21 de jun. de 2009

OBRA DO CAMPUS DA UNIFESP EM DIADEMA COMEÇA EM 2010



Prédio provisório do campus Diadema da Unifesp: licitação do prédio permanente não foi concluída. Foto: Luciano Vicioni




As obras do campus definitivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em Diadema irão começar apenas em fevereiro de 2010. Uma série de problemas com licitações impediram que a universidade cumprisse o prazo anterior, de iniciar a construção ainda no primeiro semestre deste ano, de acordo com a Unifesp. A licitação para escolha da construtora foi aberta em 29 de dezembro do ano passado e seis meses depois ainda não tem vencedora.

Em janeiro, o coordenador de Desenvolvimento e Expansão da Unifesp, Paulo Bandiera Paiva, afirmou ao ABCD MAIOR que o processo de escolha levaria apenas 40 dias, possibilitando que as obras começassem em seguida.

O campus ficará em uma área próxima à represa Billings, no Sítio Morungaba, e por isso depende também de licenças da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. A universidade tem uma autorização provisória, e ainda precisa de um novo documento. Para isso, estão sendo feitas algumas modificações no projeto arquitetônico.

Com a formatura da primeira turma da Unifesp de Diadema marcada para o fim do próximo ano, os estudantes não têm mais esperanças de conhecer o prédio definitivo. “Tenho certeza que minha turma, que é a primeira do campus, não terá aulas no prédio definitivo. O problema é que a estrutura que temos hoje não conta com laboratórios de pesquisa. Estamos atrás de outras faculdades que investem em novos projetos de pesquisa”, afirmou o estudante de Biologia, Felipe Giglio, 20 anos.

As aulas na Unifesp começaram em um prédio provisório cedido pela Prefeitura de Diadema em 2007 para os cursos de Farmácia/Bioquímica, Ciências Biológicas, Química e Engenharia Química. Em novembro do ano passado, cerca de 400 estudantes realizaram paralisações por causa da falta de estrutura para aulas de laboratório. Na ocasião, a Prefeitura aprovou o empréstimo de um novo espaço, onde são realizadas as aulas atualmente. O primeiro prédio provisório ficou apenas como laboratório didático. Mas os estudantes reclamam ainda da ausência dos laboratórios para pesquisa.

“Os prédios provisórios funcionam como muletas, parece que afastam a possibilidade do prédio definitivo, com estruturas ideais, ser construído. Quando entrei, a promessa era que ficaria pronto este ano”, lembrou Giglio.

Outra dificuldade encarada pelos universitários é a distância entre os dois prédios provisórios, um na região central e o segundo no Bairro Eldorado. “A cada aula, precisamos utilizar transporte para chegar às salas”, explicou o estudante.

Conforja será novo prédio provisório - A Unifesp adquiriu um terceiro prédio para servir provisoriamente aos estudantes de Diadema até que o campus definitivo esteja pronto.
A universidade comprou um prédio da massa falida da Conforja, no Centro. O espaço, que ainda não tem data para ser reformado, servirá para aulas didáticas e laboratórios, que devem ser destinados à pesquisa.

As obras do primeiro prédio provisório em Diadema, no Bairro Eldorado, continuam paralisadas. Em setembro do ano passado, a Curadoria de Fundações do Ministério Público pediu o embargo da construção de novos laboratórios e do anfiteatro.

A obra era realizada pela FAP (Fundação de Apoio à Unifesp), que foi proibida de intermediar contratos da universidade.

Por: Vanessa Selicani - abcdmaior

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