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9 de jan. de 2010

Fundos da Petrobras podem beneficiar empresas da região

A Petrobras começa o ano de 2010 como cotista em dois novos fundos destinados a financiar a custo mais baixo os fornecedores da estatal, com adiantamentos às empresas que podem chegar a R$ 4 bilhões. O instrumento aplicado é o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que antecipa ao fornecedor os recursos a serem recebidos pelas vendas à Petrobras.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema esta é uma ótima oportunidade para empresas de Diadema e da região ampliar negócios com a Petrobras ou se tornar um futuro fornecedor. “Tem um novo circulo de investimento se formando no setor do petróleo e do gás natural e a nossa base empresarial tem todas as condições técnicas de participar desse círculo”, disse o secretário.
O primeiro FIDC, já em funcionamento, é comandado pelo HSBC, com capital de R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões colocados pela Petrobras. O segundo fundo de investimento que começar a operar nos próximos dias está com o banco Pactual. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Barbassa, outros seis fundos do gênero estão em análise pela estatal.

"Nossos fornecedores, principalmente pequenas e médias empresas, pagam juros muito elevados, que chegam a 200% do Certificado de Depósito Interbancário, o CDI. Com o FIDC, as empresas fornecedoras podem obter capital de giro a um custo em torno de até 1,3% acima do CDI, disse Barbassa ao jornal Valor Econômico em entrevista.

A medida reduz o risco de que empresta e de quem recebe o empréstimo porque o custo do financiamento é pago pela Petrobras. Além de pagar menos pelo capital de giro, a empresa não paga IOF, porque a operação com o FIDC é registrada como uma venda de ativos. Pelo mesmo motivo, a empresa contabiliza a operação como "adiantamento de receitas futuras", evitando aumentar a coluna de passivos de seu balanço patrimonial.

A redução de custos para fornecedores tem o objetivo, também, de estimular mais empresas a produzir para a estatal, afirma Almir Barbassa. Ele informa que a Petrobras trabalha intensamente para ampliar seu cadastro de fornecedores e que o Petronet, canal de compras eletrônicas da estatal, já tem 57 mil empresas listadas.

Os empresários interessados em fornecer à Petrobras procurem as páginas de internet da estatal para se cadastrar e conhecer as demandas da empresa. Elas podem ser encontradas pelos sites www.petrobras.com.br, no atalho para "canal fornecedor" ou no portal do Prominp, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, www.prominp.com.br.


Fonte de informações: Valor Econômico e Blog da Petrobras www.blogspetrobras.com.b

Registros de Paraitinga serão recuperados página por página em Diadema.

A história das pessoas que nasceram, se casaram ou morreram em São Luiz do Paraitinga, cidade a 182 km de São Paulo e destruída pelas chuvas na virada do ano, foi transportada de caminhão para o município de Diadema, vizinho à capital paulista. É lá que cerca de 160 livros com os registros civis dos moradores, cujas datas remetem a 1875, passarão por um cuidadoso e demorado processo de restauro.


A oficial titular do cartório de registro civil da cidade, Lara Lemucche Cruz, 30 anos, passou a tarde de quarta-feira empilhando os livros na calçada para o transporte. Entre eles, estavam 72 de nascimento, 46 de óbito e 39 de casamento, além de outros três de registros diversos. Resignados, alguns moradores que têm o seu nome inscrito naqueles livros pararam para ver a cena. Estima-se que 80% das mais de 50 mil folhas possam ser recuperadas.

O trabalho de recuperação é delicado e será feito página por página. Lara afirma que não sabe ainda como será o recomeço de seu trabalho. "É um cartório pequeno, mas tem a história dos registros de toda a cidade aqui. Espero que consigam salvar muita coisa, mas certamente não conseguiremos salvar tudo", diz.

Segundo ela, de três anos para cá, aqueles que requisitaram, por exemplo, a segunda via de uma certidão, tiveram o documento microfilmado. "Mas a grande maioria do que tínhamos aqui, não tem registro eletrônico. Nunca imaginamos que pudéssemos enfrentar uma enchente desse tamanho. Para se ter uma idéia, o cartório ficou todo coberto pela água. Nada do que estava lá dentro escapou."

Um dos encarregados pelo transporte e restauro dos livros é Leno Zan de Souza, 34 anos. Experiente no trabalho, diz que é a primeira vez que que se depara com um volume desta dimensão. Ele ainda não sabe com o tamanho da equipe que vai contar, mas espera que o grupo seja grande o suficiente para que o trabalho possa ser executado de maneira mais rápida.

"Os livros precisam ser desmontados e as folhas separadas uma a uma. Aí são lavadas com um produto químico especial e colocadas para secar. Nesse momento, as páginas que rasgaram também são reconstituídas. É dada uma capa nova aos livros. Acredito que até 80% do material que está aqui possa ser recuperado", diz.

fonte: Vagner Magalhães - Terra