A junção inédita entre as empresas Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deve demorar mais alguns meses. O prazo para formação de uma nova empresa de saneamento em Diadema termina nesta terça-feira (30/06) e será prorrogado por alguns meses.
A prorrogação tem se dado pela falta de entendimento nas questões financeiras e na formação jurídica da nova empresa. Outro motivo é a divergência na divisão de poder. Essa é a segunda vez que as duas empresas adiam a formação da nova agência de saneamento.
A Prefeitura de Diadema, maior detentora de ações da autarquia, não deve abrir mão da presidência. Por outro lado, a Sabesp poderá deixar a diretoria para o Executivo, porém pleiteia a maioria no Conselho Consultivo.
Atualmente, o Conselho da Saned é formado, em sua maioria, por petistas. Um dos integrantes é o presidente do diretório municipal do PT e chefe de Gabinete da Prefeitura, Antonio Fidélis.
Para o diretor administrativo da Saned, Antonio Carlos dos Anjos, é consenso na Administração que para se manter na presidência terá de abrir mão de parte do Conselho. “Quem permanecer na presidência, perderá parte do Conselho. Provavelmente, a divisão será de 50% para cada empresa e até o poder deve ser paritário”, disse.
O diretor afirmou que as negociações estão avançando. “Não temos nenhum problema. A transação está tranquila e tenho certeza de que chegaremos a um acordo compatível para os dois lados”, opinou Anjos.
A Câmara de Diadema deve realizar uma reunião com a diretoria da Saned para acompanhar a transição. “A informação que tenho é que a Saned já tem toda documentação e agora só é preciso chegar a um acordo. Falta pouco”, disse o líder do governo na Câmara, Laércio Soares (PC do B).
A assessoria da Sabesp foi procurada, mas até o fechamento da reportagem não deu retorno.
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