25 de jan. de 2010

Eldorado: desigualdade marca o bairro

Leonardo Britos
Agência BOM DIA

O bairro Eldorado, que já foi considerado um dos mais violentos de Diadema, apresenta grande contraste social. De um lado, casas luxuosas com piscinas, belos jardins e carros importados na garagem. Do outro, barracos de madeira, falta de saneamento básico e uma pobreza assustadora.

No condomínio residencial Praia Vermelha, formado por casas de alto padrão, fica a lembrança do bairro de luxo, em que paulistanos construíam suas casas de veraneio para passar os fins de semana. Já o Sítio Joaninha, mostra o Eldorado da desigualdade social, da Diadema construída sem planejamento em que as condições básicas para os moradores não são atendidas.

Hoje, o luxo é ponto isolado no bairro de Diadema, que tenta se recuperar do crescimento habitacional desorganizado das décadas passadas.

Cine Eldorado atrai população

Rapaz prepara o projetor para sessão do único cinema de rua do ABCD
O Centro Cultural Eldorado, entre outras atividade desenvolvidas como dança, oficinas de arte e audiovisuais, oferece aos usuários o único cinema de rua do ABCD, o Cine Eldorado, que atrai muitos moradores da região.

A dona de casa Maria da Conceição Quintero avalia o espaço como uma ótima opção de lazer para toda a família. “O cinema é uma ótima opção para quem não tem condições de pagar para assistir um filme” diz Conceição.

A lanterninha Layza Gabriela de Siqueira diz que o espaço tem a ajuda da comunidade. “Além de fazer sugestão dos filmes, os frequentadores ajudam a manter a conservação do espaço”, diz Layza.

O espaço tem capacidade para atender 132 pessoas e 2 cadeirantes por seção, e tem média mensal de 3.500 pessoas que comparecem às sessões.

Alunos da Unifesp pedem mais opções

O campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), localizado no bairro do Eldorado, atraiu o olhar dos comerciantes para a demanda de serviços que o bairro necessitava e trouxe novos empreendedores para a região. Com a chegada da universidade o bairro ganhou mais um restaurante, além de repúblicas de estudantes e lojas de serviços.

Mas para a estudante de ciências biológicas Taimá Naomi Furuyama, 21 anos, o bairro ainda carece de estrutura para atender os alunos. “O bairro atende nossas demandas, mas não tem opções. Conheço so uma copiadora no bairro ”, diz a aluna.

A técnica em assuntos educacionais Nazareth Junilia Lima afirma que a faculdade está preocupada com a falta de estrutura. “Temos um projeto junto com uma entidade local para atrair investidores para a região”, diz.

Local foi colônia de férias de paulistanos

Criado as margens da represa Billings, um dos maiores reservatórios da região metropolitana de São Paulo, o bairro Eldorado na década de 50 tinha apenas 10% das casas como residências fixas, sendo sua grande maioria casas de veraneio. O bairro era um ponto turístico que atraia pessoas de diversas partes de São Paulo, que buscavam diversão as margens da represa.

Grandes personalidade construíram suas mansões no Eldorado, entre eles Assis Chateaubriand, responsável por trazer a TV para o Brasil.

Outro nome de destaque na região foi o médico alemão Josef Mengele, chamado nos campos de concentração do regime nazista de “Anjo da Morte”.
“Encontrei Mengele em um restaurante aqui no Eldorado, mas não sabia quem ele era. Só depois de algum tempo soube que era um nazista”, diz Jesus Palldo, 71 anos, dono de um tradicional restaurante do bairro.

O bairro era um ótimo local para a pratica do iatismo, e trouxe grandes nomes do esporte para a região.

Devido as atrações náuticas, foi construida em 1953 a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, que até hoje realiza uma grande comemoração com procissão náutica.

Crescimento atrai comércio e lojistas cobram estrutura

Restaurante tradicional do Eledorado, bairro começa a atrair investimento
O centro comercial do Eldorado está passando por uma fase de transformação devido a chegada de novos lojistas à região. O comércio, que era exclusivamente popular, agora abre espaço para lojas de maior porte e com mais estrutura para atender os moradores.

