24 de nov. de 2014

Indústria de Diadema exporta produto para cabelo ao Catar



São Paulo – A Prolab, indústria de produtos capilares de Diadema, cidade da Região Metropolitana de São Paulo, deve fazer sua primeira exportação para o mercado árabe entre o final deste ano e o começo do próximo ano. A empresa finaliza os trâmites para envio de um pedido feito pelo Catar, país do Oriente Médio. A maior parte do pedido é de produtos para alisamento de cabelos, segundo o sócio e fundador da empresa, Miguel Torres Neto.

Os primeiros contatos para o fechamento do negócio foram feitos na feira Cosmoprof, em Bologna, na Itália, em abril deste ano, e as conversas seguiram depois na Beautyworld Middle East, feira de beleza de Dubai, em maio, da qual a Prolab também participou. Além do pedido para o Catar, a Prolab está em negociações com os Emirados Árabes Unidos e com o Irã, este último país que fica no Oriente Médio, mas não é árabe. Torres pretende enviar, nos próximos meses, um profissional da área técnica para demonstração dos produtos no Irã e nos Emirados.

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Entre produtos fabricados estão finalizadores
A Prolab está encaminhando também os trâmites para obter a certificação halal e para se associar à Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A expectativa é que com mais estes dois adicionais, além do fato de já ter feito exportação para a região, a empresa possa abrir ainda mais mercado no mundo árabe a partir da participação, em 2015, da Beautyworld Middle East e da Cosmoprof.

A indústria de Diadema trabalha com quatro marcas, uma chamada Ativare, voltada para cabelos finos e lisos, outra chamada Nutrat, para cabelos mais grossos e crespos, outra chamada Iluminata, para cabelos com coloração, e outra que é a Tonalittá, de tonalizantes. As três primeiras têm todos os tipos de produto, desde hidratantes, xampus, finalizadores e fixadores e alisadores, voltados para cada especificidade de cabelo.

O carro-chefe da empresa são os alisadores. Torres explica que a Prolab não usa formol nos seus produtos e sim carbocisteína, matéria-prima que é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão brasileiro que fiscaliza o setor e que costuma se orientar pelas regras europeias. Segundo ele, a carbocisteína tem suas desvantagens: se não for aplicada segundo instruções do fabricante, pode tirar a coloração do cabelo. Mas, em contrapartida, não oferece risco à saúde do consumidor e do profissional que a utiliza.

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Soluções para limpeza e condicionamento
O empresário ressalta que a ética e o respeito ao consumidor sempre foram características da Prolab. E ele acredita que os produtos da empresa têm muito espaço no mundo árabe. “Nossas linhas são muito bem focadas. Os cabelos grossos são característica dos cabelos árabes, não crespos, mas armados, com volume, e eles querem cabelos mais fáceis de domar, com menos volume”, afirma Torres, principalmente sobre as mulheres. “Quem testou lá, verificou que o nosso produto é ideal para eles”, diz, sobre o consumidor árabe.

Essa deve ser a primeira exportação da Prolab para os árabes, mas a empresa já faz embarques para outros mercados no exterior. Ela tem clientes em Portugal, Espanha, Inglaterra, Colômbia, Costa Rica e deve começar a vender para Uruguai e Chile em 2015. A exportação responde atualmente por 20% a 30% de tudo o que a empresa fabrica.

Torres fundou a Prolab há 15 anos. Nascido em Alagoas, ele vive há 36 anos na cidade de São Paulo, onde começou a trabalhar na área. Primeiramente Torres vendia os cosméticos que seu irmão fabricava no Rio de Janeiro. Mas com a abertura de mercado para as importações e exigências cada vez maiores do mercado, Torres resolveu se tornar fabricante. Primeiro fez sua empresa nos fundos de casa mesmo e depois a estruturou. A Prolab tem uma unidade produtiva em Diadema e conta com 18 funcionários. Apenas dois tipos de produtos são feitos de forma terceirizada, mas passarão a ser produzidos na fábrica da Prolab em breve.

A Prolab tem laboratório para desenvolvimento e criação de novos produtos, com dois químicos. O setor de vendas nacionais é terceirizado. Os itens fabricados são todos voltados para uso profissional, de salões de cabeleireiros. A empresa é levada adiante por Torres e sua esposa, Eliana Guerra Torres, que também é sócia no negócio.

fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe

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