11 de ago. de 2010

Emprego industrial em SP cresce 0,4% em julho, recorde para o mês, diz Fiesp

Mesmo registrando acomodação no ritmo da utilização da capacidade produtiva, a indústria paulista não parou de contratar e fechou o mês de julho com criação de 12,5 mil empregos, alta de 0,4% em relação ao mês anterior.

O avanço é o maior registrado para um mês de julho desde 2005, ano em que a série começou a ser elaborada, informou nesta quarta a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 

Neste ano, a indústria paulista já preencheu 167,5 mil vagas, saldo positivo de 7,15%, melhor resultado desde 2006.

Setores
A Fiesp registrou aumento de empregos em 17 dos 22 setores industriais. Com incremento em 1,9%, o setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos foi o que mais abriu vagas, pelo segundo mês consecutivo. Do lado das baixas, o segmento de máquinas, aparelhos e materiais elétricos registrou a maior, recuando 1,3% no mês. 

Regiões
Das 36 Diretorias Regionais, apenas sete fecharam vagas. Matão lidera a lista de contratações, com alta de 2,95%, seguido por França, com 2,53%, e Diadema, com 2,11%. Botucatu (-1,5%), São Carlos (-1,25%) e Jau (-1,15%) foram as regiões que mais fecharam vagas.

fonte: Helton Simões Gomes - eBand

Bebês de São Bernardo virão ao mundo em Diadema


Com a decisão da Secretaria de Saúde do Estado de não mais absorver a demanda de partos da região pelo Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, São Bernardo passa a contar com respaldo do Hospital Estadual Serraria, em Diadema. A mudança foi aprovada pelo Colegiado de Gestão Regional, que reúne os secretários de Saúde do ABCD e representantes da Secretaria de Saúde do Estado.
O secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, garante que a qualidade no atendimento às gestantes e bebês será mantida. "O Hospital Serraria já recebia parte de nossas parturientes, e é um estabelecimento que tem plenas condições de assumir maior número de partos", afirma.
De acordo com o secretário, com a construção do Hospital de Clínicas no bairro Alvarenga essa situação será revertida. Com previsão de início das obras para o final deste mês, o novo equipamento de saúde terá como um dos principais benefícios a reorganização do sistema hospitalar de são Bernardo, consolidando os perfis de cada estabelecimento. Dessa forma, o HMU (Hospital Municipal Universitário) se firmará como unidade de excelência do cuidado em saúde materno-infantil, ao passo que o Anchieta assumirá sua vocação no tratamento oncológico e clínicas cirúrgicas. 

Já o Pronto-Socorro Central, por sua vez, será transformado em Hospital de Urgência e Emergência. A entrega do Hospital de Clínicas está prevista para o final de 2012.
Como a capacidade da maternidade do HMU é de cerca de 300 partos por mês, dos sete municípios da região, São Bernardo era o que mais transferia partos para o Mário Covas. Em junho, a Central de Regulação de São Bernardo encaminhou 124 partos para o Hospital Mário Covas e 58 para o Serraria.

fonte: Agência BOM DIA

10 de ago. de 2010

DIADEMA QUER ATRAIR INVESTIMENTOS DO PRÉ-SAL

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema planeja criar um PDS (Plano de Desenvolvimento Setorial) para impulsionar o setor de petróleo e gás na Região. O objetivo é capacitar empresas interessadas em serem fornecedoras de produtos e serviços da Petrobras, visando os investimentos anunciados pela estatal para a exploração da camada de petróleo pré-sal no País. O programa funcionará de modo semelhante ao PDS dos setores de plástico e borracha, em atividade há seis meses no município, que prevê melhorias na produção e gestão das indústrias.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema, Luis Paulo Bresciani, calcula que a implementação do programa para o setor de petróleo e gás custará cerca de R$ 1 milhão e beneficiará 200 empresas num período de dois anos. O alvo do programa setorial são empresas de pequeno porte, que faturam até R$ 10 milhões por ano, conforme classificação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Para viabilizar a iniciativa, o secretário pretende estabelecer parcerias e negociar os recursos com o governo federal e bancos de fomento. Além disso, atender às necessidades de especificações, procedimentos e requisitos da Petrobras. No entanto, o diálogo com a estatal está inviabilizado, temporariamente, por conta da oferta pública de ações da Petrobras, que a impede de se envolver em novas iniciativas.

