“Até abril iremos operar na cidade”, adiantou Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp. O ciclo de leitura de hidrômetros, tarifa social e empregos dos 289 funcionários da Saned serão mantidos. A Sabesp também herdará contratos de intervenções de saneamento que a Saned possuía junto ao governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), além de investir diretamente R$ 95 milhões pelo acordo.
O prefeito Lauro Michels (PV) voltou a afirmar que “trocou dívida por investimento” ao aceitar proposta feita pela Sabesp para sanar o débito bilionário. “Peguei o abacaxi e tive de comer com casca e tudo”, comparou o verde. “Acompanho a discussão desde que era vereadora. E sei que chegamos ao melhor para Diadema”, declarou a deputada estadual Regina Gonçalves (PV).
Diretor de gestão corporativa da Sabesp, Manuelito Pereira Magalhães Junior confirmou estremecimentos ao longo dos 13 meses de discussão. “Foi complexo (o debate). Divergimos em alguns pontos, rediscutimos. E tiramos peso das costas da cidade, além de garantir investimento em saneamento.”
IRRITAