10 de nov. de 2014

Aventura em um simulador de voo gigante em Diadema

O repórter, Mauro Costa, vivenciou a experiência de simular um voo

De São Paulo ao Rio de Janeiro e de volta em apenas dez minutos. Nem o trem-bala, nem em algum filme de ficção científica ou em algum devaneio com um Concorde ou outro supersônico, quem sabe até mesmo em um voo no sinistro SR-71 Blackbird da época da Guerra Fria, da mesma empresa fabricante. Essa aventura se deu sem tirar os pés do chão, mas com as mesmas sensações de quando se está voando em uma aeronave de verdade.
O convite para participar de um voo nos modernos simuladores utilizados pela equipe de pilotos da Gol Linhas Aéreas Inteligentes era de deixar o coração palpitante antes mesmo de sua realização, até mesmo para quem não tem afeição ao tema.
Muita emoção, ainda que o tempo tenha sido pouco. Montados em Diadema (SP), em um amplo galpão na sede da SIM Industries Brasil, empresa do grupo americano Lockheed Martin Company, os três simuladores para as aeronaves Boeing 737-800 são o que há de mais moderno em treinamento de equipagens de voo no Brasil. Dois deles são mais discretos, quadrados, nem chamam tanto a atenção. Mas o terceiro parece saído de algum filme Star Wars ou algo semelhante.
Os comandantes Caio Sérgio e João Carlos fizeram as vezes da casa, recebendo os jornalistas convidados em grupos de quatro por voo. Na minha vez, ficamos decidindo no palitinho quem iria ter a honra de sentar no assento do copiloto e decolar a aeronave sob as orientações dos dois comandantes.
Os critérios interesse e empolgação devem ter pesado, porque fui o indicado pelos colegas para ser o 2P (segundo piloto) no voo. Entre encantado com a colorida e tecnológica cabine e o painel de instrumentos do -800 Next Generation e fascinado com a nitidez da paisagem, que mostrava a pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos com detalhes impressionantes.
Participei da decolagem, mas a função de jornalista falou mais alto e fiquei entre perguntar e tirar dúvidas sobre velocidade de rotação, ângulos de flaps e outros papos de aficionado por aviação e, claro, entre pilotar um pouco a garça.
Logo a brincadeira acabou, pois após a decolagem e o recolhimento do trem de pouso e nivelamento da aeronave, era hora de ceder espaço para os demais. Mas acompanhei logo atrás o momento do pouso, marcado por uma verossimilhança impressionante com o que sentimos cada vez que chegamos aos nossos destinos. Impressionante! Os sistemas elétrico e pneumático garantem a realidade de todos os movimentos para quem está dentro e mesmo quem observa de fora.
A redução nos custos operacionais de treinamento e a confiabilidade dos equipamentos utilizados garantem a proficiência dos comandantes e copilotos da Gol Linhas Aéreas Inteligentes e demonstram o grau de profissionalismo existente nas companhias aéreas brasileiras.
Ajuda bastante a diminuir aquela sensação incômoda que acomete a maioria das pessoas que voam, pois todos os tipos de procedimentos de emergência ou situações fora do padrão são treinados à exaustão. E aumenta ainda mais a admiração por aqueles senhores e senhoras que passam grande parte de suas vidas contemplando o mundo sob outros ângulos. 
Saiba mais
Em média, uma missão de treinamento no simulador é composta de 1h30min de reunião prévia de briefing, 2h de treinamento de voo no equipamento, seguidas de outras 2h em uma segunda rodada, finalizando com uma reunião de de briefing pós-voo de 30 min.
A Lockeheed Martin treina anualmente cerca de 35 mil pilotos em dúzias de tipos de aeronaves em todo o mundo.
fonte: Mauro Costa - O POVO

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