De acordo com Bresciani, o cenário que a exploração do pré-sal abre para o ABCD é otimista, mas, as ações precisam ser tomadas agora para quando os primeiros resultados da exploração na Bacia de Santos começarem a aparecer, entre 2011 e 2012, as empresas estejam em condições de atenderem à demanda. “Quem não aproveitar a oportunidade pode perder o bonde”, indica o secretário.

Com o PDS, as empresas do ABCD serão capacitadas a usar o parque instalado ou ampliá-lo para serem fornecedoras da petroleira. Por atenderem o setor automotivo, as indústrias da Região já têm conhecimento e mão-de-obra qualificada para produzirem para o setor de petróleo e gás. “A adaptação é perfeitamente possível para a cadeia de refino do petróleo. Porém, o setor precisa se capacitar para melhorias do processo produtivo, planos de implementação de novos equipamentos e até qualificação profissional específica para um novo setor”, afirma o presidente da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São Bernardo, Mauro Miagutti.

Recursos - Desde março – período em que se delinearam as primeiras tentativas de impulsionar o setor metalmecânico para uma nova demanda, com a realização de eventos na Região para a discussão das novas oportunidades de negócios – 137 empresas do ABCD foram cadastradas e poderão ser fornecedoras da Petrobras. O número é baixo dentro do universo de três mil empresas do setor metalmecânico instaladas na Região. Quatrocentas delas estão instaladas em Diadema. 

A Petrobrás anunciou investimentos de R$ 250 bilhões em projetos até 2014 e mais R$ 462 bilhões a partir de 2014. Os recursos fazem parte do plano de negócios da companhia, que está na fase de desenvolvimento e que envolve 645 projetos. “Obviamente, isso representa um potencial de negócios para as empresas de Diadema e da Região. Se pensamos que Diadema é uma das principais bases industriais do País, podemos concluir que temos um ótimo posicionamento para receber parte importante desses recursos”, considera Bresciani. 

Para o diretor executivo da Abimaq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas) para o setor de petróleo, gás, bionergia e petroquímica, Alberto Machado Neto, as empresas do ABCD têm condições de serem fornecedoras da estatal e principalmente explorar nichos importantes como do subfornecimento. De acordo com o executivo, é o momento das empresas pensarem na ampliação do parque instalado.

Machado lembra que a Finep lançou recentemente edital destinando R$ 100 milhões para financiar projetos que desenvolvam produtos e soluções tecnológicas para atender aos desafios na produção do pré-sal.


Pré-Sal Petróleo vai controlar contratos de exploração

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou, nesta semana, a estatal do pré-sal, a Pré-Sal Petróleo S/A. A empresa será responsável pela administração dos contratos de exploração da camada de petróleo do pré-sal. A estatal estará vinculada ao Ministério de Minas e Energia, representará a União e será responsável por autorizar as licitações relativas à exploração do produto. A estrutura da empresa será de, no máximo, 130 funcionários, sendo todos contratados por concurso público, à exceção dos cargos de diretoria.

O coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, considera desnecessária a criação da nova empresa. “A Petrobrás poderia desempenhar este papel”, afirma.  Para Moraes, a administração deve estar em sintonia com o que ocorre no País. “Caso não seja alinhada com o governo, corremos riscos”, acredita. 

Neste momento, de exploração de novas descobertas, Moraes avalia que é mais importante discutir a questão da nacionalização da produção do pré-sal e da utilização de recursos disponíveis  na outra ponta da cadeia produtiva, principalmente no setor plástico, que gera empregos. “O Brasil não deve ser exportador de produto refinado, como o óleo, por exemplo”, aponta.(NC)