Jadir Riato Silva, comerciante da região, afirma que o Eldorado está em pleno crescimento, mas ainda falta estrutura para atender a demanda. “A demanda de comércio sempre existiu, mas só agora os empresários estão percebendo. O bairro ainda carece muito de estrutura, pois no centro comercial não tem estacionamento, e isto atrapalha muito as vendas”, diz.

Mas o crescimento de novas lojas não incomoda tradicionais comerciantes. “O bairro está crescendo muito, e quanto mais lojas, mais movimento na no bairro”, diz Izaias Barroso, comerciante há 16 anos no Eldorado.

O bairro que recentemente ganhou uma agência bancaria, está sendo cogitado para receber uma grande rede de móveis.

Projetos sociais trazem opções para jovens

Uma das preocupações nas periferias de todo Brasil, são os jovens. Como dar opções para os jovens não se envolverem no mundo do crime, e conseguir ter um futuro digno.

Preocupado com isso, a ONG Rede Cultural Beija Flor desenvolve um trabalho que visa transformar o jovem em uma liderança local, para que ele busque um futuro melhor longe da violência. “Oferecemos apoio escolar, aulas de música, dança, capoeira para que esses jovens criem transformações dentro da comunidade”, diz Djalma dos Santos, vice presidente da ONG.

Outro trabalho de grande importância para o bairro são as ações sociais da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, que atendem 120 famílias com ações dos Vicentinos e 438 crianças com as creches. “Além do trabalho espiritual, realizamos um trabalho para ajudar a comunidade que é muito carente”, diz Odair Ângelo Agostín, pároco da comunidade.

A igreja tem um trabalho de responsabilidade ambiental com 10 toneladas de material reciclado por mês e a reciclagem de óleo de cozinha.

20 de jan. de 2010

HSBC inaugura agência para alta renda

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC

Os correntistas do HSBC de Diadema com renda mensal acima de R$ 5.000 terão novo local de atendimento bancário. A instituição financeira investiu R$ 1 milhão na reestruturação da agência de varejo, na Praça Castelo Branco, no Centro, e a transformou em duas. Uma manterá as finalidades da antiga. A outra atenderá apenas os clientes de alta renda.

De acordo com o diretor nacional de Rede de Agências do HSBC, Odair Dutra, a instalação da unidade Premier Centre ocorreu devido à demanda. "Nós percebemos que o mercado já era favorável estrategicamente para isso", diz. A agência atende cerca de 7.000 clientes, sendo que 500 se enquadram no perfil premier.

A unidade de Diadema é a quarta do segmento alto padrão do banco no Grande ABC. As demais estão em Santo André, São Bernardo e São Caetano. Dutra afirma que a região é muito importante para a instituição, onde existem 19 agências.

No Estado, o banco possui 32 agências para a alta renda e, no País, 84. Até o fim de 2012, a instituição ampliará esta rede para 137 unidades, com investimento estimado em R$ 90 milhões.

O executivo explica que o cliente premier tem atendimento, em sua língua de origem, em qualquer HSBC de alta renda no mundo. E salas, nos próprios bancos, disponíveis para reuniões particulares, com agendamento prévio.

15 de jan. de 2010

Apartamento Breve lançamento

Breve lançamento
Centro
Diadema, SP
1 a 3 dorms - 39 a 61 m2

Rua Coimbra altura do nº 750

construção: TECNISA ENGENHARIA E COMERCIO LTDA

Diadema recebe R$ 36 mi para habitação

A Prefeitura de Diadema e a Caixa Econômica Federal assinaram, ontem à tarde, convênio de repasse do governo federal, por intermédio do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). Ao todo serão mais de R$ 36,2 milhões, sendo R$ 26,8 milhões da União e R$ 9,4 milhões de contrapartida municipal.

