7 de out. de 2012

Autopeça de Diadema investe para triplicar faturamento até 2016


Empresa formada pela parceria do grupo de autopeças alemão Freudenberg, com a companhia japonesa NOK, a Freudenberg NOK investe em sua fábrica de Diadema para triplicar, no Brasil, o faturamento de sua divisão de juntas de borracha de veículos, itens utilizados em motores e no sistema de transmissão dos carros.
Líder mundial em itens para vedação dos carros e com sede sulamericana instalada na cidade do Grande ABC, a fabricante lançou no País essa linha de produtos há apenas dois anos, mas tem metas ambiciosas, de atingir de 20% a 25% de participação no mercado brasileiro até 2016.
Atualmente, a unidade fabril da Freudenberg NOK América do Sul já produz seis itens desse tipo para montadoras no Brasil e na Argentina - entre as fabricantes de veículos leves, fornece para a Volkswagen e General Motors, e, entre as de pesados, para a Scania e para a MAN - e o crescimento projetado se baseia em contratos já firmados para mais 18 produtos em veículos das fabricantes, cita o diretor de vendas para a América do Sul, Rodrigo Vilela. "Isso (a estimativa de expansão) é sem contar possíveis novos clientes", salienta.
O faturamento do grupo Freudenberg no Brasil chega a R$ 570 milhões por ano (não foi revelada a receita da joint-venture com a NOK no País) e as perspectivas são promissoras, afirma o executivo.
No mercado automobilístico nacional, que deve fechar o ano com a comercialização de 3,8 milhões de veículos zero-quilômetro, a empresa vê forte potencial de vendas dessa linha de produtos, tanto para os motores quanto para as transmissões dos carros. "É um volume considerável. Além disso, as montadoras instaladas no País estão com projetos de novos produtos", observa.
EXPANSÃO
Para triplicar as vendas, a companhia, que está no Brasil desde 1973, investe para quadruplicar o parque de máquinas da fábrica de Diadema até 2016 e também para melhorar a infraestrutura das instalações.
A equipe, atualmente com 500 funcionários, também deverá ser ampliada para acompanhar o crescimento da produção. Os aportes na unidade fabril não são divulgados, mas fazem parte do plano global do grupo alemão, de aplicar 1,5 bilhão de euros em suas operações mundiais nos próximos cinco anos.
Vilela adianta ainda que a direção da empresa já tomou a decisão de fazer com que a unidade de juntas de borracha tenha um centro de competências no prazo de quatro anos, o que significará investimentos em engenharia local, para a pesquisa e o desenvolvimento de produtos. A ideia, afirma Vilela, é ser global atendendo também as necessidades locais, como fazer vedações que suportem a tecnologia de motorização flex fuel (a álcool e a gasolina), uma particularidade do mercado nacional.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Outro exemplo da tecnologia da Freudenberg-NOK: a empresa acaba de lançar vedação que tem como diferencial o ganho de eficiência energética, por meio da redução de atrito e consequente redução de emissão de veículos.
Esse é um desafio das montadoras brasileiras, que terão de ampliar em 12% a eficiência energética até 2017 para se habilitar a incentivo tributário oferecido pelo governo federal (a redução de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados).
fonte: 

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC

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