23 de ago. de 2010

Rodoanel Sul valoriza preço de imóveis em Diadema


A construção do Trecho Sul do Rodoanel, que facilitou a logística da região para as empresas, gerou forte valorização imobiliária em Diadema. A cidade viu a demanda por espaços tanto para projetos residenciais quanto industriais duplicar no período de um ano, o que também jogou para cima os preços dos terrenos.
De acordo com dados da prefeitura do município, em 2009 as solicitações de certidões para projetos de prédios comerciais e industriais eram, em média, de dez ao mês e, de janeiro a julho deste ano, esse número subiu para 20. Para empreendimentos residenciais a média de 2009 eram duas certidões ao mês e, durante os primeiros sete meses do ano, chegaram a cinco por mês.
Os valores também dispararam. A consultoria imobiliária Herzog estima que áreas para uso por indústrias na cidade, que tinham custo entre R$ 100 e R$ 250 o m² (metro quadrado) há dois anos, agora são encontrados por R$ 200 a R$ 500 o m².
A diretora de serviços corporativos da Herzog, Simone Santos, cita que Diadema, apesar de ter alguns complicadores - entre os quais restrições de zoneamento e topografia irregular -, ainda tem áreas disponíveis a custos "factíveis". "Em São Caetano, tem proprietários pedindo R$ 700 pelo m², o que é um valor muito alto para área industrial", diz.
Empresarial - O município tem atraído o interesse por condomínios industriais, em que várias empresas dividem espaços (que são locados) e rateiam gastos de serviços como segurança, portaria, limpeza etc. Os empreendimentos que têm surgido têm tido, de forma geral, sucesso na ocupação.
É o caso do condomínio Forjas, que existe há dez anos. Adequação de uma forjaria desativada, foi dividido em 12 galpões e nunca ficou vazio, segundo Marino Mário da Silva, diretor da Retha Imóveis, responsável pelo empreendimento.
Outro, mais recente, é o Acta Imigrantes, erguido há dois anos pela Racec Participações e que tem 13 mil m² de área instalada e 14 galpões. "Está totalmente ocupado", cita o engenheiro Eduardo Abreu, da construtora.
O êxito já faz com que os empreendedores se interessem por novos projetos. A Racec Participações, que construiu o Acta Imigrantes tem obras em andamento para montar outro na cidade: o Acta Casa Grande, que deve ser concluído em maio de 2011. A Retha também planeja mais um, que está fase de aprovação na prefeitura e as obras devem ser finalizadas em 2012.
Galpões desativados viram condomínios de empresas
Diversos espaços antes ocupados por grandes fábricas vêm sendo readequados para se tornarem condomínios industriais em Diadema.

É o caso da Papaiz. A companhia investiu R$ 30 milhões para implantar, em meados de 2009, o Centro Industrial e Comercial Angela Papaiz. Segundo Sandra Papaiz, integrante do conselho de administração da empresa, a proximidade com a rodovia Imigrantes e a conclusão do trecho Sul do Rodoanel pesaram a favor do empreendimento, que tem todas as áreas ocupadas.
O projeto surgiu depois que o grupo transferiu sua produção de fechaduras para Salvador (BA). A decisão liberou uma área construída de 30 mil m² de galpões e 20 mil m² de terreno livre, que ficaram ociosos.
Município também é foco de projetos residenciais
Diadema atrai o interesse crescente de construtoras e incorporadoras por instalações industriais, mas também começa a ser foco do segmento imobiliário para o lançamento de projetos residenciais mais sofisticados, no estilo condomínios clubes.

Segundo especialistas, trata-se de uma tendência que já era verificada na Capital e em outras cidades da região, mas que praticamente não era encontrada no município.
Roberto Coelho, diretor comercial de uma das maiores imobiliárias paulistas, afirma que Diadema está se tornando atrativo para esses empreendimentos, e a demanda tem sido favorável. "Melhorou muito, antes a cidade tinha conotação violenta", afirma.
A empresa está lançando conjunto residencial diferenciado, que agrega em 11 mil m² (metros quadrados) área verde, salão de beleza, lan house, ateliê, espaço mulher e área para adolescentes, entre outros. São cinco torres, com apartamentos de 68 m², com custo médio de R$ 3.300 o m², ou seja, em torno de R$ 220 mil a unidade. "Já temos 90% do espaço vendido", cita.
Coelho conta que, enquanto na Capital grandes espaços com custo "viável" são mais difíceis de serem encontrados para esses empreendimentos, em Diadema ainda há bons espaços, com valores (de R$ 600 até R$ 1.000 o m² para uso residencial) que "ainda são interessantes".
A construção do Rodoanel, que atrai empresas e também facilita o acesso de pessoas que trabalham em outras regiões, é um atrativo, avalia o executivo. Mais um fator que desperta os empreendedores é a revitalização do comércio, impulsionada com a instalação do shopping Praça da Moça.
Outra grande companhia do ramo imobiliário também aposta na tendência de condomínios clubes e está prestes a lançar imóvel dentro desse conceito no município. A corretora Darlene Corradi afirma que, mesmo antes do início da comercialização, já havia grande procura pelo empreendimento, que terá 14 mil m² e contará com área verde, piscina, quadra poliesportiva, salão de festas e espaço gourmet, entre outros diferenciais.
fonte: 

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC

3 comentários:

Anônimo disse...

Os apartamentos estão muito caros!!!

Anônimo disse...

Pode ate valorizar ,mais o povo nao tem dinheiro pra comprar casa !

eles preferem comprar carro financiado e morar de aluguel!

obs. Boa aparencia carrão e roupa nova , barriga vazia e cheiroso essa e o perfil do pobre.

Anônimo disse...

kkk. Tem muita gente assim!