Os recursos serão aplicados em obras habitacionais e de urbanização de dez áreas da cidade, o que beneficiará mais de 1,1 mil famílias.

“O projeto resolverá algumas premissas fundamentais de Diadema, como a construção de unidades habitacionais, requalificação de outras e realização da regularização fundiária,que é imprescindível para os moradores.

Portanto, vários problemas habitacionais poderão ser resolvidos a partir desse repasse”, comemorou Márcio Luiz Vale, secretário de Habitação e Desenvolvimento.

Para melhor articulação do projeto, as áreas foram divididas em dois complexos, o Beira Rio, que receberá investimento de R$ 18,2 milhões, e o Santa Elizabeth que terá R$ 18 milhões.

Ambos são formados pelos núcleos habitacionais Santa Elisabete, Pau do Café, Beira Rio, Pablo Neruda, Inverno Verão, Conceição, Jupiter, Yamberê, Antônio Palombo e Novo Habitat. “A grande maioria dessas famílias é de áreas de risco. Com as obras, não apenas realizaremos a verticalização dos espaços, mas trocaremos o padrão urbano de onde essas pessoas vivem, proporcionando maior qualidade de vida e salubridade. É óbvio que teremos de fazer remoções e rearranjos de algumas áreas,
até porque, em alguns casos, as obras serão realizadas no terreno onde as famílias se encontram”, explicou Vale.

Questionado sobre o tempo previsto para a realização do projeto, o secretário esclareceu que as obras serão divididas em
etapas. “A primeira fase dos dois complexos já foi encaminhada para a Caixa e acreditamos que seja licitada ainda neste semestre.

Já o término de toda a intervenção está previsto para dois anos”, afirmou.

fonte: Renato Brasileiro - DIÁRIO REGIONAL

Senai abre licitações para reformas em duas escolas no Estado de São Paulo

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) lançou dois editais de licitação de menor preço para reforma de escolas nas cidades de São Paulo e Diadema. O prazo para entrega das propostas é 12 de fevereiro, e não serão aceitos consórcios.

Em São Paulo, (edital nº 262/2009), a área a ser reformada é de 4.241,55 m ², mais uma área a ser construída de 59,70 m² e outra a ser demolida de 31,03 m². As obras devem ser realizadas em 540 dias corridos e têm preço-base de R$ 8.153.497,46.

Já em Diadema (edital nº 276/09), a área da escola a ser reformada é de 6.948,53 m², mais quatro blocos a serem ampliados com área a construir de 1.150,02 m². As obras devem ser realizadas em 180 dias corridos e o preço-base da licitação é de R$ 5.154.347,31.

Os editais estão disponíveis para retirada na Diretoria de Obras da instituição (DO/GCLO), na Avenida Paulista, 1313, 3º andar, São Paulo. As garantias comerciais de ambas as propostas devem ser entregues até o dia 11 de fevereiro. As propostas em si devem chegar à Diretoria de Obras no dia 12, até 9h30 para a obra em São Paulo, e até 12h00 para obra em Diadema.

fonte: Luciana Tamaki - Editora PINI

9 de jan. de 2010

Fundos da Petrobras podem beneficiar empresas da região

A Petrobras começa o ano de 2010 como cotista em dois novos fundos destinados a financiar a custo mais baixo os fornecedores da estatal, com adiantamentos às empresas que podem chegar a R$ 4 bilhões. O instrumento aplicado é o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que antecipa ao fornecedor os recursos a serem recebidos pelas vendas à Petrobras.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema esta é uma ótima oportunidade para empresas de Diadema e da região ampliar negócios com a Petrobras ou se tornar um futuro fornecedor. “Tem um novo circulo de investimento se formando no setor do petróleo e do gás natural e a nossa base empresarial tem todas as condições técnicas de participar desse círculo”, disse o secretário.
O primeiro FIDC, já em funcionamento, é comandado pelo HSBC, com capital de R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões colocados pela Petrobras. O segundo fundo de investimento que começar a operar nos próximos dias está com o banco Pactual. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, outros seis fundos do gênero estão em análise pela estatal.

