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27 de dez. de 2010

Terrenos, boa localização e Rodoanel levam investimentos para Diadema


 As incorporadoras GMK e Procupisa, do ex-jogador Mauro Silva, planejam começar a vender ainda neste ano os 1.089 apartamentos do condomínio A Praça, em Diadema. A construtora M.Bigucci vai construir 26 galpões com 1.000 m² cada no Centro da cidade, além de dois prédios residenciais. Já a construtora Tenda vendeu todas as unidades de seus dois empreendimentos na cidade do ABC. Esses são os mais recentes de uma série de investimentos imobiliários que Diadema tem recebido.
Tamanho interesse pela cidade de 386 mil habitantes não é à toa. Nos últimos ano, Diadema fez cair seus índices de criminalidade, foi beneficiada com a chegada do trecho Sul do Rodoanel (que aumenta o fluxo de pessoas na cidade), viu crescer a renda e o crédito disponível a seus habitantes e oferece um bem cada vez mais precioso na Grande São Paulo: terreno.
"Fomos para Diadema por causa do terreno, que está muito caro em São Paulo. Se encontrarmos mais terrenos, estaremos lá", disse Mauro Silva. Os apartamentos do condomínio A Praça partem de R$ 105 mil e poderão ser financiados pelo "Minha Casa, Minha Vida".
Diretor geral do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) no ABC, Milton Bigucci afirma que, hoje, a cidade tem potencial para receber imóveis que custam mais de R$ 200 mil. "São Caetano, São Bernardo e Santo André hoje já não têm muito espaço disponível na região do ABCD, mas Diadema tem potencial e valorização. Quem compra lá tem condição de investir R$ 250 mil em um imóvel e é gente que já mora na cidade", afirma Milton.
O diretor de incorporação da construtora Tenda, Sandro Gamba, afirma que o Rodoanel elevou os preços na cidade no começo das obras, mas, atualmente, seu impacto é outro. "O fluxo de pessoas que vai para Santos é maior e esse públicopode se mudar para a cidade".
Jornal DIÁRIO DE S. PAULO

Cartolas cogitam criação da Copa Grande ABC


O ano de 2011 já será histórico para o Grande ABC em razão da participação inédita de três equipes na elite do Campeonato Paulista. O atual vice-campeão Santo André, o detentor do título de 2004 São Caetano e o recém-chegado São Bernardo estarão em campo a partir do dia 15 de janeiro para defender a região no Estadual. E pensando em acender ainda mais a rivalidade entre os times locais, os dirigentes das equipes estudam a criação da Copa Grande ABC já a partir do ano que vem.
Além dos três pré-citados, Palestra, Esporte Clube São Bernardo, Grêmio Mauaense e Clube Atlético Diadema também participariam da competição, que ainda está nos passos iniciais e sequer tem fórmula de disputa definida. Os idealizadores do projeto são o presidente do Tigre, Luiz Fernando Teixeira, um dos principais defensores da "rivalidade sadia" entre as equipes da região, e do vice-presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Romualdo Magro Júnior.
"A ideia de fazer a Copa ABC é pegar uma grande empresa da região para parceria, seja do ramo automobilístico ou qualquer outra, e encontrar uma data em comum para fazer o torneio entre as equipes da região que virasse regra e houvesse todos os anos", explicou o dirigente andreense, que inicialmente apontou os meses de julho e agosto para a realização da Copa.
"Queremos fortalecer o futebol regional e a rivalidade é importante nessa disputa pessoal. Veremos um pouco já no Paulistão. O São Bernardo vem forte, fez grandes contratações, o São Caetano manteve a base e o treinador (Toninho Cecílio) e o Santo André entra com boas expectativas de buscar a classificação entre os oito e repetir 2010, quando foi chegando e na hora em que foram ver, não tinha mais como correr atrás", emendou Romualdo.
De acordo com o presidente de honra do Tigre, Edinho Montemor, outro viés do torneio seria resgatar a tradição dos antigos confrontos entre Saad, Aliança e Santo André FC. "Essa rivalidade sadia é muito importante", comentou o dirigente, que lembrou também da Taça João Ramalho, que era disputada entre seleções amadoras das cidades da região.
O jornalista Jurandir Martins, que foi dirigente do Esporte Clube São Bernardo por 24 anos, foi um dos fundadores da Taça em 1970, mas viu esta terminar pelo excesso de brigas e outros entreveros entre torcedores e jogadores. Mesmo assim, a nível profissional, também vê com bons olhos a realização da Copa Grande ABC.
"É bom porque fortalece os clubes profissionais da região e a amizade entre as direções dos clubes, embora a rivalidade continue em primeiro lugar. Com quase 3 milhões de habitante, o Grande ABC comporta um torneio como esse, além de os times conquistarem mais respeito na Federação Paulista de Futebol", avaliou. "E outra, é uma oportunidade de observar jogadores dos times menores que não têm chances ou já passaram da idade", emendou.
BASE
Atento às dificuldades no calendário, Edinho Montemor sugeriu também outra competição. "Como não é muito fácil achar brecha, conversei com o Ronan (Maria Pinto, presidente da Gestão de Futebol do Santo André) para fazermos um campeonato nos moldes da Copa São Paulo de Futebol Júnior, mas uma edição do ABC. Nosso sub-20, por exemplo, fica parado depois da Copinha (fim de janeiro) até o início do Paulista (julho). Então seria interessante", 

