14 de dez. de 2008

Consumidores devem reformar em 2009



Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC

Grandes redes de material para construção prevêem que 2009 será o ano do puxadinho. Com a crise financeira mundial que deixa incertezas no mercado nacional, a previsão é que menos pessoas invistam em novos imóveis e destinem o dinheiro para reformar a atual moradia.

Pesquisa realizada pela Latin Panel em parceria com a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) aponta que 77% das residências do País necessitam de alguma reforma, e que 33% dos moradores afirmam que vão realizar os reparos.

"Por isso acreditamos que a crise não deve atingir o setor, pelo menos no varejo. O que pode ter uma desaceleração são os lançamentos imobiliários, porém, todas as obras que já foram iniciadas precisam ser concluídas. Sendo assim, para esta área, o impacto maior deve vir em 2010", comenta o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz.

Em 2008 o setor de materiais para construção registrou crescimento de 9,5%, para o próximo ano a expectativa é que o faturamento aumente 8,5%. "Mesmo com uma perspectiva menor ainda estamos otimistas, afinal o ganho real será maior, pois os preços dos materiais devem diminuir", diz Conz.

Segundo ele, materiais importantes como o aço - que registrou alta de 46% no primeiro semestre de 2008 - e o cimento, devem retomar patamares normais. "Com isso, nossa expectativa de faturamento é positiva, afinal, com preços menores teremos de vender mais para alcançarmos os 8,5% de alta", explica.

Além da venda de materiais para o consumidor final, a Anamaco afirma que o ano que vem trará boas surpresas para o setor. "O PlanHab (Plano Nacional de Habitação) deve sair do papel em 2009. Ele prevê a construção de 27 milhões de moradias populares no País até 2023. Para isto, o governo federal precisará de muito material", comenta Conz.

Adaptação - Presente na região há 56 anos, a Casa Monte se adapta à nova realidade do mercado. "Tivemos de demitir cinco funcionários e mudamos nosso foco de atendimento. Nosso objetivo agora é vender para o consumidor final, não mais para construtoras e grandes empreendimentos", diz William Gantus, proprietário da rede, que tem duas lojas em São Caetano e uma em recém inaugurada em Diadema.

Gantus conta que no último mês teve prejuízo com construtoras. "A reação é em cadeia e acaba chegando. A inadimplência que antes era praticamente nula, alcançou cerca de 5% no último mês".

Mesmo assim, a empresa espera crescer 30% em 2009, em decorrência da loja em Diadema.

Grandes redes vão inaugurar três lojas na região

O ano de 2008 foi marcado pela expansão de redes de material para construção no Grande ABC e em 2009 estão confirmadas mais três inaugurações na região.

Neste ano foram abertas quatro lojas na região. Duas unidades da Dicico (Diadema e Mauá), uma da Telha Norte (Santo André) e uma da Casa Monte (Diadema).

A Center Castilho passará a ter três unidades, com a inauguração de uma loja em Diadema. "A nova unidade deve gerar cerca de 250 empregos. Os interessados em trabalhar no local devem preencher dados no site (www.centercastilho.com.br)", diz Antônio Carlos Nazar, diretor de marketing da rede.

A Casa Monte passa a ter quatro lojas na região até o final de 2009, com a abertura de mais uma unidade em Santo André.

Além disso, a Telha Norte vai inaugurar mais um local de compras na região, porém a empresa não divulgou em qual cidade será aberto o estabelecimento.

MAIS UMA INFORMAÇÃO CONFIRMADA DO DIADEMA 1 (CENTER CASTILHO)

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