fonte: Niceia Climaco - JORNAL ABCD MAIOR

9 de ago. de 2010

Piloto de Diadema tem apetite de sobra


Suor, poeira e quilometragem de sobra na bagagem da competição off-road mais difícil do País. Amable Barrasa, da equipe Autoliner, de Diadema, será o principal representante do Grande ABC na edição deste ano do Rali dos Sertões. Ele disputa a categoria caminhões e está confiante em alavancar estatísticas.
Bicampeão em 2005 e 2006, ele terminou em segundo lugar nos três anos seguintes. Em 2009, na liderança do último dia de percurso e com 14 minutos de vantagem sobre o segundo colocado, um pneu estourado colocou fim ao sonho do tricampeonato. "A falha técnica que custou o título foi difícil de ser esquecida. Um furo (no pneu) foi mais audaz que todo nosso cronograma", afirmou o piloto.
Passado o trauma - e a falta de sorte - neste ano a principal preocupação foi justamente reforçar aspectos de planejamento e apoio para finalmente voltar a ocupar o primeiro lugar do pódio.
"Conseguimos estruturar todos os elementos técnicos com mais eficiência. Este trabalho preventivo é essencial para que tudo corra bem. Não aguento mais essa história de terminar em segundo lugar", brincou o piloto.
O percurso desta edição começa em Goiânia, amanhã. Passa por Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, Piauí e termina em Fortaleza (dia 20). A prova terá o recorde de 52,7% dos trechos cronometrados. O trajeto total da competição é de 4.486 quilômetros, com roteiro semelhante ao da edição de 2004, mas as surpresas do trajeto irregular certamente estarão renovadas.
"Cerca de 95% do caminho será inédito. Conheço algumas cidades e vilarejos que passaremos. Já sei que os dois primeiros dias serão disputados totalmente na areia. E o bom aproveitamento neste terreno vai ser providencial para nossa estratégia", explicou.
Barrasa competirá novamente com um caminhão Ford F-4000 na categoria leve (até 3.800kg).
A seu lado no bólido, estarão o navegador Rafael Bettoni e o segundo piloto/mecânico Marcos Macedo. O piloto reitera que adotar qualquer filosofia do tudo ou nada nem sempre é bom caminho. "Vale a velha receita de manter a constância diária e andar sem sacrifícios. Quem souber aproveitar melhor o planejamento e não perder a cabeça nos dias sem manutenção (quando os mecânicos não podem consertar os veículos), volta pra casa com o título", afirmou Barrasa.
Lenilton Araújo pronto para faturar título inédito nas motos
Além de estratégia bem montada, os atributos físicos são exigidos o tempo todo entre as motos. E o Grande ABC vai ser representado pelo piloto Lenilton Araújo (equipe Off-Rush), de São Caetano, na categoria Super Production Aberta, que cravará a oitava participação na prova. Araújo foi vice-campeão em 2006.
"Depois de tantos dias difíceis, a mente volta oxigenada, mas o corpo moído. Claro que todos vão para ganhar. Mas no fim, o que vale mesmo é terminar a prova", brincou.
O piloto categorizou o trajeto da vez como "tecnicamente mais difícil". O desenho aponta maior número de etapas curtas em terrenos irregulares. "Isso exige planilhagem apurada, o que na prática não dá para seguir totalmente a risca. Quem souber improvisar bem, leva a melhor", explicou.
Araújo lidera o Campeonato Brasileiro de Rali Baja. Ele também engrossou o coro de grande parte dos pilotos ao destacar a estrutura de equipe detalhada como diferencial para o sucesso em competições como o Sertões. "Vitória tem de ser sinônimo de profissionalismo. Quem pensa mais, sofre menos".
Médico da região integra grupo de socorro 
Das loucuras da selva de pedra para as entranhas do sertão brasileiro, a ideologia não muda na rotina de quem tem a salvação por obrigação. E o médico socorrista William Reinberg Silva, 37 anos, do Grau (Grupo de Resgate e Atendimento de Urgência), de São Caetano, está pronto para sair da habitualidade urbana e encarar o desafio dos socorristas no Rali dos Sertões.
A dificuldade tradicional do percurso e o índice elevado de acidentes serão novamente a constante. "O limite será testado sem trégua, e não só de quem compete. A equipe do primeiro atendimento tem de estar preparada para tudo. E nem sempre é fácil lidar com surpresas", disse Silva.
Toda logísitica para o evento será definida apenas na véspera. Mas pelas experiências da cidade, William sabe bem o que terá pela frente. "Motos e quadriciclos certamente serão o maior problema. As fraturas mais sérias são causadas pela desaceleração brusca. E quando o terreno é irregular, complica bem mais."
fonte: 

Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC


8 de ago. de 2010

Paulistanos trocam capital por região do 'ABCDOG'

