3 de ago. de 2009

Max com e sem fivelas

O final da década de 1980 foi determinante para a família Machado Silva. Nessa época uma briga por herança fez com que o patriarca Francisco saísse de Ipanema, em Minas Gerais, e viesse para Diadema, município em que três dos seus oito filhos já moravam para tentar a vida. Trouxe todos com ele, inclusive Maximiano, então com 14 anos. Na cidade o rapaz se instalou, estudou e até hoje reside.

Sua simpatia e o fato de usar fivelinhas no cabelo curto viraram marca registrada no início da carreira. Max Fivelinha, apresentador, maquiador, consultor de moda, jornalista e agora ator. Sim, o multimídia – ele trabalha em quatro, simultaneamente – acaba de encenar o papel de um artista plástico em Vende-se um Véu de Noiva, novela do SBT.

Max garante que, embora a cidade sempre tenha tido fama de violenta, ele nunca teve vergonha de dizer onde mora. “Vivo lá desde que era um pasto. Diadema que era violenta virou exemplo”, diz, referindo-se à lei seca, que entrou em vigor em julho de 2002 e diminuiu os índices de criminalidade por obrigar os bares a fecharem as portas entre 23h e 6h. Ele conta que antes era comum ver cenas de assassinato nas ruas.

Para Max, o fato de sua casa – que preferiu não mostrar porque gosta de preservar intimidade –, na Vila Nogueira, ficar perto da divisa com São Paulo, é uma grande vantagem. “Em dez minutos estou onde trabalho (Estação Paraíso). Quando saio de lá (Rádio Mix FM) tenho a sensação de estar voltando para casa e isso é muito bom. Não é nem do lado nem tão longe: é na medida.”

O que nem todos sabem é que o apresentador articulado, por muitas vezes engraçado – o que até rendeu o apelido de Fivelinha, por usar os apetrechos no cabelo quando trabalhava na MTV como VJ e em outros programas – é tímido e se acha sem-graça. “Não desperto a libido de ninguém”, sentencia. Para ele, que já foi modelo e há oito anos apresenta o programa de rádio Segundas Intenções, em que dá dicas sentimentais e sexuais para os ouvintes, em sua maioria adolescentes, o sexo está em segundo plano. “Meu trabalho está sempre em primeiro lugar.”

Além do programa da rádio, Max é figurinista da emissora, escreve para blogs de moda e ainda tem pique para acordar cedo para treinar em uma academia de São Bernardo, local onde concedeu a entrevista à reportagem da Dia-a-Dia Revista. “Estou em uma fase em que só escolho as coisas que valem muito a pena porque o meu tempo está bem curto.”
Max Fivelinha agora é ator

Quando quer fugir da correria, o apresentador – que se diz avesso à tecnologia e até ostenta uma agenda de telefones de 2005 porque se recusa a gravar os contatos no celular – tem o seu refúgio: um sítio em Camanducaia, sul de Minas, próximo a Monte Verde. É lá que ele cultiva uma horta, “capina com a enxada” e, literalmente, atola o pé na lama.

“As pessoas acham que sou uma pessoa sofisticada. Muito pelo contrário, sou superbagaceira. (risos) Gosto de me desligar da televisão, colocar uma bermuda e fazer limpeza em casa.” E pasmem: tirar pó do móvel, tarefa que pode deixar muitas donas de casa de mau humor, é um dos passatempos prediletos do intrépido Max.

FONTE: Miriam Gimenes - Dia a Dia Revista

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