20 de ago. de 2014

Setor de cosméticos espera fechar o ano com forte expansão em Diadema

Diadema realiza a CosmoBeleza, no Clube okinawa - Foto: Eberly Laurindo especial para o DR
Apesar de enfrentar dificuldades, a indústria nacional de cosméticos acredita que fechará o ano com lucro de R$100 bilhões. O número é estimativa do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), João Carlos Basilio da Silva, que participou da abertura da CosmoBeleza, primeira feira do setor em Diadema.
“Estamos crescendo nos últimos 18 anos, com taxa de 9,6% anuais. Hoje representamos 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o que não é pouca coisa. Há 20 anos as pessoas tinham dificuldade de entender qual era o papel da nossa indústria”, destacou o empresário.
Basilio Silva, que foi homenageado com uma medalha de mérito social concedida pelo vereador José Dourado (PSDB), afirmou que o setor emprega hoje mais de 5 milhões de pessoas no Brasil. “Vamos chegar ao faturamento, este ano, de cerca de R$100 bilhões. Sem dúvida nenhuma, somos uma indústria que tem demonstrado a capacidade de suportar crises. De suportar momentos difíceis como o que estamos passando agora”, ressaltou João Carlos.
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), também afirmou enfrentar dificuldades por causa da crise econômica, o que poderá afetar a arrecadação do município. No entanto, assim como o secretário de Desenvolvimento Econômico da cidade, Iliomar Darronqui, acredita que o setor vai se fortalecer ainda mais na cidade. “Hoje somos o segundo município na produção de cosméticos no país, mas tenho certeza que poderemos ser o primeiro”, afirmou Michels.
Com mais de 2,5 mil profissionais inscritos no evento, a CosmoBeleza segue até amanhã (21), no Clube Okinawa. Mesmo com a empolgação dos participantes, Marcos Pinheiro, um dos responsáveis pela Aptera, empresa de cosméticos da região, confirmou as dificuldades apontadas por Basilio. “Este ano estamos vivendo um ano atípico. Meu crescimento anual é de 20. Este ano estou igualando com 2013, por enquanto. Não cresci nada comparando com o acumulado dos primeiros seis meses do ano passado”, afirmou Pinheiro.
Copa do Mundo
O empresário pontuou que a crise pode ter sido influenciada também pelas expectativas geradas qua to à Copa do Mundo e às eleições. “Não sou eu que estou errando. O mercado está ruim. Este setor é muito promissor, permite muito crescimento. Porém, este ano tem sido diferente. Esses eventos atrapalharam muito. Dependemos de tranquilidade no mercado”, ressaltou.
Pinheiro tem esperança de que o próximo ano seja de retorno do crescimento para a área. Em relação ao fortalecimento do setor no ABC, o empresário destacou que o mercado na região ainda é complicado para quem deseja crescer, e que a maior parte das oportunidades vem surgindo no Interior e no litoral paulista.
“Nossa expectativa é muito boa. Temos obtido ótimo resultado. A tendência é de crescimento”, disse Vagner Molter, representante da Bio Flowers, empresa que entrou no mercado recentemente. Para Molter, o setor, mesmo com a crise, ainda se mostra promissor aos aqueles que investem na qualidade dos produtos. “Como somos novos tudo é crescimento para nós. Estamos acima das nossas expectativas. Lógico que para acompanhar um mercado que está oscilando não é fácil. Estamos otimistas”, ponderou.
fonte: Luana Arrais - DIÁRIO REGIONAL

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