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27 de jun. de 2013

ARCO DO FUTURO DESENVOLVERÁ O ABCD

Um projeto audacioso da Prefeitura de São Paulo, anunciado no início do mandato de Fernando Haddad (PT), vai trazer consequências diretas para o ABCD, em especial para Mauá e Diadema, as duas pontas finais do Arco do Futuro, um território estratégico que visa alterar o modelo de desenvolvimento urbano da Capital em direção a uma cidade mais equilibrada dos pontos de vista urbanístico, ambiental, econômico e social. 

O arco compreende os dois principais rios – Pinheiros e Tietê –, as ferrovias e antigas áreas industriais. Em uma das pontas, na divisa com Diadema, estão a avenida Cupecê, as cabeceiras das represas (Billings e Guarapiranga), passando pelas planícies fluviais dos rios Pinheiros e Tietê e estendendo-se até o extremo Leste da cidade, terminando na avenida Jacu-Pêssego, no limite com Mauá. 

A ideia principal é promover o desenvolvimento destas áreas, criando novos centros urbanos, com equipamentos públicos, melhoria dos transportes, atraindo investimentos e gerando empregos. A meta é desafogar o Centro de São Paulo, fazendo com que os moradores não precisem se deslocar pelo município, congestionando o trânsito, e fortalecendo as vocações de cada região que integra o arco.

Um primeiro passo foi dado em fevereiro deste ano, com o chamamento público para projetos de desenvolvimento para o Arco Tietê. “As alterações viárias e urbanas até agora eram apenas ditadas pelos empreendimentos imobiliários. Nosso objetivo é desenvolver de forma intensa as regiões periféricas, priorizando sempre o transporte coletivo, construindo ciclovias e ciclofaixas de lazer e construindo equipamentos públicos”, destacou o assessor da Secretaria de Assuntos Metropolitanos de São Paulo, Mario Reali, ex-prefeito de Diadema.

Região - Neste projeto, que vai atravessar os quatro anos de mandato de Haddad e tem ações de longo prazo previstas, o ABCD poderá se beneficiar. Como o arco termina em Mauá e Diadema, a continuidade do desenvolvimento está na pauta de discussões. “Estamos em fase de diálogo com as prefeituras e o ABCD é fundamental para ‘fechar’ o arco. É possível sintonizar as ações com os prefeitos da Região e, nesse caso, o Plano Regional de Mobilidade é essencial”, afirmou Reali.

O pacote regional de intervenções que dá prioridade ao transporte coletivo e incorpora a proposta de conexão entre as cidades através de corredores prevê R$ 7,8 bilhões em investimentos federais, para 157 intervenções em 16 eixos classificados como prioritários. O fato de os municípios da Região articularem ações conjuntas por meio do Consórcio Intermunicipal também irá facilitar o diálogo.

“A união dos prefeitos vai ajudar nas discussões sobre os impactos do Arco do Futuro. Uma articulação conjunta do ABCD e da Capital também pode auxiliar em pedidos de verbas junto aos governos federal e estadual, tornando mais ágeis a conclusão de projetos que estão parados há tempos, como o Expresso ABC, por exemplo”, comentou Reali.

Projeto tem de respeitar planos diretores, afirma Reali
Embora a ideia seja de continuidade através das cidades do ABCD, o Arco do Futuro terá de respeitar as particularidades de cada plano diretor. “Temos de juntar o quebra-cabeça e sintonizar o mosaico, abraçando os diferentes usos do solo, para dar continuidade ao arco na Região. Como fazer isso é um desafio”, completou Mario Reali.

O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal, Luiz Marinho, avalia o projeto positivamente. “Nós precisamos acertar com São Paulo as ações derivadas do projeto. A minha visão é que esse projeto é altamente benéfico para a Região. Se de fato conseguir rodar, nós estamos abertos para discutir a integração. Ainda não fui procurado para discutir esse tema, mas estou aberto”, salientou Marinho.

Lauro Michels, prefeito de Diadema, destacou que a proposta deve respeitar as características de cada município.  “Acredito que toda ação planejada que promova o desenvolvimento econômico e social é importante e bem-vinda para a população das duas cidades. Contudo é necessário ressaltar que todo eixo de desenvolvimento regional deve respeitar as características próprias da economia, habitação e mobilidade urbana de Diadema, estabelecidas pela legislação e também pelo Plano Diretor municipal.” 

