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12 de ago. de 2010

Novo corredor passa por reforma


Menos de 15 dias após a inauguração, as grades instaladas no canteiro que separam as pistas da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD já estão sendo trocadas.
Ao todo, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) vai substituir três quilômetros de barreiras - o valor gasto na intervenção não foi informado. No lugar das frágeis telas de arame, estruturas mais resistentes serão colocadas.
O trecho que terá segurança reforçada está localizado na Avenida Cupecê, na Capital, e foi escolhido em razão da grande concentração de estabelecimentos comerciais e do intenso movimento de pessoas no entorno.
Parte destes alambrados já estava danificada desde a cerimônia de inauguração, realizada pelo governo do Estado no dia 30 de julho. Os ônibus só entraram em operação na manhã seguinte.
As barreiras estavam sendo derrubadas pela população para encurtar o caminho de travessia, que a partir da abertura do corredor só poderiam ser realizadas nas faixas de pedestres, exigindo mais tempo de caminhada.
Questionado sobre a fragilidade das telas no dia do evento, o governador Alberto Goldman (PSDB) afirmou que as estruturas seriam substituídas "quando for necessário" - e a necessidade chegou cedo.

AVALIAÇÃO
Ontem, após 12 dias de funcionamento, EMTU, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e SPTrans realizaram vistoria no ramal que liga o Grande ABC à Zona Sul de São Paulo.

Em nota, os órgãos informaram que a sinalização vertical e horizontal da faixa exclusiva para os ônibus está completa e que os motoristas que cometem infrações estão sendo multados.
A CET se comprometeu a colocar funcionários para orientar a travessia de pedestres nos principais pontos do corredor. A companhia informou que a via é monitorada por 25 fiscais por turno.
Cenas de passageiros descendo no meio da rua e fora dos pontos não deverão ser mais vistas. Segundo a EMTU, a frota intermunicipal está totalmente adaptada com porta à esquerda.
Somente os ônibus do serviço semi-expresso, que vai de Diadema direto para a Estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), não possuem porta à esquerda, mas não realizam paradas durante o trajeto.
Os coletivos da SPTrans, que operam linhas municipais da Capital, também estão adaptados e não podem para do lado direito da via.

Espera por ônibus é de quase meia hora
A principal promessa da extensão Diadema-São Paulo do Corredor Metropolitano ABD - diminuir pela metade o tempo de viagem entre a região e a Zona Sul de São Paulo - está sendo cumprida parcialmente.
O Diário realizou ontem a viagem de 24 quilômetros de ida e volta pelo corredor, que parte do Terminal Diadema, no Centro, e se estende até a linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O percurso com destino ao Morumbi foi realizado dentro do projetado, em 30 minutos. A viagem de volta, porém, extrapolou a média e foi completada somente após 41 minutos.
Apesar da diferença, os dois trechos foram percorridos em menos de uma hora, que era a média da viagem tanto de ida quanto de volta antes da abertura da faixa.
A espera pelo coletivo que trouxe a equipe do Diário de volta ao Grande ABC foi longa, 24 minutos. A secretária Ana Baia Cavalcante, 46 anos, fez outra observação. "De manhã os ônibus são muito cheios. Tenho de esperar o segundo para me sentar."
As ações para garantir a correta utilização do recém-inaugurado corredor, como expressaram os responsáveis em nota, prevê muito trabalho.
Mesmo com a presença dos fiscais, carros e motos ainda invadem a pista exclusiva para os ônibus para fazer ultrapassagem e conversões.
Além de Diadema, o Corredor ABD atravessa Santo André, São Bernardo e Mauá.
A extensão até o Morumbi, inaugurada no fim de julho, era aguardada há mais de 20 anos, mas a necessidade de rever o traçado, problemas na licitação e a dificuldade para obtenção de verbas protelou a abertura.
fonte: 

André Vieira
Do Diário do Grande ABC

Diadema abre 1.250 vagas e puxa emprego industrial na região

Favorecida pelo bom desempenho de Diadema, a geração de empregos industriais voltou a acelerar em julho na região, após perder ritmo no mês anterior, sinalizando que a “ressaca” pós-fim dos incentivos fiscais promovidos pelo governo federal já passou. Levantamento divulgado ontem pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) revela que as fábricas situadas nos sete municípios geraram 1.280 vagas no mês passado, resultado que eleva para 9.430 o saldo entre contratações e demissões nos sete primeiros meses do ano.

Foi o sétimo crescimento consecutivo na ocupação industrial regional – que, em junho, registrou a criação de apenas 50 vagas. Apesar do saldo favorável, duas das quatro diretorias do Ciesp no ABC tiveram desempenho negativo. O melhor resultado foi o de Diadema, onde as fábricas abriram 1.250 vagas, elevando para 3 mil o número de postos abertos em 2009. 

“O resultado confirma o processo de evolução do emprego industrial em Diadema. Mais do que isso, mostra a diversificação do parque fabril da cidade, que registrou bom resultado mesmo com alguns setores ainda em recuperação da crise”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do município, Luis Paulo Bresciani.

Segundo o levantamento, o resultado de julho foi impulsionado, principalmente, pelas variações positivas dos setores de Produtos de Metal exceto Máquinas e Equipamentos (3,27%) e Veículos Automotores e Autopeças (2,36%). Bresciani acredita que o potencial de expansão do emprego fabril neste ano segue grande. “Primeiro, porque o auge da atividade industrial ocorre no segundo semestre, quando as fábricas produzem para as festas de fim de ano. Segundo, porque alguns setores com grande importância na indústria do município, como o de máquinas e equipamentos, ainda estão em recuperação”, afirmou o secretário.

São Bernardo registrou o segundo melhor resultado de julho na região, ao abrir 300 vagas – resultado favorecido, sobretudo, por variações positivas dos ramos de Máquinas e Equipamentos (1,41%) e Veículos Automotores e Autopeças (0,93%). No sentido contrário, Santo André (que inclui Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) fechou 250 postos, pressionado pelo setor de Máquinas, Aparelhos e Matérias Elétricos, no qual a ocupação caiu 47,68% devido à desativação de uma empresa. Em São Caetano foram fechadas 20 vagas.

Apesar do aumento da ocupação industrial em 2010, o segmento ainda está longe de retornar ao patamar anterior à crise mundial. Nos sete municípios, os dados das entidades revelam que, de dezembro de 2008 a julho do ano passado, as indústrias fecharam 19.650 vagas. Nos 12 meses seguintes foram admitidos 12.730 trabalhadores – o que revela “déficit” de 6.920 postos.


fonte: ANDERSON AMARAL 
PARA O DIÁRIO REGIONAL