10 de jan. de 2014

Assinatura de contrato com a Sabesp é adiada em Diadema

Decisão conjunta entre representantes da Companhia de Saneamento Básico de Diadema (Saned) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fez com que fosse adiada a assinatura do contrato que autorizaria a empresa estadual a iniciar a exploração dos serviços de água e tratamento de esgoto no município, e manteve a Saned à frente dos trabalhos pelos próximos dois meses. A previsão era de que a Sabesp iniciasse a operação na cidade na próxima segunda-feira (13), com concessão plena pelos próximos 30 anos. Porém, detalhes de ordem técnica no contrato que foi elaborado pela Sabesp provocaram o adiamento.
Em entrevista ao Diário Regional, o diretor-presidente da Saned, Élbio Camillo Junior, afirmou que encontrou algumas falhas depois de analisar o contrato que foi encaminhado pela Sabesp na última segunda-feira (6). Por esse motivo, ambas as partes resolveram adiar o anúncio oficial do retorno da Sabesp à cidade depois de quase duas décadas. Novas reuniões vão acontecer antes da assinatura do contrato, as quais deverão, inclusive, contar com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Algumas cláusulas no contrato precisam ser revistas antes da assinatura, porque não concordamos integralmente com o que foi redigido pelo Estado. Sendo assim, a Sabesp não vai assumir na segunda-feira e a Saned continuará operando na cidade por mais 60 dias”, destacou Camillo Junior.
Ao ser informado sobre o adiamento do contrato pelo diretor-presidente da Saned, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), disse que, a partir de agora, a tendência é aumentar a cobrança por posição de Alckmin. “Já fizemos a audiência pública e não podemos aceitar o adiamento. Por isso, vou cobrar do governador, porque não podemos aceitar dois meses de espera. Estou aguardando uma resposta dele (Alckmin)”, ressaltou o chefe do Executivo ao Diário Regional.
Solução
O retorno da Sabesp na prestação do serviço de saneamento básico em Diadema, aprovado em setembro de 2013 na Câmara, foi a solução encontrada por Michels como forma de zerar o déficit de R$ 1,1 bilhão junto à companhia. O saldo negativo foi acumulado devido ao rompimento do contrato com a Sabesp pelo ex-prefeito José de Filippi Junior (PT), em 1993. Em contrapartida ao retorno, a Sabesp depositará nos cofres municipais cerca de R$ 95 milhões, que deverão ser aplicados em saneamento básico. O montante será pago em duas parcelas de R$ 47,5 milhões cada.
Enquanto estiver prestando serviço na cidade, a Sabesp aplicará R$ 430 milhões em saneamento básico. Do total de recursos injetados no município, R$ 222 milhões serão aplicados em obras no sistema de esgoto e R$ 208 milhões em produção, tratamento e distribuição de água. Com o adiamento do contrato, não há definição de quando ocorrerão os investimentos.


Além disso, os 293 funcionários da Saned serão absorvidos aos quadros de funcionários da Capital com equiparação salarial, além do congelamento do preço de R$ 0,90 por metro cúbico pago pelos moradores de Diadema.
fonte: Fernando Valensoela - DIÁRIO REGIONAL

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