20 de jul. de 2009

De ônibus a monotrilho: melhoria no transporte urbano

Além de mais trens e metrôs, a melhoria da mobilidade nas cidades brasileiras para a Copa do Mundo, em 2014, vai incluir a construção de corredores de ônibus rápidos, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit). Em São Paulo, o BRT foi aplicado nos trechos 1, 2 e 3 do Expresso Tiradentes, entre o Terminal Parque Dom Pedro e o Terminal Vila Prudente, e transporta 55 mil passageiros por dia. Há estudos para a implementação do modelo em Belo Horizonte e Recife, onde também haverá jogos.

Em São Paulo, o BRT está previsto no corredor Celso Garcia, que fará o percurso entre São Miguel Paulista, no extremo leste, e o Centro. O corredor terá 25 km de extensão, 70 pontos de parada e atenderá 450 mil passageiros/dia. O projeto está em fase de elaboração de edital de licitação e ainda não tem data para começar a ser construído.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) construirá três corredores de ônibus até o fim de 2010, com investimento de cerca de R$ 450 milhões. Eles também serão importantes para a integração com a rede sobre trilhos durante a Copa de 2014. O primeiro a ser inaugurado, no primeiro semestre de 2010, ligará o Terminal Metropolitano de Diadema à avenida Roque Petroni Júnior, no Brooklin. O corredor, de 12 km, será exclusivo para trólebus e fará a integração com a estação de trem Morumbi, da CPTM.

O corredor também será integrado a um monotrilho que ligará a estação São Judas do Metrô até a estação Morumbi da CPTM, previsto para 2013. O primeiro trecho do monotrilho, entre a estação São Judas e o Aeroporto de Congonhas, será inaugurado até o fim de 2010. Outro corredor da EMTU, de 18,5 km, interligará o bairro Taboão, em Guarulhos, e a estação Tucuruvi do metrô, em São Paulo. Na terceira fase o corredor deve se estender até a Penha, na zona leste de São Paulo. Inicialmente previsto para conectar os municípios de Jandira e Itapevi, até o fim de 2010, o terceiro corredor que será construído deverá chegar à estação Butantã, da linha 4-Amarela do Metrô.

Integração
Segundo o urbanista Jaime Lerner, o BRT é essencial para a integração com a rede sobre trilhos. Segundo ele, é necessário que os corredores não sejam apenas pistas exclusivas, com possibilidade de ultrapassagem. Para que sejam ágeis, a cobrança de passagem tem de ser feita na estação de embarque e não na roleta. A SPTrans e a EMTU estudam esse tipo de cobrança antecipada para os corredores em São Paulo.

"É uma forma de 'metronizar' o ônibus, para que eles se integrem com a rede sobre trilhos, sem serem concorrentes", disse Lerner. Segundo ele, o BRT, em capacidade máxima, transporta 300 mil passageiros/dia e se aproxima da demanda do metrô, de mais de 400 mil passageiros/dia. O custo de construção de um quilômetro de metrô custa, em média, R$ 200 milhões, contra R$ 11 milhões/km de BRT. Para o engenheiro Wagner Colombini, que implementará sistemas BRT em seis cidades da África do Sul para a Copa de 2010, essa equação pesará na hora de o governo decidir como melhorar a mobilidade. "Não há dinheiro para construir rede sobre trilhos em todas as cidades. A maioria delas terá BRTs."

Fonte: Diário do Comércio

Indústria de cosméticos cresce e dribla crise financeira no País

A crise financeira mundial, que assombrou diversos setores no fim de 2008 e início deste ano não fez com que as vendas dos itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos caíssem. Pelo contrário. De janeiro a junho, o crescimento dessas vendas foi estimado em 18%, ante o mesmo período de 2008, segundo a Abihpec ( Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Apesar de não ser definitivo, "o resultado no fim do ano poderá ser ainda maior", afirmou o presidente da associação (que congrega empresas, as quais representam 90% da produção nacional), João Carlos Basilio.

No Grande ABC, o cenário não se mostra diferente. Segundo o Polo de Cosméticos de Diadema, que congrega 70 empresas da região, o primeiro semestre apontou crescimento de 5% nas vendas.

O diretor comercial da I.B.A, de Diadema, fabricante aerossóis, Amauri Albiero, explicou que o setor de cosméticos foi o único que permaneceu estável, com resultados positivos. "A crise quase passou despercebida pelo nosso setor. Evidentemente, algumas empresas sentiram queda nas vendas, mas logo se recuperaram."

O presidente da Abihpec mencionou que o resultado é fruto de três fatores:o não comprometimento da renda do trabalhador, bem como de seu crédito. Além disso, esses itens são de uso diário da população, de primeira necessidade. Outro ponto é que. o setor continuou a investir na melhoria dos produtos e em lançamentos.

Há 15 anos instalada em Diadema, a empresa Arte dos Aromas, especializada em produzir cosméticos orgânicos e naturais, decidiu abrir novos mercados para exportação durante a crise, além de buscar uma certificadora francesa para os itens. "Dessa forma criamos um diferencial tanto para o mercado interno como o externo", citou Geysa Rosa Belém, diretora comercial da companhia.

Outro exemplo é a Di Larouffe, também com 15 anos de mercado. A empresa que representa itens de cosméticos, perfumaria e maquilagem lançará cerca de seis produtos neste semestre. "Sentimos os efeitos da crise, mas estamos recuperando as vendas desde maio. Por isso, não deixamos de investir", disse Janete Paulina da Mota, diretora comercial da empresa de São Bernardo.

Para os próximos meses a expectativa é ainda melhor. "Como tradicionalmente o segundo semestre traz aceleração no ritmo de vendas, tudo indica que neste ano o crescimento real (descontando a inflação) do setor será de 11% ou até maior", disse o presidente da Abihpec.

"O início do ano estava devagar, mas vem adquirindo velocidade, especialmente a partir dos meses de abril e maio. Apostamos em crescimento de 10% a 12% neste segundo semestre", declarou o diretor comercial da Valmari, de Diadema, Silvestre Resende Mendonça.

Segundo dados da Abihpec, em 2008 o setor faturou em vendas R$ 21,7 bilhões e apresentou 10,6% de crescimento em relação a 2007. Coincidentemente, a média de crescimento anual real nos últimos 13 anos foi de 10,6%.

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC

17 de jul. de 2009

Iveco investe em centro de distribuição em Sorocaba

A Iveco anuncia um novo centro de distribuição de peças de 10 mil m² de área construída, em Sorocaba (SP). Assim a fabricante de caminhões do grupo Fiat ganha um local com mais do que o dobro da área do atual armazém de Diadema (Grande São Paulo), que será desativado no início de 2010.

No novo local estão sendo investidos R$ 30 milhões. É parceira da iniciativa a CNH, empresa de tratores também do grupo Fiat, que está construindo um novo complexo industrial em Sorocaba. "A ampliação de capacidade era uma necessidade prevista desde que colocamos em prática nosso plano de crescimento acelerado no país. Com esse investimento, vamos garantir um serviço ainda melhor aos nossos atuais e futuros clientes", afirma Maurício Gouveia, diretor de pós-venda da Iveco na América Latina.

Empresa do segmento que mais cresce no país, a Iveco dobrou suas vendas no Brasil em 2007 e 2008. Segundo ele, existem hoje cerca de 48 mil comerciais leves, caminhões e ônibus Iveco em circulação no Brasil, sendo que mais de da metade entrou no mercado a partir de janeiro de 2007. O centro de distribuição trabalhará com um novo software de gestão mundial do grupo, a fim de garantir maior controle de estoques, agilidade e precisão nas operações.

Aumentam contratações em Diadema

Por: Deise Cavignato (deise@abcdmaior.com.br)


Período pós crise e shopping Praça da Moça aqueceram colocações no CPTER do município

O número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho aumentou no período pós crise. É o que revela o CPTER (Centro Público de Trabalho, Emprego e Renda) de Diadema. O crescimento começou em março, a curva seguiu ascendente e em maio houve o pico.

“A inauguração do shopping Praça da Moça ajudou a oferecer mais postos de trabalho. A média mensal tem ficado em 250 trabalhadores contratados, mas em maio foram 350”, explicou o coordenador do CPTER, Jerônimo de Almeida Neto.

Em junho, o número diminuiu para 280 contratados, mas continua maior do que a média. Atualmente, são atendidas 500 pessoas por dia, sendo 350 retornos (pessoas já cadastradas que vão conferir se há vagas) e outros 150 de cadastro novos.

Ao todo estão cadastradas 187.900 pessoas no centro de trabalho, mas, só de janeiro para junho foram inscritos 12.176 candidatos e 5.870 vagas oferecidas. Para dar a oportunidade do empresário escolher entre um e três candidatos, foram encaminhadas 15.486 pessoas, mas preenchidas apenas. 1.509. As outras pessoas podem ter sido empregadas através de outros centros públicos de trabalho, emprego e renda ou por seleção da própria empresa.

No CPTER de Diadema geralmente são contratadas mais pessoas na área de comércio e serviço. Como é o caso da faxineira Rosimeire Meres Ferreira que se cadastrou no CPTER em 2007, mas ainda trabalhava. “Eu fiquei desempregada em março de 2009 e fui chamada pra trabalhar no começo de maio no Shopping Praça da Moça”, contou.

Rosimeire disse que ficou com medo de não encontrar emprego na época da crise. “Fiquei em casa um mês parada e já entrei em pânico”, afirmou.

Serviço - O Centro Público de Trabalho, Emprego e Renda de Diadema fica na avenida Nossa Senhora das Vitórias, 249, no Centro. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.

Mortalidade infantil cai 2,3% no ABCD

Por: Renan Fonseca (renan@abcdmaior.com.br)


Gestores municipais investem no atendimento pré-natal e orientam quanto à importância do parto normal

A taxa de mortalidade infantil (crianças com até 1 ano) caiu 2,3% em 2008 nas sete cidades do ABCD em relação ao ano anterior. Foram 11 mortes a menos, de acordo com pesquisa da Fundação Seade divulgada nesta semana. Na Região, foram 464 óbitos

São Caetano registrou o menor índice do Estado. No município, a média é de 4,1 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil bebês nascidos vivos. Em seguida vem Diadema, com taxa de 11,8. O índice de Santo André (12,7) fica apenas alguns pontos à frente de São Bernardo, com 12,1.

O município com maior taxa de mortalidade foi Rio Grande da Serra, com 20,4. Isso não significa necessariamente um resultado ruim, já que em municípios pequenos uma única morte pode promover grandes mudanças na taxa. A segunda maior taxa de morte de crianças no ano passado está em Mauá, com 15,6, seguida por Ribeirão Pires, 13,6.

A taxa de mortalidade de bebês é um dos melhores indicadores da estrutura da cidade, de acordo com a assessora especial de Coordenação de Ação Social de São Caetano, Regina Maura Zetone Grespan. Ela explica que todos os equipamentos públicos, como saneamento, influenciam na taxa. “O saneamento precário pode transmitir doenças para a mulher grávida e, consequentemente, para o feto. Assim, as chances de complicações na hora do parto ou mesmo após são maiores”, explicou.

Além dos investimentos na ampliação do atendimento pré-natal e neo-natal, Regina lembrou que o município conta com o Programa Bebê Cidadão. “A mãe e o bebê recebem atendimento médico em casa após o parto”, frisou a gestora. “Na rede municipal de saúde, os médicos também orientam as pacientes quanto à importância do parto normal e aleitamento materno”, complementou.

Por outro lado, o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, explicou que o aumento no índice da cidade “traduz os problemas na estrutura da Saúde deixada pelo governo anterior”. “Por exemplo, quando assumimos a Administração, percebemos que havia uma desarticulação na política da saúde feminina”, ressaltou.

Parto normal – Um dos fatores que influenciam no índice de mortalidade infantil é a forma como é feito o parto. Médicos explicam que o parto normal é a forma menos passível de sofrer complicações. O secretário de São Bernardo informou que a OMS (Organização Mundial de Saúde) orienta que 85% dos partos realizados devem ser normais enquanto apenas 15% cesariana. “O parto de cesariana não deixa o feto atingir a maturidade, o que acarreta no aumento dos riscos de o bebê sofrer complicações.”

Para diminuir a incidência de mortes entre recém-nascidos, gestores públicos procuram investir no atendimento pré-natal. Em Diadema, por exemplo, a secretária de Saúde, Aparecida Pimenta Linhares, informou que 81% das pacientes grávidas passam por ao menos sete consultas de pré-natal. “A mortalidade entre bebês vem reduzindo nos últimos anos. Para que a queda continue, vamos investir no atendimento ao pré-natal, que é a forma de dar segurança e saúde ao feto antes do parto”, disse.

Além disso, Aparecida disse que o peso do recém-nascido também deve ser controlado. “O ideal é que o feto nasça com 2,5 quilos. Estamos investindo em capacitação para diminuir o número de crianças que nascem com peso abaixo dessa meta”. No município, em ao menos 9% dos partos o bebê possui peso inferior a 2,5 quilos.