"Venha morar no melhor condomínio-clube de São Paulo, com 60 mil m², infraestrutura completa de transporte e lazer." O anúncio, em um folheto de uma grande construtora, peca por não informar um detalhe: o tal empreendimento não fica em São Paulo, mas em Osasco, a 30 quilômetros da Praça da Sé. É apenas um exemplo de um fenômeno que está mudando a dinâmica de toda a Região Metropolitana e causando discussões entre urbanistas, empresários e vereadores: São Paulo está se mudando para os seus vizinhos.
Por causa da falta de terrenos e entraves na legislação municipal, a capital vê uma tendência inédita. Até o ano passado, São Paulo sempre concentrou a maioria dos lançamentos imobiliários - na pior das hipóteses, a capital registrava 70%, 60% das vendas, enquanto a Região Metropolitana registrava, no máximo, 40%. Nos cinco primeiros meses do ano, segundo dados do Sindicato da Habitação (Secovi), a balança se inverteu pela primeira vez na história. Cerca de 53% das vendas de lançamentos estão na Região Metropolitana - principalmente Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Osasco e Guarulhos, área conhecida agora pelas suas iniciais: ABCDOG. 
fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO

Prefeitura de Diadema inicia diagnóstico do setor plástico


Em evento que reuniu empresários das indústrias de plástico e da borracha, a Prefeitura de Diadema deu início ao plano para diagnosticar o estágio atual das pequenas indústrias desses setores no município.
A intenção da administração municipal é conhecer melhor como é a gestão, os processos de produção, o nível tecnológico, os custos e a sistemática de compras das empresas, por exemplo, para desenvolver cursos e consultorias para essas companhias.
O diagnóstico, que será feito de forma gratuita e deve levar 45 dias para ficar pronto, faz parte do PDS (Programa de Desenvolvimento Setorial) para esses segmentos, realizado pela prefeitura em conjunto com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) e Sindibor (Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo).
Lançado em fevereiro, o programa destina-se a ampliar a competitividade das pequenas indústrias. Conta com aporte de R$ 520 mil, feito pelas três entidades parceiras na iniciativa.
Até agora já houve a adesão de 32 empresários no plano do levantamento do estágio atual dos negócios do segmento. Estes vão responder questionários e receber consultores para o levantamento de como estão seus estabelecimentos.
Um dos participantes é Terigi Martinelli, da Arniflex Borracha, fabricante de autopeças. Para ele, é importante saber o que pode ser aprimorado do ponto de vista tecnológico. "Sem equipamentos modernos não se consegue acompanhar a concorrência, o mercado é competitivo", afirma o empresário.
Segundo o diretor do Departamento de Articulação e Desenvolvimento Empresarial de Diadema, Cássio Morelli, o diagnóstico fucionará como uma fotografia do estágio das indústrias e permitirá a formatação de programas de capacitação desenhados para atender às necessidades desses setores, que são importantes para a economia local.
fonte: Leone Farias

Do Diário do Grande ABC




Diadema vota criação de time de futebol

Depois de 15 dias de recesso, a Câmara de Diadema volta, hoje, às atividades. Dentre os itens que passarão por primeira discussão e votação está o projeto do Executivo que dispõe sobre a criação de time profissional do município. "O futebol está no coração e na alma do povo brasileiro. Como não poderia deixar de ser, em Diadema é grande a expectativa em relação à criação de um time profissional", destacou o prefeito Mário Reali (PT) na justificativa enviada a Casa.

O chefe do Executivo afirmou que, há vários anos, o assunto está em discussão, visando a criação de equipe capaz de disputar torneios estaduais e nacionais. "Entretanto, todas as alternativas de se constituir uma entidade desportiva que pudesse ter essa característica foram infrutíferas", pontuou Reali.

Segundo o líder de governo, Orlando Vitoriano (PT), o texto visa apenas oficializar o que já existe. "O time foi criado em abril por uma empresa privada. Porém, para que possa disputar partidas no município, é necessário que o projeto seja aprovado na Câmara", ressaltou. "Queremos também fomentar a inclusão social de jovens de baixa renda, para que possam adquirir formação como atletas de alto rendimento e agregar a cultura e o lazer aos moradores do município", destacou Reali.

Para o presidente do Legislativo, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), a criação de uma equipe na cidade era um sonho antigo. "Queremos aprovar (a propositura) no mesmo dia, pois é sonho para nossa cidade ter um time disputando campeonatos no país", destacou Maninho.

De acordo com o texto enviado à Câmara, no convênio firmado com o clube, o município não repassará valor financeiro à entidade, mas cederá espaços, praças e equipamentos desportivos para a prática da atividade.

