14 de mar. de 2015

Obras do Hospital Infantil em Diadema começam ainda este ano

Foto: Ebery Laurindo
A Prefeitura de Diadema está concluindo o projeto para reativação do antigo hospital infantil do município, que será reinaugurado como Pronto Atendimento Infantil (PAI). Segundo o prefeito Lauro Michels, as obras devem ter início ainda este ano. “Vai ser feito com recursos próprios. Inicialmente, não vai funcionar 24 horas, mas em um horário estendido, que ainda estamos estudando. O que eu queria era reabrir o equipamento”, declarou em entrevista exclusiva ao Diário Regional.
Michels explicou que o atendimento será para situações de baixa e média complexidade. “Estamos finalizando o projeto. Vai usar toda a área onde já funcionou o hospital (atualmente, o prédio abriga a Unidade Básica de Saúde Nações). Vamos usar a praça, fazer um bolsão de estacionamento e mudar a entrada da Rua Itália, que é muito estreita, para a via ao lado (rua Irlanda)”, afirmou.
O projeto executivo ainda não está concluído, mas os valores iniciais são de cerca de R$ 5 milhões para as obras. “Demorou um pouquinho, mas está saindo. A meta é começar ainda este ano e vai ser relativamente rápida. Como tem a eleição e um período que não posso fazer obra, provavelmente é um projeto que vai perdurar para uma possível reeleição”, completou. O equipamento foi uma das principais promessas de Michels durante a campanha de 2012.
Centralização
O prefeito de Diadema, Lauro Michels, anunciou em julho do ano passado que pretende usar um terreno municipal, localizado no Centro da cidade, para construir um pronto socorro e centralizar o atendimento, desativando o serviço no Quarteirão da Saúde. Segundo Michels, a prefeitura ainda não tem recursos para a obra. “Mandei pedido da AME (Ambulatório Médico de Urgência) pro governador e mandei paro governo federal o pedido de substituição da UPA (Unidade de Pronto Atendimento, que teve recursos aprovados, mas não pôde ser executada por falta de titularidade do terreno ao lado do Hospital Municipal/HM). O que vier primeiro a gente faz. O município não tem dinheiro para fazer sozinho”, destacou.
Reclamações
Na última semana, a situação da Saúde na cidade foi criticada em matérias veiculadas na televisão. Além da falta de médicos, foram apontados problemas estruturais, como falta de papel higiênico e portas sem fechaduras nos banheiros. “Isso é todo dia. Já fizemos a reforma do atendimento do HM, fica muito difícil fazer controle, entre e sai 3 mil pessoas por dia, é reposto constantemente o papel higiênico, foram arrumadas as portas, mas infelizmente, algumas pessoas acabam depredando o patrimônio público”, justificou.
Sobre a falta de médicos, o prefeito informou que no último edital do programa Mais Médicos aberto pelo Ministério da Saúde, a cidade solicitou 29 profissionais, mas recebeu apenas dois e um desistiu de permanecer na cidade. Sobre os outros médicos solicitados, Michels afirmou que não recebeu resposta. “Não tem resposta técnica para a minha cidade, parece que aqui só há respostas políticas”, finalizou.
fonte: Aline Melo - DIÁRIO REGIONAL

5 de mar. de 2015

As impressoras da 3D Systems, de Diadema, produzem próteses faciais

As impressoras da 3D Systems, de Diadema, produzem próteses faciais; setor espera popularizar o uso do equipamento. Foto: Adonis Guerra


O barateamento da tecnologia tem difundido a utilização de impressoras em terceira dimensão (3D) como solução para diversos setores, da medicina até a produção de alimentos. A discussão sobre a expansão desse mercado será tema de congresso na semana que vem, em São Paulo. Entre os participantes do evento estão duas empresas do ABCD especializadas nesta tecnologia.

O congresso Inside 3D Printing abordará questões como a manufatura aditiva e inovação, impacto econômico, desenvolvimento de próteses em liga de titânio e bioimpressão (órgãos e pele). Uma área aberta vai expor equipamentos produzidos pelas impressoras.

Com sede em Diadema, a 3D Systems trouxe ao Brasil as principais novidades do setor de prototipagem apresentará três equipamento. O destaque é a CubePro, impressora tridimensional de uso pessoal que permite trabalhos com até três combinações de cor, tamanhos maiores de peças impressas, utilização do nylon para produção, além dos plásticos.

O gerente geral da 3D, Luiz Fernando Dompieri, explica que a ampliação deste setor no Brasil depende do comportamento dos preços, que começam a demonstrar tendência de baixa e maiores perspectivas de crescimento interno. “Há uns cinco anos apenas grandes indústrias tinham acesso a essa tecnologia, agora é possível encontrar uma impressora tridimensional a partir de R$ 5 mil”, disse o executivo, que espera crescimento dos negócios em até 30% neste ano. 

Dompieri promete demonstrar ao público a qualidade da primeira guitarra com estrutura totalmente feita em três dimensões. “Com exceção das cordas, o resultado final é igual a qualquer outra guitarra que estamos acostumados a ver no mercado, com o diferencial de poder moldar o instrumento do jeito que a criatividade permitir”, comentou.

Facilidade - A fabricante de impressoras 3D Procer, de São Bernardo, inova com o equipamento de tela sensível ao toque, sendo possível o usuário programar a máquina sem necessitar de um computador. O proprietário da empresa, Felipe Businskas, aposta na popularização do produto para crescer até 200% neste ano. 

“Muitas pessoas utilizam da máquina para produzir capas para celulares, chaveiros e diversos outros itens. Esperamos facilitar o manuseio da impressora, além de tornar essa tecnologia acessível a todos os públicos”, disse. A impressora deve ser comercializada a R$ 4.500 e os materiais de recarga são vendidos a R$ 120 o quilo.

Na faculdade - A utilização da impressora 3D já é realidade em universidades na Região. No Instituto Mauá de Tecnologia, os alunos de engenharia civil, mecânica e de produto aprendem as tendências de mercado a partir dessa tecnologia. O professor de Engenharia da Computação, João Carlos Lopes Fernandes, afirma que está próximo de usuários domésticos começarem a ser beneficiados com equipamentos tridimensionais.

“Desde apoios ortopédicos até alimentos diversos são estudados para facilitar a utilização do equipamento em casa e as empresas podem planejar estratégias para atingir estes públicos específicos e suas necessidades”, afirmou. 

fonte: Iara Voros - ABCD MAIOR