Diadema fica com menos áreas para moradias

Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)

Nem as batucadas e a presença de mais de 250 militantes dos movimentos de moradia, na Câmara de Diadema nesta quinta-feira (16/07), evitaram que 10 dos 42 terrenos indicados como AEIS (Área Especial de Interesse Social) fossem retirados do Plano Diretor para construção de moradias financiadas pelo programa federal 'Minha Casa, Minha Vida’.

A Prefeitura cedeu à pressão do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e sindicatos, que argumentam que os terrenos estão localizados em áreas industriais e muitas empresas têm projetos de expansão.

Por esse motivo, o Plano Diretor foi aprovado com emendas que autorizaram apenas 32 áreas, sendo a maioria de propriedade particular, e reduziu de 270 mil metros quadrados para construção de moradia para, no mínimo, 207 mil metros quadrados.

No entanto, para evitar conflitos com os movimentos de moradias, a Prefeitura e a Câmara terão o prazo de 30 dias, após a publicação da lei, para fazer adequação do projeto e apresentar novas áreas. Neste período, a Administração vai dialogar com as entidades econômicas sobre as 10 áreas retiradas do Plano Diretor.

Outra alteração é que terão direto ao programa federal, famílias com renda mensal de zero a seis salários mínimos, sendo que 30% do total de área destinado para construção de moradias serão destinados para famílias com renda de zero a três salários mínimos.

Por conta deste projeto, o encontro semanal na Câmara foi tumultuado. Precisou suspender a sessão para dialogar com os líderes dos movimentos, que ficaram revoltados com as áreas retiradas.

De acordo com a maioria dos vereadores e, inclusive, do líder do governo, Laércio Soares (PCdoB) a Prefeitura poderia ter evitado o desgaste. “Administração poderia ter dialogado com as entidades antes e verificar casa a caso”, disse o comunista.

O secretário de Habitação, Márcio Vale, não é tão esperançoso como os vereadores e os movimentos de moradia que acreditam ter facilidade na apresentação de novas áreas. Vale acredita que não será fácil encontrar novas áreas. Uma das saídas da Administração será dialogar com os empresários a respeito das 10 áreas e reavaliar as 120 áreas analisadas subutilizadas.

“Para se ter uma idéia, das 120 áreas sobraram 42. Não será fácil enccontrar novas áreas, além, mas, será um grande desafio”, explicou o secretário ao admitir não ter procurado as entidades industriais antes da apresentação do projeto na Câmara. As entidades sindicais e empresariais iniciaram o debate nas áreas apenas nesta semana, o que foi considerado uma falha para os vereadores e empresários.

Lei: Nos próximos três meses, a Prefeitura deve iniciar a entrega de notificação de uso de áreas aos proprietários dos terrenos. A venda das áreas para a Administração ou empresas privadas não é obrigatória. Porém, a Administração pode usar o recurso de cobrar IPTU progressivo.

15 de jul. de 2009

Diadema terá sua 1ª incubadora

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC

A partir do segundo semestre, Diadema terá sua primeira incubadora. O projeto, financiado pela prefeitura, é voltado a empreendimentos que possuam autogestão, como cooperativas ou associações, sejam eles formais ou informais.

Para consolidar a incubadora, é preciso que a proposta seja aprovada pela Câmara dos Deputados. Segundo Romeu Lemos, diretor do departamento de políticas de trabalho e economia solidária, a iniciativa do município já foi saudada pela Câmara.

O investimento para o primeiro ano de funcionamento ficará em torno de R$ 500 mil. Os participantes - serão escolhidos 10 empreendimentos para a primeira etapa, que dura dois anos - do projeto não se instalarão em um mesmo local, como ocorre com outros exemplos que encubam empresas. Haverá apenas uma sede, onde serão oferecidos palestras, treinamentos e reuniões.

"A ideia é gerar mecanismos de sustentabilidade do negócio", afirmou Lemos. A incubadora deve proporcionar acompanhamento de processos e serviços, ou seja, da produção, apoio jurídico, autogestão e adequação de equipamentos de produção para a economia solidária.

Para o diretor, o objetivo é que eles desenvolvam esses conhecimementos, e não injetem um modelo pronto. "Queremos construir com eles, e não para eles".

PARTICIPANTES - Os critérios para a escolha dos negócios que farão parte da incubadora são, entre outros, viabilidade econômica, bom relacionamento, não estar inadimplente e promover o desenvolvimento econômico local. Além de não haver um líder; todos os trabalhadores têm de deter os meios de produção.