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC

Caixa terá mais 10 agências na região do Grande ABC


A Caixa Econômica Federal está reforçando sua rede de atendimento no Grande ABC. Em 1998, a instituição financeira contava com apenas 13 agências na região. Hoje já são 34 e há planos de abertura de mais dez em 2011. Entre elas, a primeira em Rio Grande da Serra - única cidade ainda não assistida por uma unidade do banco - e outras filiais em Diadema (na Praça da Moça), no Centro de São Bernardo e na Vila Luzita, em Santo André.
Além disso, a Caixa conta atualmente com 143 revendedores lotéricos - em que é possível abrir conta, receber benefícios sociais, como Bolsa Família, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e seguro-desemprego, pagar boletos e outros serviços -, e esse número também deve crescer no ano que vem. Há mais 16 pontos em licitação, segundo o superintendente na região, Everaldo Coelho da Silva.
Outra forma de acessar os produtos da instituição é por meio de 429 correspondentes bancários nos sete municípios. São empresas de comércio, serviços ou entidades de trabalhadores (há desde sindicatos até imobiliárias, mercadinhos e lojas de material de construção). No fim de 2009, eram apenas 207, ou seja, houve crescimento de mais de 100% em 2010. Coelho da Silva explica que os correspondentes cumprem o papel de disseminar o atendimento, já que, muitas vezes, estão em locais onde o banco ainda não tem acesso.
O comerciante José Fontenele de Souza Lima tem mercadinho que opera dessa forma, em São Bernardo. Ele conta que foi um dos primeiros a aderir, há cerca de dez anos, e diz que fica satisfeito de atender a população carente das proximidades.
Embora receba apenas R$ 0,10 por operação efetuada, afirma que pelo menos 20% das pessoas que vão ao local pagar contas, por exemplo, costumam comprar algo, o que amplia suas vendas. No entanto, queixa-se que a movimentação gera insegurança. Desde 2009, já sofreu quatro assaltos.
Saldo em caderneta de poupança aumentou 20%
Os resultados da Caixa no Grande ABC acompanham o forte crescimento da rede de atendimento do banco.
O saldo em caderneta de poupança, por exemplo, chegou a R$ 2,5 bilhões, 20% mais que o do ano passado, com a captação líquida alcançando R$ 300 milhões.
Além disso, as operações de crédito para pessoa física, por exemplo, cresceram no ano, até o dia 15 deste mês, 15% em relação ao mesmo período de 2009, ao somarem R$ 542 milhões. Já para pessoa jurídica, a expansão foi de 35%, para o total de R$ 573 milhões.
No dia 29, a Caixa fará um balanço do crédito habitacional no País neste ano. Até outubro, o financiamento nessa área somava R$ 940 milhões na região. A expectativa é que seja ultrapassada a marca de R$ 1 bilhão em 2010.

Leone Farias 
Do Diário do Grande ABC