Procurada, a Prefeitura de Mauá preferiu não se pronunciar sobre o assunto, por se tratar de um projeto da Capital. 

fonte: Angela de Paula - ABCD MAIOR

Em Diadema INSS se destaca pela eficiência

Divulgação
O atendimento é o destaque na agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Diadema. A maioria dos usuários no município, que agendaram horário pelo telefone 132, recebeu o atendimento na hora marcada. Quem não se antecipou, esperou em média 20 minutos após retirar a senha e passar pela triagem.
 A equipe do Diário permaneceu por algumas horas no local. Constatou que os atendentes estão bem treinados. Eles solucionaram os problemas iniciais das pessoas em menos de cinco minutos. Quando faltavam documentos para dar andamento no processo, entregavam lista impresa do que era necessário. Em casos de dúvidas, esclareceram de imediato.
 Esse não era o cenário visto nas agências de Santo André, São Bernardo e São Caetano. Agendamentos por telefone não eram sinônimos de atendimentos no horário marcado. E a maioria dos usuários estava insatisfeita por aguardar mais de uma hora para receber informações.
BOM
 Dispensada do serviço há algumas semanas, uma empregada doméstica, que preferiu não se identificar, buscou amparo na Previdência. Na fila da agência do INSS de Diadema, ela revelou que gostaria de informações sobre o salário-maternidade. Em 15 minutos, a mulher  recebeu atendimento. “Pensei que ficaria aqui o dia inteiro, mas foi mais rápido do que eu imaginava. Em pouco tempo fui chamada. Vou conseguir aproveitar o resto do meu dia”, comemorou.
 Na sala de espera, não havia pessoas em pé. Todas aguardavam atendimento acomodadas nos assentos, que estavam conservados. A equipe do Diário conversou com um trabalhador na porta da agência. Seu objetivo era receber o direito a um auxílio acidente. Tinha passado por perícia médica e elogiou o serviço prestado no local. “Essa agência é boa. Eu realmente fui atendido no horário que marquei (pelo telefone)”, contou.
ESCLARECIMENTO
 A gerente executiva responsável pelas agências da Previdência de Diadema e de São Bernardo, Marina Reiko Iwai, destacou a importância do telefone para diminuir o tempo de espera. “O ideal seria que todos os cidadãos tivessem os seus serviços agendados com dia e hora marcados.”
 Segundo a funcionária pública, como o agendamento não é uma obrigação, o órgão está incapacitado de evitar alguma demora. “O tempo de espera depende do quantitativo de pessoas”, destacou Marina.
 Este foi o caso de um segurado que não agendou, pelo telefone, a sua perícia. “Estou aqui há mais de uma hora, não sabia que era necessário marcar algo pelo telefone”, lamentou.
 Marina também justificou os dias com maior período de espera com a situação da infraestrutura de informática do INSS. “Os sistemas nem sempre estão funcionando adequadamente, como ocorre nos bancos, e algumas vezes pode ultrapassar o tempo de uma hora (para voltar à normalidade)”, revelou.
ESTRUTURA
 O local apresenta estrutura com algumas qualidades não identificadas em outras agências da região. Mas também comete deslizes em alguns pontos.
 Conforme a equipe do Diário constatou, dispõe de rampas de acessibilidade e bebedouro baixo para o uso de pessoas com mobilidade reduzida, item não presente em outras agências. Há banheiros para uso exclusivo de deficientes físicos e quatro cadeiras de rodas, também para idosos. A sala de atendimento estava bem mais conservada do que as suas pares de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
 Por outro lado, o banheiro da agência tinha dois problemas. Os vasos sanitários estavam sem o assento. E não havia papel ou aparelho de ar quente para secar as mãos.
 A gerente executiva declarou que os objetos de higiene são repostos, porém muitas vezes são alvos de furto. “Não temos como revistar as pessoas nas saídas da agência. Mas sempre os itens são repostos.” 
fonte: Yara Ferraz - DGABC