Existe também o bom senso de que alguns agrupamentos que necessitam de suporte mais do que outros. Alguns exemplos são a Associação de Artesãos, que reúne 55 trabalhadores, ou a Associação de Tapioqueiros, com 40 integrantes. Como eles, também enquadram-se a Cooperativa de Catadores.

PARCEIROS - Lemos ressaltou que, enquanto o projeto tramita na Câmara, eles já estão em busca de parceiros. "Entre as possíveis opções estão ONG''s (Organizações Não-Governamentais), universidades da região, como a Federal do ABC, e a Unisol (União e Solidariedade das Cooperativas e Empreendimentos de Economia Social do Brasil)".

De acordo com Arildo Mota Lopes, presidente da Unisol Brasil, auxiliando empreendimentos de autogestão, o apoio à incubadora de Diadema já está dado. "Certamente seremos parceiros. Vamos ajudar a divulgar a iniciativa. Já que temos um diálogo direto com empreendimentos autogestionários, apresentaremos algumas opções de negócios que necessitam desse apoio, sejam eles filiados ou não à Unisol".

MODELOS - No Grande ABC, a única incubadora com os mesmos moldes dessa está localizada em Santo André. As demais, distribuídas entre São Bernardo, São Caetano, Santo André e Mauá focam o atendimento a uma empresa estabelecida nos moldes capitalistas.

Mas o intuito é o mesmo: apoiá-las e dar subsídios para que, em uma média de dois anos, possam sobreviver com suas próprias pernas.

11 de jul. de 2009

Diadema discute perfil para Minha Casa

Projeto é aprovado, mas emendas polêmicas ficam para a sessão da semana que vem
A sessão da Câmara de Diadema desta quarta-feira (08/07) foi bastante tumultuada. Tudo porque os vereadores divergem do perfil de quem deve ser beneficiado no programa federal 'Minha Casa, Minha Vida'. A Prefeitura encaminhou dois projetos de incentivo à construção de moradias populares: um de isenção de impostos e outro de alteração do Plano Diretor. Este último altera os critérios para participar da ação. Ambos os projetos foram aprovados em primeira discussão, porém, as emendas modificativas serão discutas na próxima sessão (16/07), a última do semestre.
Atualmente, o Plano Diretor determina que Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS), que contemplam o ‘Minha Casa, Minha Vida’, atendam famílias com rendimento de até oito salários mínimos (R$ 3.720). Porém, o prefeito Mário Reali (PT), em parceria com movimentos de moradias, apresentou emendas modificativas para diminuir a fatia de atendimento para seis salários mínimos, ou seja, com renda inferior a R$ 2.790.
A maioria dos parlamentares, indiferente de partidos, defende a alteração. No entanto, Lauro Michels (PSDB) acredita que o projeto federal deva atender famílias com até 10 salários (R$ 4.650), posição questionada por movimentos de moradias.
“Não sou contrário à moradia popular. No entanto, defendo grandes empreendimentos, pois traz mais recursos ao município”, disse Lauro, que se ausentou da votação.
A Administração mostrou um relatório aos vereadores com 42 áreas que podem ser usadas para a construção de moradias populares; muitos dos terrenos indicados são em regiões nobres na cidade, como por exemplo, no centro de Diadema
“A Prefeitura indicou áreas nobres, onde podem ser construídos empreendimentos de alto padrão que vai trazer mais recursos para ser investidos serviços públicos”, defende-se o tucano.
A coordenadora de movimentos de moradias do Estado, a advogada Maria Aparecida Tijiwa, acredita que o vereador está defendendo os interesses dos grandes empreendimentos e interesses de empresários. “O perfil de Diadema é diferente. A população de baixa renda precisa de moradia e é este povo que precisamos levantar a bandeira”, avaliou a advogada e funcionária da Prefeitura.
Outra mudança no Plano Diretor é que do total de terrenos destinados ao programa Minha Casa Minha Vida, 30% devem ser destinados a moradias de baixa renda, ou seja, de zero a três salários mínimos. O restante pode ser destinado à iniciativa privada.
De acordo com a Prefeitura, cerca de três mil famílias de baixa renda serão beneficiadas com a construção de moradias populares. As edificações serão arquitetadas sob a responsabilidade da Administração. O déficit atualmente é de 10 mil famílias que moram em áreas irregulares e em áreas de urgência.
Incentivo: Outro projeto aprovado, em primeira discussão e sem polêmica, foi de isenção de três impostos: IPTU durante a construção das moradias, ITBI (Imposto sobre a Transição de Bens Imóveis) e ISS (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) para incentivar o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’.

Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)

8 de jul. de 2009

Diadema comemora Dia Mundial do Rock

Show na praça da Moça contará com 13 bandas de estilos variados
Em comemoração ao Dia Mundial do Rock e ao Dia Municipal do Motoclube, a Prefeitura de Diadema, em parceria com o projeto Diadema Rock e com os motoclubes da cidade, traz para a praça da Moça no próximo domingo (12/07) programação especial.
A partir das 12h, 13 bandas locais se apresentam Os grupos são Conteúdo Zero, D21, Banzo S/A, Melody Monster, Mosh Never Die, Homantra, Katrina, Brain Death, Neomênia, Eyes of Beholder, Violent Death, Band end Blus e Sessão Livre e representam várias vertentes do rock, desde o rock nacional, covers de clássicos do rock até o heavy metal. Das 13 bandas, oito apresentarão composições próprias.
Foram convidados cerca de noventa moto clubes de dentro e fora da cidade, como os Maiados, Nostravamos, Pioneiros, Corações em Chamas, Che Guevara, Faraó's e Águias do Sol, entre outros. O objetivo do evento é incentivar os novos talentos e prestigiar a variedade musical existente na cidade, além de unir o projeto Diadema Rock com os encontros mensais do Diadema Moto Clube.
O evento se estende até as 22h30, e o público estimado para o local é de três mil a cinco mil pessoas.
Serviço:
Data: 12 de julho de 2009
Horários: a partir das 12h
Local: Praça da Moça

ABCD Maior

Diadema registra a menor taxa de homicídios no 1º semestre

Por Luciana Yamashita

Com as políticas públicas implantadas na área da segurança com cidadania desde 2001, Diadema registrou o menor índice de ocorrências de homicídios no primeiro semestre do ano. Foram registradas 29 ocorrências, redução de 36,96% em comparação com o primeiro semestre de 2008, quando foram registradas 46 ocorrências. Em relação ao primeiro semestre de 2000, houve queda de 79,29%, com 140 casos registrados.

As informações são do Observatório Municipal de Segurança, da Secretaria de Defesa Social, que compila dados dos boletins de ocorrência da Delegacia Seccional do município, e da Secretaria de Estado da Segurança Pública. O Observatório é responsável pelo levantamento estatístico das ocorrências criminais para o planejamento de políticas estratégicas de prevenção e combate à criminalidade. "A continuidade das políticas públicas implantadas desde 2001 tem demonstrado resultados positivos a cada ano. Com os novos projetos do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) que serão implantados, esperamos que a violência diminua ainda mais. O trabalho desenvolvido em parceria com as polícias civil e militar também foi fundamental para os resultados alcançados”, disse o secretário de Defesa Social.
Entre as ações de destaque responsáveis pela queda dos índices de homicídios, estão a Lei de Fechamento de Bares, que restringe a abertura de estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas entre 23h e 6h, a fiscalização permanente da lei pelo programa Diadema Legal, a integração da GCM com as polícias Civil e Militar, e o Centro Integrado de Videomonitoramento, que conta com 47 câmeras instaladas em locais apontados como preocupantes pelo Mapeamento da Criminalidade.
Além disso, a Mediação de Conflitos busca reduzir ainda mais a violência no município e difundir a Cultura de Paz e o programa Anjos do Quarteirão fortalece e aproxima a relação da GCM com a população. O Clubinho da Guarda já atendeu, em 14 edições, mais de 53 mil crianças e adolescentes no projeto. O objetivo do Clubinho é conscientizar o público, desde cedo, sobre cidadania e respeito à vida, além de oferecer atividades seguras no período de férias escolares para aproximar a guarda da comunidade.

Os programas de inclusão social também foram igualmente responsáveis pela redução da criminalidade no município. O projeto Adolescente Aprendiz oferece ações educativas a jovens de 14 e 15 anos das áreas de maior vulnerabilidade social do município. São atividades complementares à escola que auxiliam na redução da violência e contam com participação familiar e comunitária. Desde a sua criação, em 2001, já realizou mais de 14 mil atendimentos e atua em 27 núcleos na cidade.

Outras intervenções também colaboraram para a redução de homicídios. Investimentos em infraestrutura, urbanização de núcleos habitacionais, formação profissional de jovens e outras iniciativas que promoveram a ocupação dos espaços públicos, como parques e praças, pela comunidade.