14 de out. de 2009

Schuler eleva exportações de Diadema

Incentivadas por venda para Turquia, indústrias do município comercializam 102% a mais em agosto

As exportações de Diadema aumentaram 102% em agosto deste ano em relação a julho, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústrial e Comércio Exterior. O valor exportado passou de R$ 22,7 milhões em julho para R$ 45,9 milhões em agosto. A principal razão para o crescimento foi a venda recente feita pela Prensas Schuler para a Turquia. A encomenda foi realizada em 2008 e entregue em agosto.

O negócio fez o volume exportado por Diadema crescer 35,2% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2008. Entretanto, o diretor adjunto do Departamento de Articulação e Desenvolvimento Empresarial de Diadema, Walter Bottura Junior, disse que o resultado não reflete a realidade das exportações no município, que enfrenta problemas nas vendas ao exterior por conta da crise financeira e da variação cambial.

No acumulado do ano, até agosto, as exportações tiveram queda de 16,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. “Nossa expectativa é que as exportações voltem a crescer. O Brasil foi o último País a entrar na crise e está sendo o primeiro a sair. Os países para os quais exportamos também estão voltando a comprar. No entanto, continuamos com os pés no chão”, afirmou o diretor. Para Bottura Júnior, se por alguma razão a Prensas Schuler parar de vender para o mercado externo, as exportações de Diadema irão despencar.

Os países que ocupam os primeiros lugares nos destinos de exportação do município são a Argentina, México e Estados Unidos. A Turquia não fazia parte dos dez primeiros destinos de Diadema em 2008, mas no mês passado atingiu a quarta posição. As exportações para o país cresceram 685% de janeiro a agosto na comparação com o mesmo período de 2008. O Paquistão, que no ano passado ocupava o décimo lugar, já é o quinto colocado, com aumento de 876% nas exportações entre o ano passado e 2009.

Conforme explicou o diretor do Ciesp Diadema, José Gascon Hernandez, o aumento nas exportações é mais pontual do que uma recuperação propriamente dita. Hernandez apontou que até dezembro de 2008 o município sentiu pouco os efeitos da crise. Mas, o que foi percebido nos últimos meses é a queda do dólar, inviabilizando as exportações.

“Mesmo Diadema sendo a maior cidade da Região em quantidade de empresas exportadoras, o Ciesp não tem perspectivas de que as exportações possam melhorar num curto prazo”, ressaltou Hernandez.
De acordo com o diretor da metalúrgica Corona Brasil, Anuar Dequech Júnior, a empresa busca outros mercados para não parar de exportar. A Corona vende hoje para seis países – Argentina, Chile, Estados Unidos, Uruguai, Turquia e Tailândia. Entretanto, não vê perspectivas a curto prazo de melhorias nas exportações.

“O problema fez a produção da Corona Brasil cair em 40% e a situação perdura por cinco anos. Agora vendemos mais para o mercado interno. Permanecemos em um trabalho de busca de novos negócios, participando de feiras internacionais e, neste mês, vamos para o México.”

fonte: Carol Scorce - Jornal ABCD Maior

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