De volta ä

Vereador de Diadema pela quinta vez, José Queiroz Neto, o Zé do Norte (PT), volta ao Legislativo depois de ter se afastado por problemas de saúde. "Agora, (Zé do Norte) já está bem melhor e pronto para voltar ao batente", afirmou o filho do parlamentar, Josemundo Dário Queiroz, o Josa, que também é presidente do PT municipal.


fonte: FERNANDO VALENSOELA
DE DIADEMA PARA O DIÁRIO REGIONAL

5 de ago. de 2010

SP terá 1º incinerador de lixo doméstico

A cidade de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, terá a primeira usina de incineração de lixo doméstico do Brasil. A estrutura vai ocupar a área do antigo Lixão do Alvarenga, na beira da Represa Billings, e vai gerar 30 megawatts por hora de energia elétrica. Ao lado, será criado um parque e haverá remoção de parte da população que hoje mora em cima do antigo lixão, uma área de risco de explosão e deslizamentos.
A usina terá capacidade para receber 1 mil toneladas de resíduos domésticos por dia. A energia gerada - 30 megawatts/hora - será suficiente para abastecer diariamente uma cidade de 300 mil habitantes. A obra inclui um setor de separação dos resíduos orgânicos e para reciclagem e está orçada em R$ 220 milhões.
Hoje na cidade de São Paulo há duas usinas de geração de energia por meio do lixo, nos aterros Bandeirantes (zona norte) e São João (zona leste). No entanto, esses funcionam com aproveitamento de gás metano gerado pelos resíduos. A novidade é o incinerador de lixo doméstico. Existem apenas usinas para incinerar lixo hospitalar e industrial no País.
"O sistema, além de fazer a queima da parte do lixo que não pode ser aproveitada, tem também o reaproveitamento de todo resíduo possível, até da fração orgânica", explica o professor Elcires Pimenta Freire, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e coordenador do plano de resíduos sólidos da cidade. O modelo escolhido mescla tecnologias da Alemanha, Holanda e Espanha.
O secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, diz que o edital deve ser lançado em breve. A expectativa do prefeito Luiz Marinho (PT) é que o início da operação seja em 2012. A cidade gasta R$ 14 milhões por ano para descartar 650 toneladas de lixo por dia num aterro sanitário no município de Mauá. Para Buso, os gastos não serão superiores aos de hoje.
Remediação. A área do bairro Alvarenga no limite com Diadema abrigou um lixão de 1971 a 2001. No dia 13 de abril, o Estado lembrou que o bairro tem condições similares às do Morro do Bumba, em Niterói, que deslizou por causa da chuva e do acúmulo do lixo. Em Niterói, 51 pessoas morreram. Em São Bernardo do Campo, centenas de famílias temem o mesmo destino.
A área de 700 mil metros quadrados nunca teve um sistema de condução dos efeitos colaterais do acúmulo de lixo sob a superfície: gases e chorume. O metano também fica preso no solo, aumentando a cada dia o risco de explosões. Já o líquido que resulta da decomposição dos resíduos vai direto para a Represa Billings, a 200 metros do local.
O projeto de construção da usina e do parque atende a medida judicial que condenou as prefeituras de São Bernardo e Diadema e os donos do terreno a remediar o problema ambiental. Parte das 200 famílias que moram no terreno será removida.
A prefeitura estima que sejam necessários R$ 20 milhões para fazer a canalização de drenagem dos gases e captação do chorume. Os trabalhos devem começar em setembro, com conclusão prevista para o fim de 2011.
O ambientalista Virgílio Alcides Farias, que defende a desativação do Lixão do Alvarenga, acredita que a criação da usina é uma boa notícia. "Está dentro do que se chama de ação sustentável. Mas é preciso manter um monitoramento contínuo e seguir as normas existentes de controle, principalmente na emissão de gases." A prefeitura afirma que o modelo de usina de São Bernardo segue as diretrizes estaduais para o tratamento térmico de resíduos sólidos.
fonte: Eduardo Reina - O Estado de S.Paulo

4 de ago. de 2010

Incubadora de Diadema abre inscrições para negócios solidários

Criada em novembro de 2009, por meio de projeto aprovado na Câmara, a Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários de Diadema começa a virar realidade. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município abriu inscrições, até a próxima terça-feira, para que negócios coletivos ou familiares recebam assessoria e acompanhamento técnicos.

Inicialmente, a incubadora vai acompanhar oito empreendimentos, e a expectativa é a de beneficiar cerca de 200 trabalhadores. Os negócios serão assistidos pelo período de dois anos e, entre os contemplados, estarão iniciativas ligadas aos segmentos de reciclagem e reutilização de resíduos, confecção, alimentação e construção civil. 

