entre 8% e 9%”, calcula.
fonte: Juliana Ribeiro - Brasil Econômico

Nenhum comentário: