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17 de jul. de 2009

Iveco investe em centro de distribuição em Sorocaba

A Iveco anuncia um novo centro de distribuição de peças de 10 mil m² de área construída, em Sorocaba (SP). Assim a fabricante de caminhões do grupo Fiat ganha um local com mais do que o dobro da área do atual armazém de Diadema (Grande São Paulo), que será desativado no início de 2010.

No novo local estão sendo investidos R$ 30 milhões. É parceira da iniciativa a CNH, empresa de tratores também do grupo Fiat, que está construindo um novo complexo industrial em Sorocaba. "A ampliação de capacidade era uma necessidade prevista desde que colocamos em prática nosso plano de crescimento acelerado no país. Com esse investimento, vamos garantir um serviço ainda melhor aos nossos atuais e futuros clientes", afirma Maurício Gouveia, diretor de pós-venda da Iveco na América Latina.

Empresa do segmento que mais cresce no país, a Iveco dobrou suas vendas no Brasil em 2007 e 2008. Segundo ele, existem hoje cerca de 48 mil comerciais leves, caminhões e ônibus Iveco em circulação no Brasil, sendo que mais de da metade entrou no mercado a partir de janeiro de 2007. O centro de distribuição trabalhará com um novo software de gestão mundial do grupo, a fim de garantir maior controle de estoques, agilidade e precisão nas operações.

Aumentam contratações em Diadema

Por: Deise Cavignato (deise@abcdmaior.com.br)


Período pós crise e shopping Praça da Moça aqueceram colocações no CPTER do município

O número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho aumentou no período pós crise. É o que revela o CPTER (Centro Público de Trabalho, Emprego e Renda) de Diadema. O crescimento começou em março, a curva seguiu ascendente e em maio houve o pico.

“A inauguração do shopping Praça da Moça ajudou a oferecer mais postos de trabalho. A média mensal tem ficado em 250 trabalhadores contratados, mas em maio foram 350”, explicou o coordenador do CPTER, Jerônimo de Almeida Neto.

Em junho, o número diminuiu para 280 contratados, mas continua maior do que a média. Atualmente, são atendidas 500 pessoas por dia, sendo 350 retornos (pessoas já cadastradas que vão conferir se há vagas) e outros 150 de cadastro novos.

Ao todo estão cadastradas 187.900 pessoas no centro de trabalho, mas, só de janeiro para junho foram inscritos 12.176 candidatos e 5.870 vagas oferecidas. Para dar a oportunidade do empresário escolher entre um e três candidatos, foram encaminhadas 15.486 pessoas, mas preenchidas apenas. 1.509. As outras pessoas podem ter sido empregadas através de outros centros públicos de trabalho, emprego e renda ou por seleção da própria empresa.

No CPTER de Diadema geralmente são contratadas mais pessoas na área de comércio e serviço. Como é o caso da faxineira Rosimeire Meres Ferreira que se cadastrou no CPTER em 2007, mas ainda trabalhava. “Eu fiquei desempregada em março de 2009 e fui chamada pra trabalhar no começo de maio no Shopping Praça da Moça”, contou.

Rosimeire disse que ficou com medo de não encontrar emprego na época da crise. “Fiquei em casa um mês parada e já entrei em pânico”, afirmou.

Serviço - O Centro Público de Trabalho, Emprego e Renda de Diadema fica na avenida Nossa Senhora das Vitórias, 249, no Centro. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30.

Mortalidade infantil cai 2,3% no ABCD

Por: Renan Fonseca (renan@abcdmaior.com.br)


Gestores municipais investem no atendimento pré-natal e orientam quanto à importância do parto normal

A taxa de mortalidade infantil (crianças com até 1 ano) caiu 2,3% em 2008 nas sete cidades do ABCD em relação ao ano anterior. Foram 11 mortes a menos, de acordo com pesquisa da Fundação Seade divulgada nesta semana. Na Região, foram 464 óbitos

São Caetano registrou o menor índice do Estado. No município, a média é de 4,1 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil bebês nascidos vivos. Em seguida vem Diadema, com taxa de 11,8. O índice de Santo André (12,7) fica apenas alguns pontos à frente de São Bernardo, com 12,1.

O município com maior taxa de mortalidade foi Rio Grande da Serra, com 20,4. Isso não significa necessariamente um resultado ruim, já que em municípios pequenos uma única morte pode promover grandes mudanças na taxa. A segunda maior taxa de morte de crianças no ano passado está em Mauá, com 15,6, seguida por Ribeirão Pires, 13,6.

A taxa de mortalidade de bebês é um dos melhores indicadores da estrutura da cidade, de acordo com a assessora especial de Coordenação de Ação Social de São Caetano, Regina Maura Zetone Grespan. Ela explica que todos os equipamentos públicos, como saneamento, influenciam na taxa. “O saneamento precário pode transmitir doenças para a mulher grávida e, consequentemente, para o feto. Assim, as chances de complicações na hora do parto ou mesmo após são maiores”, explicou.

Além dos investimentos na ampliação do atendimento pré-natal e neo-natal, Regina lembrou que o município conta com o Programa Bebê Cidadão. “A mãe e o bebê recebem atendimento médico em casa após o parto”, frisou a gestora. “Na rede municipal de saúde, os médicos também orientam as pacientes quanto à importância do parto normal e aleitamento materno”, complementou.

Por outro lado, o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, explicou que o aumento no índice da cidade “traduz os problemas na estrutura da Saúde deixada pelo governo anterior”. “Por exemplo, quando assumimos a Administração, percebemos que havia uma desarticulação na política da saúde feminina”, ressaltou.

Parto normal – Um dos fatores que influenciam no índice de mortalidade infantil é a forma como é feito o parto. Médicos explicam que o parto normal é a forma menos passível de sofrer complicações. O secretário de São Bernardo informou que a OMS (Organização Mundial de Saúde) orienta que 85% dos partos realizados devem ser normais enquanto apenas 15% cesariana. “O parto de cesariana não deixa o feto atingir a maturidade, o que acarreta no aumento dos riscos de o bebê sofrer complicações.”

Para diminuir a incidência de mortes entre recém-nascidos, gestores públicos procuram investir no atendimento pré-natal. Em Diadema, por exemplo, a secretária de Saúde, Aparecida Pimenta Linhares, informou que 81% das pacientes grávidas passam por ao menos sete consultas de pré-natal. “A mortalidade entre bebês vem reduzindo nos últimos anos. Para que a queda continue, vamos investir no atendimento ao pré-natal, que é a forma de dar segurança e saúde ao feto antes do parto”, disse.

Além disso, Aparecida disse que o peso do recém-nascido também deve ser controlado. “O ideal é que o feto nasça com 2,5 quilos. Estamos investindo em capacitação para diminuir o número de crianças que nascem com peso abaixo dessa meta”. No município, em ao menos 9% dos partos o bebê possui peso inferior a 2,5 quilos.

Diadema fica com menos áreas para moradias

Por: Karen Marchetti (karen@abcdmaior.com.br)

Nem as batucadas e a presença de mais de 250 militantes dos movimentos de moradia, na Câmara de Diadema nesta quinta-feira (16/07), evitaram que 10 dos 42 terrenos indicados como AEIS (Área Especial de Interesse Social) fossem retirados do Plano Diretor para construção de moradias financiadas pelo programa federal 'Minha Casa, Minha Vida’.

A Prefeitura cedeu à pressão do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e sindicatos, que argumentam que os terrenos estão localizados em áreas industriais e muitas empresas têm projetos de expansão.

Por esse motivo, o Plano Diretor foi aprovado com emendas que autorizaram apenas 32 áreas, sendo a maioria de propriedade particular, e reduziu de 270 mil metros quadrados para construção de moradia para, no mínimo, 207 mil metros quadrados.

No entanto, para evitar conflitos com os movimentos de moradias, a Prefeitura e a Câmara terão o prazo de 30 dias, após a publicação da lei, para fazer adequação do projeto e apresentar novas áreas. Neste período, a Administração vai dialogar com as entidades econômicas sobre as 10 áreas retiradas do Plano Diretor.

Outra alteração é que terão direto ao programa federal, famílias com renda mensal de zero a seis salários mínimos, sendo que 30% do total de área destinado para construção de moradias serão destinados para famílias com renda de zero a três salários mínimos.

Por conta deste projeto, o encontro semanal na Câmara foi tumultuado. Precisou suspender a sessão para dialogar com os líderes dos movimentos, que ficaram revoltados com as áreas retiradas.

De acordo com a maioria dos vereadores e, inclusive, do líder do governo, Laércio Soares (PCdoB) a Prefeitura poderia ter evitado o desgaste. “Administração poderia ter dialogado com as entidades antes e verificar casa a caso”, disse o comunista.

O secretário de Habitação, Márcio Vale, não é tão esperançoso como os vereadores e os movimentos de moradia que acreditam ter facilidade na apresentação de novas áreas. Vale acredita que não será fácil encontrar novas áreas. Uma das saídas da Administração será dialogar com os empresários a respeito das 10 áreas e reavaliar as 120 áreas analisadas subutilizadas.

“Para se ter uma idéia, das 120 áreas sobraram 42. Não será fácil enccontrar novas áreas, além, mas, será um grande desafio”, explicou o secretário ao admitir não ter procurado as entidades industriais antes da apresentação do projeto na Câmara. As entidades sindicais e empresariais iniciaram o debate nas áreas apenas nesta semana, o que foi considerado uma falha para os vereadores e empresários.

Lei: Nos próximos três meses, a Prefeitura deve iniciar a entrega de notificação de uso de áreas aos proprietários dos terrenos. A venda das áreas para a Administração ou empresas privadas não é obrigatória. Porém, a Administração pode usar o recurso de cobrar IPTU progressivo.