13 de mar. de 2017

Após veto da Fifa, DIS aposta no CAD

Com mudança das regras da Fifa, que proibiu a participação de investidores nos direitos sobre atletas, o Grupo DIS busca no CAD (Clube Atlético Diadema) porto seguro para manter seus jogadores. Dirigentes do clube e representantes do DIS já acertaram detalhes para futura parceria, que envolve reforços para equipe, melhorias no campo do Taperinha e até a construção de centro de distribuição do Sonda.

O Grupo DIS pertence a Delcir Sonda, proprietário de rede de supermercados que leva seu sobrenome. Há quase dez anos o empresário atua no futebol, adquirindo percentuais de direitos econômicos de jogadores. Na lista de atuação do DIS estiveram Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael Sóbis.
O CAD está na Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a quarta divisão estadual. Vê, de longe, o sucesso de seu rival, o Água Santa, que em 2016 disputou a elite do futebol paulista e hoje está na Série A-2. O clube, fundado em 2009, ficou renegado a segundo plano na Prefeitura de Diadema por orientação política do prefeito Lauro Michels (PV) – em seu primeiro mandato, a ordem era ajudar o Água Santa.
Agora Lauro está em litígio político com o Água Santa. E quer turbinar o CAD. Tanto que ele tem participado das discussões de parceria do time com o Grupo DIS. Mas qualquer tipo de avanço depende, segundo o DIS, da renovação da concessão de uso do campo municipal do Taperinha, localizado na Avenida Ulysses Guimarães, na Vila Nogueira (veja mais abaixo).
“As conversas existem, são boas. Mas o contrato do time para ter seu campo expira em dezembro. Não vou assumir um clube e correr risco de ter de largá-lo seis meses depois por não ter onde jogar. Preciso ter segurança jurídica. E depende da Prefeitura e da Câmara de Vereadores da cidade”, diz Roberto Moreno, diretor executivo do Grupo DIS, ao Diário.
A ideia principal é aproveitar o CAD para legalizar a atuação e permitir que o Grupo DIS mantenha sua cartela de jogadores. Os atletas que não fossem negociados com grandes clubes jogariam pelo time de Diadema, para pegar experiência e ter rimo de jogo. Dentro da discussão há promessa de reforma do campo do Taperinha. Cogita-se erguer uma arena, mas o sonho é bem distante – o local é instalado em área predominantemente residencial.
“Cidades da Europa do tamanho de Diadema possuem dois clubes. Por que não aqui? Não vejo problema. Ter o CAD forte não atrapalha o Água Santa”, afirma Jackson Carvalho, presidente do CAD. As palavras são endossadas pelo secretário de Esportes da cidade, Manoel José da Silva, o Adelson. “Além de dois times fortes e a reforma do Taperinha, vislumbramos 300 empregos (com o centro do Sonda). Que cidade não vai querer isso?”
Concessão do campo trava discussão
A parceria entre o CAD (Clube Atlético Diadema) e o Grupo DIS hoje esbarra na Câmara de Vereadores de Diadema. Lá tramita projeto para renovar a concessão de uso do campo do Taperinha, na Vila Nogueira, ao time. O DIS já avisou que o contrato só sai com o direito de utilização da praça esportiva.
Porém, o Água Santa, rival do CAD, aguardava pelo encerramento da concessão – prazo expira em dezembro – para obter a licença de uso do espaço para centro de treinamento. O Netuno possui autorização de exploração do Estádio do Inamar, mas queria o Taperinha como CT para poupar o gramado e custos de acomodação de atletas.
“O Água tem o Estádio do Inamar e o CAD ficaria com o Taperinha. Não vejo motivos para mudar isso”, declara o secretário de Esportes, Manoel José da Silva, o Adelson.
O projeto para estender o contrato não tem prazo para ser votado pelos vereadores da cidade.


fonte: Raphael Rocha DGABC

Um comentário:

Unknown disse...

Para Diadema crescer mais. tenque ser valorizado a cada dia.Fazendo grandes negociações.Diadema quer ser visto e valorizado.nós podemos.