5 de mar. de 2015

As impressoras da 3D Systems, de Diadema, produzem próteses faciais

As impressoras da 3D Systems, de Diadema, produzem próteses faciais; setor espera popularizar o uso do equipamento. Foto: Adonis Guerra


O barateamento da tecnologia tem difundido a utilização de impressoras em terceira dimensão (3D) como solução para diversos setores, da medicina até a produção de alimentos. A discussão sobre a expansão desse mercado será tema de congresso na semana que vem, em São Paulo. Entre os participantes do evento estão duas empresas do ABCD especializadas nesta tecnologia.

O congresso Inside 3D Printing abordará questões como a manufatura aditiva e inovação, impacto econômico, desenvolvimento de próteses em liga de titânio e bioimpressão (órgãos e pele). Uma área aberta vai expor equipamentos produzidos pelas impressoras.

Com sede em Diadema, a 3D Systems trouxe ao Brasil as principais novidades do setor de prototipagem apresentará três equipamento. O destaque é a CubePro, impressora tridimensional de uso pessoal que permite trabalhos com até três combinações de cor, tamanhos maiores de peças impressas, utilização do nylon para produção, além dos plásticos.

O gerente geral da 3D, Luiz Fernando Dompieri, explica que a ampliação deste setor no Brasil depende do comportamento dos preços, que começam a demonstrar tendência de baixa e maiores perspectivas de crescimento interno. “Há uns cinco anos apenas grandes indústrias tinham acesso a essa tecnologia, agora é possível encontrar uma impressora tridimensional a partir de R$ 5 mil”, disse o executivo, que espera crescimento dos negócios em até 30% neste ano. 

Dompieri promete demonstrar ao público a qualidade da primeira guitarra com estrutura totalmente feita em três dimensões. “Com exceção das cordas, o resultado final é igual a qualquer outra guitarra que estamos acostumados a ver no mercado, com o diferencial de poder moldar o instrumento do jeito que a criatividade permitir”, comentou.

Facilidade - A fabricante de impressoras 3D Procer, de São Bernardo, inova com o equipamento de tela sensível ao toque, sendo possível o usuário programar a máquina sem necessitar de um computador. O proprietário da empresa, Felipe Businskas, aposta na popularização do produto para crescer até 200% neste ano. 

“Muitas pessoas utilizam da máquina para produzir capas para celulares, chaveiros e diversos outros itens. Esperamos facilitar o manuseio da impressora, além de tornar essa tecnologia acessível a todos os públicos”, disse. A impressora deve ser comercializada a R$ 4.500 e os materiais de recarga são vendidos a R$ 120 o quilo.

Na faculdade - A utilização da impressora 3D já é realidade em universidades na Região. No Instituto Mauá de Tecnologia, os alunos de engenharia civil, mecânica e de produto aprendem as tendências de mercado a partir dessa tecnologia. O professor de Engenharia da Computação, João Carlos Lopes Fernandes, afirma que está próximo de usuários domésticos começarem a ser beneficiados com equipamentos tridimensionais.

“Desde apoios ortopédicos até alimentos diversos são estudados para facilitar a utilização do equipamento em casa e as empresas podem planejar estratégias para atingir estes públicos específicos e suas necessidades”, afirmou. 

fonte: Iara Voros - ABCD MAIOR
 

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