"Nossos fornecedores, principalmente pequenas e médias empresas, pagam juros muito elevados, que chegam a 200% do Certificado de Depósito Interbancário, o CDI. Com o FIDC, as empresas fornecedoras podem obter capital de giro a um custo em torno de até 1,3% acima do CDI, disse Barbassa ao jornal Valor Econômico em entrevista.

A medida reduz o risco de que empresta e de quem recebe o empréstimo porque o custo do financiamento é pago pela Petrobras. Além de pagar menos pelo capital de giro, a empresa não paga IOF, porque a operação com o FIDC é registrada como uma venda de ativos. Pelo mesmo motivo, a empresa contabiliza a operação como "adiantamento de receitas futuras", evitando aumentar a coluna de passivos de seu balanço patrimonial.

A redução de custos para fornecedores tem o objetivo, também, de estimular mais empresas a produzir para a estatal, afirma Almir Barbassa. Ele informa que a Petrobras trabalha intensamente para ampliar seu cadastro de fornecedores e que o Petronet, canal de compras eletrônicas da estatal, já tem 57 mil empresas listadas.

Os empresários interessados em fornecer à Petrobras procurem as páginas de internet da estatal para se cadastrar e conhecer as demandas da empresa. Elas podem ser encontradas pelos sites www.petrobras.com.br, no atalho para "canal fornecedor" ou no portal do Prominp, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, www.prominp.com.br.


Fonte de informações: Valor Econômico e Blog da Petrobras www.blogspetrobras.com.b

Registros de Paraitinga serão recuperados página por página em Diadema.

A história das pessoas que nasceram, se casaram ou morreram em São Luiz do Paraitinga, cidade a 182 km de São Paulo e destruída pelas chuvas na virada do ano, foi transportada de caminhão para o município de Diadema, vizinho à capital paulista. É lá que cerca de 160 livros com os registros civis dos moradores, cujas datas remetem a 1875, passarão por um cuidadoso e demorado processo de restauro.


A oficial titular do cartório de registro civil da cidade, Lara Lemucche Cruz, 30 anos, passou a tarde de quarta-feira empilhando os livros na calçada para o transporte. Entre eles, estavam 72 de nascimento, 46 de óbito e 39 de casamento, além de outros três de registros diversos. Resignados, alguns moradores que têm o seu nome inscrito naqueles livros pararam para ver a cena. Estima-se que 80% das mais de 50 mil folhas possam ser recuperadas.

O trabalho de recuperação é delicado e será feito página por página. Lara afirma que não sabe ainda como será o recomeço de seu trabalho. "É um cartório pequeno, mas tem a história dos registros de toda a cidade aqui. Espero que consigam salvar muita coisa, mas certamente não conseguiremos salvar tudo", diz.

Segundo ela, de três anos para cá, aqueles que requisitaram, por exemplo, a segunda via de uma certidão, tiveram o documento microfilmado. "Mas a grande maioria do que tínhamos aqui, não tem registro eletrônico. Nunca imaginamos que pudéssemos enfrentar uma enchente desse tamanho. Para se ter uma idéia, o cartório ficou todo coberto pela água. Nada do que estava lá dentro escapou."

Um dos encarregados pelo transporte e restauro dos livros é Leno Zan de Souza, 34 anos. Experiente no trabalho, diz que é a primeira vez que que se depara com um volume desta dimensão. Ele ainda não sabe com o tamanho da equipe que vai contar, mas espera que o grupo seja grande o suficiente para que o trabalho possa ser executado de maneira mais rápida.

"Os livros precisam ser desmontados e as folhas separadas uma a uma. Aí são lavadas com um produto químico especial e colocadas para secar. Nesse momento, as páginas que rasgaram também são reconstituídas. É dada uma capa nova aos livros. Acredito que até 80% do material que está aqui possa ser recuperado", diz.

fonte: Vagner Magalhães - Terra