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6 de fev. de 2014

Michels confirma contrato da Saned com a Sabesp para dia 12

Michels: “o governador deu ordem para que os funcionários fossem absorvidos” - Foto: Eberly Laurindo especial para o DR
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), confirmou a assinatura do contrato que autoriza a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a assumir os serviços de água e tratamento de esgoto na cidade no próximo dia 12. Com isso, a Companhia de Saneamento Básico de Diadema (Saned) encerrará as atividades e a empresa estadual voltará a operar os serviços com concessão plena pelos próximos 30 anos. A assinatura inicial estava prevista para o início do mês passado, mas a Procuradoria Geral do Estado (PGE) levantou questões relacionadas aos funcionários da Saned que seriam absorvidos pela Sabesp e o acordo acabou sendo adiado por um mês.

De acordo com Michels, a PGE alegou que, como os funcionários da empresa estadual são concursados, não poderia ocorrer a transferência dos trabalhadores da Saned para a Capital. Para que a negociação continuasse, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) precisou interferir e autorizou a assinatura do contrato. O tucano, inclusive, participará do evento.
“O governador deu ordem à Procuradoria para que os funcionários fossem admitidos e serão admitidos. O que foi falado será feito. A partir da assinatura do contrato de convênio com a Sabesp, os funcionários (da Saned) serão transferidos (para a empresa estadual). A assinatura ficou definida para o dia 12 e o governador é quem vai decidir ser será ou não no Palácio dos Bandeirantes. Provavelmente será lá. A não ser que o governador queira fazer em Diadema”, disse Michels, ontem (5), depois de Alckmin ter deixado na cidade a carreta do programa Mulheres de Peito.
O retorno da Sabesp na prestação do serviço de saneamento básico em Diadema, aprovado em setembro de 2013 na Câmara, foi a solução encontrada por Michels como forma de zerar o déficit de R$ 1,1 bilhão junto à companhia. O saldo negativo foi acumulado devido ao rompimento do contrato com a Sabesp pelo ex-prefeito José de Filippi Junior (PT), em 1993. Em contrapartida ao retorno, a Sabesp depositará nos cofres municipais cerca de R$ 95 milhões, que deverão ser aplicados em saneamento básico. O montante será pago em duas parcelas de R$ 47,5 milhões cada.
Além disso, os 293 funcionários da Saned serão absorvidos pela Sabesp, com equiparação salarial. Também foi acordado o congelamento do preço de R$ 0,90 por metro cúbico pago pelos moradores de Diadema. O prefeito garantiu que a cobrança da tarifa social seja mantida às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social. O benefício, que possui validade de um ano, concede descontos de 37% até 61%, dependendo da faixa de consumo. Segundo o chefe do Executivo, são cerca de 8 mil famílias cadastradas no programa e que pagam R$ 1,16 por metro cúbico. “Será refeito o cadastramento nos núcleos das pessoas que possuem a tarifa social. Comprovada a necessidade, as pessoas vão continuar recebendo o benefício, porque constatamos que até lava-rápido recebe o benefício”, pontuou.
fonte: Fernando Valensoela - DIÁRIO REGIONAL

Moradores protestam contra rotatória em Diadema

Comerciantes colocaram faixas em protesto - Foto: Eberly Laurindo especial para o DR
DIADEMA – “Rotatória não. Segurança sim”, são os dizeres nas faixas espalhadas no comércio e nas casas do cruzamento entre a avenida Sete de Setembro, coma as ruas Tiradentes, Bandeirantes e Benjamin Constant, na Vila Dirce, em Diadema. O protesto é causado pelo projeto de construção de rotatória na área do cruzamento.

“Não vai ter mais como estacionar. Acredito que vai atrapalhar muito. Sem contar que tem escolas aqui perto. Será muito perigoso para as crianças atravessarem”, explicou Ada Silva, funcionária de um açougue na região. A alegação de Ada resume a preocupação geral dos moradores e comerciantes. “Procuramos a prefeitura e tivemos reunião com o pessoal da Secretaria de Obras e de Trânsito. Apresentaram a proposta, mas não aprovamos. Então, ficaram de marcar nova reunião para discutir o assunto, só que até agora nada”, destacou Mozart Vieira, que possui academia na área.
Os moradores decidiram colocar as faixas após receber informação de que o projeto continuava caminhando apesar da discordância na reunião, abaixo-assinado com mais de 300 assinaturas também foi protocolado na prefeitura. “Além de prejudicar nós comerciantes, nos preocupamos com o problema da passagem de pedestres. Estamos perto da outra rotatória e sabemos como é difícil atravessar ali. Tem de ser bom para todos”, destacou Vieira.
Protesto
Morador do local há 52 anos, Edgar Ferreira é um dos organizadores do protesto. “Faz anos que se fala em colocar uma rotatória aqui, mas só da metade do ano passado para cá que isso tomou proporção maior. Porém, só ficamos sabendo por amigos”, pontuou Ferreira. Segundo o morador, devido a área ser pequena, as poucas vagas existentes de estacionamento serão eliminadas, o que vai afetar não só os comerciantes, como também os moradores. “Se você estiver voltando para casa e quiser comprar um pãozinho antes, vai ter de deixar o carro em casa e depois voltar até aqui. O comércio vai ficar todo dependente dos pedestres. Com a zona azul nas ruas dos arredores ninguém vai querer parar por aqui”, afirmou.
Ferreira e Vieira acreditam que o tráfego na região poderia ser melhorado de forma mais simples, com reorganização do trânsito. “Poderia mudar o sentido de algumas ruas, como a Tirantes para sentido único. Ou também mudar de lugar alguns semáforos, já temos quase que uma rotatória aqui. Colocando o semáforo da Bandeirantes mais para trás, por exemplo, o fluxo poderia funcionar como em uma rotatória. Muito mais simples e barato”, sugeriu Vieira. Para Ferreira, o maior problema é a falta de diálogo com a prefeitura. “Não é que somos contra, não gostamos da forma como será feito. Quer fazer? Legal, mas vamos respeitar os comerciantes e moradores”, ressaltou.
Outro problema no bairro é a segurança. Segundo os munícipes, o trecho da avenida Sete de Setembro próximo ao Paço Municipal é alvo frequente de assaltos. “Só em janeiro foram 13 assaltos nessa área, que é mais deserta. Então, os ladrões fazem o que querem”, alertou Ferreira. Está marcada para o próximo dia 6 uma reunião de membros da comunidade com representantes da Polícia Militar.


Em nota, a Prefeitura de Diadema informou que a obra está licitada, mas com prazo de início ainda a ser determinado. Segundo a nota, as secretarias de Obras e Transportes estão realizando estudos para apresentar aos comerciantes e à população em reunião ainda a ser agendada.
fonte: Luana Arrais - DIÁRIO REGIONAL