O presidente da companhia, Carlos Alberto de Oliveira, prevê crescimento até 15% a 20% nas vendas, que saltarão, dessa forma, para cerca de R$ 600 milhões neste ano.
VÁLVULAS
O mercado também se mostra propício para a Valtek, fabricante de válvulas de controle de alta pressão para o segmento de óleo e gás. O diretor geral, Jorge Iazigi, cita que, mesmo com o câmbio desvantajoso, carga tributária elevada, e mão de obra e matéria prima mais caras que as da China, tem sido possível ganhar contratos. "Temos muita tecnologia, esse é um diferencial", afirma.
A Valtek, que também fica em Diadema, forneceu válvulas para a Recap (Refinaria de Capuava) e para a Refinaria do Paraná no ano passado. Depois de expressivos 40% de expansão nas vendas em 2010, Iazigi prevê, para este ano, crescimento mais modesto, na casa dos 10%. Ele assinala que foi feito investimento de R$ 4 milhões em novas instalações (mais 1.200 m² de área construída, com os quais passou a ter 5.000 m²), para consolidar o crescimento da companhia.
CANETA DIGITAL
Outra fornecedora da Petrobras localizada na região, a Gteq, de São Caetano, projeta alta de 80% nas vendas neste ano. "Existe demanda reprimida, nos últimos dois anos, que agora está reagindo", afirma o presidente, Ronicarlos Pereira.
Sua empresa desenvolveu caneta digital esferográfica que converte escrita a mão em caracteres e escaneia os dados. A tecnologia é uma das ferramentas que têm ajudado a companhia a vencer concorrências em serviços de inspeção para a estatal do petróleo. Fechou recentemente contratos para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) e para a Refinaria Abreu e Lima.
Programa do governo federal já formou 78 mil para o segmento
Para atenuar a falta de mão de obra qualificada e ajudar as pequenas empresas a se adequarem para fornecer para a Petrobras, o governo federal estruturou em 2006 o Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo.
No segmento, a necessidade de mão de obra qualificada é crescente. A Tomé Engenharia, por exemplo, apenas para obras da refinaria de Cubatão, prevê a contratação de 1.000 temporários.
Outro problema no ramo é a dificuldade das pequenas indústrias em fornecer para a estatal. Para ampliar essa participação, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC está em conversas com o governo federal e o Sebrae para construir projeto de capacitação de empresas. Atualmente, há na região apenas 140 companhias no cadastro da Petrobras.
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