30 de set. de 2011

Imóveis novos no ABC custam 40% menos que em São Paulo

                                 foto  DIADEMA1 


ABC - Depois de uma fase de aquecimento, o mercado imobiliário paulistano mostra sinais de desaceleração. No primeiro semestre deste ano, as venda de imóveis novos em São Paulo caíram 31,3%, já no Grande ABC, a queda foi de 28%.

Apesar disso, o preço do metro quadrado em imóveis novos em São Paulo subiu 8,6% em média. Assim, as cidades do ABC ainda são uma boa oportunidade para quem pretende comprar a casa própria, já que os imóveis na região custam em média 40% abaixo que na capital.

Enquanto em São Paulo o metro quadrado custa entre R$ 2.466 e R$ 8.519, na região do ABC esse número varia entre R$ 2.100 e R$ 4.500. Além de vantajoso para pessoa física, a região aflora como estratégica para investimentos, frente ao pleno desenvolvimento econômico que as sete cidades estão atravessando.

Consumidor

Os números revelados pela MZM construtora mostram que o perfil do consumidor da Grande São Paulo tem sido transportado para a região.

"Um dos diferenciais do ABC é, sem dúvida, a qualidade de vida. As cidades da região oferecem alta qualidade de serviços públicos, como saúde e educação, e conseguem reverter casos negativos como o de Diadema. A cidade, antes vista como violenta, conseguiu mudar sua imagem e tem atraído cada vez mais investimentos, que devem aumentar graças ao trecho sul do Rodoanel e aos recursos do pré-sal", afirma Francisco Diogo Magnani, presidente e fundador da MZM Construtora. 

Ponto estratégico

Entre os destaques positivos para a região, Milton Bigucci, presidente da Mbigucci e da associação de construtoras do Grande ABC (Acigabc) ressalta Diadema. "Perto de duas grandes rodovias, com uma força política de olho na qualidade de vida e a proximidade com São Paulo, Diadema é um dos mercados que mais crescem na região", afirmou o executivo.

De acordo com Bigucci, São Bernardo ainda lidera as vendas da região, com 1982 unidades vendidas e R$ 666 milhões movimentados, mas esse número ainda será mais balanceado. "Há uma tendência de equilíbrio de potencial da região, que cresce junta", argumentou.

Entre os principais players do mercado imobiliário da região, estão nomes como PDG, MZM, Even, Ezetec e Gafisa. "As construtoras já perceberam que o ABC caracteriza como um bom lugar para se construir", e exemplifica, "Há mais ofertas de terrenos, prefeituras interessadas em novos negócios e muito potencial de crescimento ", finaliza Bigucci.

O único gargalo encontrado nas cidades do ABC, de acordo com o executivo, ainda é mão de obra qualificada. "Mas isso não é um problema do ABC, especificamente, é um desafio em qualquer região em que a construção civil vai esteja ganhando força", disse.

Cenário

Para Rogério Merselles, professor de economia da Universidade Paulista (Unip), o momento de alta nos imóveis paulistanos é uma oportunidade também para a economia local.

"As prefeituras deveriam incentivar ainda mais a construção, e não apenas de imóveis básicos, mas para todas as classes, já que há demanda de compradores afugentados dos altos preços da cidade de São Paulo", explicou.

O acadêmico lembrou ainda que são necessárias mais obras de infraestrutura na região.

"Para acompanhar esse crescimento será necessário que as prefeituras ampliem aportes em obras viárias, além de saneamento básico", avalia Rogério Merselles, que completa: "o varejo já está acompanhando essa demanda de apartamentos, abrindo lojas no ABC e ampliando os aportes na região, o que é um sinal de potencial".



fonte: DCI

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