29 de abr. de 2011

Unifesp Diadema quer dobrar contingente em quatro anos


A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), campus Diadema, formou em fevereiro os primeiros 56 alunos dos cursos de Química e Ciências Biológicas. Inaugurado em 2007 e com 1,5 mil alunos em sete opções de graduação, o novo campus busca agora criar mais cursos e ampliar o espaço físico para alcançar a marca de 3 mil matriculados até 2015.
No médio prazo, a ideia é criar mais cursos de graduação e pós-graduação, sempre baseados em aspectos regionais para a formação de profissionais em áreas com demanda por mão-de-obra qualificada. “Todos os cursos existentes no campus foram planejados dessa maneira, seguindo a vocação regional, como o de Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade, inédito no País, que passou a ser oferecido na Unifesp Diadema, principalmente pela proximidade da represa Billings e a diversidade de indústrias”, diz a diretora acadêmica da unidade, Virginia Berlanga Campos Junqueira.
A Unifesp também pretende implantar, ainda sem prazo definido, fábrica-escola para que os alunos de Farmácia e Bioquímica, Engenharia Química, Química e Química Industrial tenham acesso a todo processo de produção semi-industrial de medicamentos. “Trata-se de projeto que colocaria os alunos em contato direto, por meio de aulas práticas, com todas as etapas de produção de um medicamento, da identificação e separação de matérias-primas até a elaboração do produto final”, destaca a professora.
O objetivo da fábrica-escola não é produzir em larga escola, mas criar pequena indústria para fabricar os medicamentos mais utilizados na rede pública e, posteriormente, distribuí-los pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Entretanto, não temos prazo definido para implantar tal projeto, que vai precisar de apoio externo junto aos governos federal, estadual e municipal, assim como órgãos de fomento e, principalmente, autorização de Ministérios do Planejamento, da Educação e da Saúde”, completa.
No final de 2010 foram inaugurados 33 laboratórios de pesquisa e três para aulas práticas. Ainda neste semestre serão iniciadas as atividades na unidade Conceição (onde funcionava a fábrica da Conforja, local instalado no centro do município que foi adquirido pelo Ministério da Educação e repassado para a Unifesp), dividida em dois prédios, sendo um somente com os laboratórios (6 mil m²) e um edifício para as salas de aulas (1,5 mil m²). No total, serão 16 salas de aula com capacidade para 50 alunos cada, cinco laboratórios de graduação para 50 alunos cada e 12 laboratórios para pesquisas para a pós-graduação. 
Primeira turma elogia unidade
A primeira turma de Química da Unifesp se formou no início ano. Mesmo com algumas dificuldades enfrentadas, os recém-formados elogiam a metodologia e a infraestrutura da Unifesp Diadema. É o caso de Bruna Miranda, que mora em Guarulhos. “Mesmo sabendo que entraria em um curso novo, sabia que a universidade tinha tradição. Por ser da primeira turma enfrentamos alguns problemas, mas todos sempre estiveram empenhados em resolvê-los e posso dizer que o curso superou minhas expectativas”, diz. Agora, o objetivo de Bruna é fazer mestrado na própria unidade para seguir carreira na área acadêmica.
Elder Moscardini saiu de Franca, interior de São Paulo, para estudar no campus do ABC. “Quando finalizei o colegial em 2006 prestei vestibular para diversas universidades públicas. O que eu queria era fazer parte da minoria da população que estuda em entidades públicas”, lembra. “Fazer parte da primeira turma de um curso sempre será um sacrifício e um privilégio. Sacrifício pelo fato de que poucos são os equipamentos disponíveis, o curso nem sempre é o ideal na parte prática e a burocracia é um pouco grande. Porém, um privilégio por poder ajudar a modelá-lo de forma a ser a melhor possível”, comenta. (AB)
fonte: Repórter Diário
Aline Bosio 

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