3 de fev. de 2014

Turma se transforma em ciclista cidadão

Andréa Iseki/DGABC
Andar de bicicleta pode ser brincadeira divertida, esporte e até meio de transporte. Mas, assim como dirigir automóvel, pedalar exige disciplina e atenção. Por isso, a Escola de Ciclismo de Diadema ensina sobre a convivência de ciclistas, pedestres e motoristas, sinalização e regras do Código Brasileiro de Trânsito. O programa da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo tem duração de três meses e é dividido em aulas teóricas e práticas.
Eduarda Lima Freitas, 11 anos, é aluna do curso. Ficou surpresa ao descobrir que há regras para andar de bike corretamente. “Quando quiser fazer uma curva, tem de dar sinal com o braço, apontando para a direção que pretende ir. Se não fizer isso, pode provocar acidentes.” Durante o trajeto é importante manter as duas mãos no guidão e só tirar uma delas para sinalizar as manobras.
Quem anda de bicicleta também precisa ser educado com todos aqueles que cruzam seu caminho. Não pode xingar ou ficar bravo e tem de lembrar que o pedestre sempre tem prioridade. “Muitos motoristas não respeitam quem está a pé ou de bicicleta. Temos de fazer diferente”, afirma Dayane Souza Martins, 10.
CUIDADO
Na infância, não é recomendado andar de bike na rua. Adultos podem pedalar pelas vias, mas têm de ficar a 1,5 metro de distância da calçada e dos veículos. E é perigoso andar na contramão. Ao transitar pela calçada ou faixa de pedestres, deve-se descer da bicicleta.

O ideal é pedalar somente em ciclovias (via que isola o ciclista e proíbe a circulação de carros, motos e pedestres), ciclofaixas (faixa pintada na rua reservada para ciclistas) e parques que permitem a prática.
Qualquer pessoa, a partir dos 7 anos, pode participar da Escola de Ciclismo de Diadema. A inscrição é feita no Clube Municipal Mané Garrincha (Rua dos Cariris, 195, tel.: 4067-3007), das 9h às 16h. As aulas ocorrem no Estádio Padre Anchieta, conhecido como Clube Piraporinha (Avenida Dona Ida Cerati Magrini, 645).

Segurança deve ser a principal preocupação ao pedalar

O Brasil é o quinto País que mais usa bikes, sendo que três em cada dez usuários são crianças, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
Andrei Lima Freitas, 9 anos, de Diadema, adora a magrela. Ele curtia pedalar com os amigos na rua onde mora. No entanto, descobriu que era perigoso demais ficar entre os veículos. “Tinha muito carro e moto. Agora, vou ao parque com meus pais para brincar.”
Na Escola de Ciclismo, o menino aprendeu medidas de segurança e sabe que outra opção é andar em ciclovias e ciclofaixas.

Vitória Ferreira da Silva, 8, de Diadema, também aprendeu a se proteger contra possíveis acidentes com a bike. “Já caí e ralei os braços e o joelho. Ficou dolorido. Não sabia que precisava usar equipamentos de segurança.”

Capacete, par de luvas específicas para ciclistas, óculos de proteção, cotoveleiras e joelheiras evitam machucados. Também é aconselhável colocar buzina e espelho retrovisor na magrela.
E os cuidados não param por aí. Ao andar de bike durante o dia, principalmente no verão, tem de passar filtro solar para se proteger dos raios do sol. Além disso, é necessário tomar água a cada 30 minutos pedalando e se alimentar a cada hora.
Mesmo em ciclovias e ciclofaixas, o ciclista deve usar roupas claras à noite para ficar bastante visível para motoristas e pedestres. Precisa ainda colocar sistema de iluminação nas partes da frente e de trás da bike, junto de adesivos refletivos no raio e nos pedais.

Bike faz bem à saúde a à natureza

Como toda prática de exercícios físicos, andar de bicicleta combate a obesidade, diabetes, pressão alta e doenças cardíacas. Também fortalece a musculatura e contribui para o bom funcionamento do organismo. Desenvolve ainda o equilíbrio, a noção de espaço, alivia sintomas de depressão, ansiedade e estresse, além de ajudar na concentração.
Quando o adulto troca o carro pela magrela também dá uma forcinha para a natureza. Diminui a poluição atmosférica e sonora e ocupa menos espaço no trânsito, melhorando a mobilidade urbana.
O lugar de um carro estacionado pode ser ocupado por até dez bicicletas. Além disso, a fabricação e a manutenção da bike geram pouco impacto ambiental.

Onde andar

Santo André
Parque Central (Rua José Bonifácio, Vila Assunção).
Ciclovia na Av. Lauro Gomes, entre a Av. Atlântica e Rua Fernando Magalhães.
Ciclovia na Marginal Cassaquera, entre avenidas dos Estados e Giovanni Battista Pirelli.
Ciclovia na Av. Waldemar Mattei, entre Rua Gamboa e Av. Pereira Barreto.
Ciclovia na Av. Lauro Gomes, a partir da Av. Pereira Barreto até Rua Urupema. 
Ciclovia na Estrada do Pedroso.

São Bernardo
Ciclovia na Av. Pery Ronchetti.
Ciclovia na Av. João Firmino.
Ciclofaixa na Av. Presidente João Café Filho.

São Caetano
Ciclovia na Av. Presidente Kennedy.
Ciclofaixa na Av. Tijucussu.
Parque Chico Mendes (Av. Fernando Simonsen, 566). Apenas bike infantil, até aro 26. 
Parque Bosque do Povo (Estrada das Lágrimas, 320). Apenas bike infantil, até aro 26.
Estação Jovem (Rua Serafim Constantino, Centro).

Diadema
Ciclofaixa na Av. Ulysses Guimarães (domingos, das 7h às 16h).
Ciclofaixa nas avenidas Almiro Sena Ramos, Paranapanema e Luís Carlos Prestes (domingos, das 7h às 16h).

Mauá
Tem 11 quilômetros de ciclofaixa nas avenidas Papa João XXIII e Washington Luiz e ruas Santa Helena e dos Manacás.

Ribeirão Pires
Ciclofaixa na Av. Prefeito Valdírio Prisco (domingos e feriados, das 7h às 16h).

Rio Grande da Serra
Parque dos Ipês (Av. São Paulo, bairro Santa Tereza).


Consultoria de Francisco Carlos Sabino, coordenador da Escola de Ciclismo de Diadema, Luis Carlos de Oliveira, instrutor de pesquisas do Celafiscs, e Augusto Machado, consultor do site www.euvoudebike.com.

fonte: Caroline Ropero - DGABC

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