23 de ago. de 2009

Sto.André, S.Bernardo e Diadema estão bem colocadas

Vanessa Fajardo e William Cardoso
Do Diário

O Grande ABC tem quatro cidades entre as 100 primeiras colocadas no IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal). Além de São Caetano, Santo André (39ª), São Bernardo (63ª) e Diadema (67ª) estão entre as melhores do Brasil pelos dados referentes a 2006 e divulgados agora.

O município que mais cresceu no ranking, porém, foi o menos qualificado na região. Rio Grande da Serra (em 559º lugar no Brasil) avançou 2,6% em relação ao ano anterior. São Bernardo (-1,7%) e Diadema (-1,3%) foram os que sofreram queda na pontuação final.

São Caetano lidera também no Grande ABC todos os indicadores individualmente. A vice-liderança fica com Santo André em Emprego e Renda (0,8797) e Educação (0,85). Em Saúde, São Bernardo é a segunda colocada, com 0,9099.

Todos os municípios da região estão acima da média nacional (0,7376). Ponto alto em todos os municípios, o item Emprego e Renda (0,5827) faz com que Rio Grande da Serra (0,7457) seja a única abaixo de 0,80 no Grande ABC.

ESPECIALISTAS - O IFDM não serve apenas para consagrar municípios com elevado nível de desenvolvimento social. O indicador é também um instrumento poderoso de gestão pública ao apontar os locais mais carentes e necessitados de recursos governamentais. É um mapa que indica claramente a distâncias entre ricos e pobres, e fornece subsídios para ações que possam diminuir essa diferença.

A avaliação é feita por especialistas em administração pública, especialmente no setor de Saúde. "Pode servir para o gestor identificar lacunas, atrasos do próprio município em comparação com outros do mesmo porte ou região. É uma forma de sensibilizá-lo a melhorar o seu desempenho", diz o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) Bernard François Couttolenc.

Ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e também professor da USP, Gonzalo Vecina Neto não se surpreende com o desempenho de São Caetano e das demais cidades paulistas. Saneamento básico, campanhas de vacinação e o nível educacional são fatores relevantes. "Essa transversalidade só é encontrada em cidades desenvolvidas."

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