As inscrições devem ser realizadas no Departamento de Políticas de Trabalho e Economia Solidária da prefeitura (localizado à rua Amélia Eugênia, 397) e no Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda (à rua Professora Vitalina Caiafa Esquivel, 101). Outras informações podem ser obtidas por meio dos telefones 4057-7421/8030.

“O objetivo é dar prioridade aos empreendimentos já em funcionamento”, disse o diretor do departamento, Romeu Batista Pereira Lemos, destacando que a incubadora tem como propósito criar oportunidades de trabalho decente para a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica, além de reduzir a mortalidade de negócios solidários e populares.

Segunda quinzena ä
A seleção dos empreendimentos deve durar uma semana, e o início dos trabalhos está previsto para a segunda quinzena de agosto. Lemos comentou que a equipe multidisciplinar da incubadora reúne oito profissionais, entre os quais psicólogo, sociólogo, técnicos ambiental e de gestão. Segundo o projeto aprovado, a iniciativa custará R$ 125 mil aos cofres públicos este ano.

Entre as atividades previstas figuram assessoria de gestão, desenvolvimento de produtos, melhoria dos processos contábeis, apoio à formalização dos empreendimentos e realização de oficinas de cooperativismo. “A expectativa é a de que as ações resultem na melhoria da produtividade e no aumento da sustentabilidade econômica dos negócios”, ressaltou Lemos.


fonte: ANDERSON AMARAL 
DE DIADEMA PARA O DIÁRIO REGIONAL

REALI APRESENTA EXPERIÊNCIA SOBRE GESTÃO URBANA EM BRASÍLIA

O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), participa nesta quarta-feira (04/08) em Brasília de seminário promovido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. O tema é Gestão Ambiental do Espaço Urbano - Desafios e Oportunidades. Os ministros Márcio Fortes (Cidades)e Izabella Mônica Vieira Teixeira (Meio Ambiente) participam do evento.

Reali apresentará a experiência de Diadema na área de urbanismo. O município, que possui a segunda maior densidade demográfica do país, tem encontrado soluções inovadoras para dar respostas à questão da moradia, por possuir um grande número de núcleos habitacionais, ao mesmo tempo em que repensa seu território para acomodar o crescimento industrial que experimenta nestes últimos anos. Com cerca de 30 km², a cidade ainda possui grande parte de seu território em área de proteção de mananciais.

A proposta do seminário é reunir especialistas da área acadêmica, técnicos e administradores públicos para que possam debater sobre os desafios que o País encontra na gestão do desenvolvimento urbano. Também serão discutidos aspectos da legislação ambiental para que possam ser repensadas estratégias e mudanças que observem as condições atuais vivenciadas pelos municípios brasileiros. Neste aspecto deve-se levar em conta a construção da sustentabilidade em consonância com o desenvolvimento econômico e social das cidades.

Experiência - Diadema tem experimentado mudanças importantes nestes últimos anos em virtude da política de habitação e desenvolvimento urbano realizada pelo poder público municipal. As condições de vida em Diadema apresentavam baixa cobertura de serviços públicos e infraestrutura urbana até a década de 1980.  Apenas 20% da malha viária da cidade possuía pavimentação, 14% da cidade era coberta por rede coletora de esgoto e 50% por serviço de água. De 1983 em diante foi possível também observar o aumento progressivo do número de favelas em Diadema.

Aproximadamente 63 mil pessoas já foram beneficiadas pelos projetos de urbanização nesses últimos 30 anos. O salto na área de habitação de interesse social em desenvolvimento do município tem sido apontado como referência no país e no mundo.  Em 1996, o programa de urbanização da cidade foi apresentado como uma das ações mais eficazes de urbanização de favelas do mundo na Conferência de Assentamentos Humanos Habitat II, promovida pela Organização das Nações Unidas, (ONU), em Istambul (Turquia).

Em 2008, o município também foi escolhido por suas boas práticas em habitação para representar o Brasil, ao lado de mais oito países, em publicação do Instituto Polis. A entidade coordena na América Latina o LogoLink - Grupo de Aprendizagem sobre Governança Local da Fundação Ford e o Institute of Development Studies da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Em 2009, Diadema recebeu várias delegações internacionais, para conhecer as experiências do município no setor. Em 2010, acontece a inauguração de 254 unidades que deram início ao processo da transformação da favela Naval, marco do movimento de moradia, em novo bairro da cidade.

fonte: JORNAL ABCD MAIOR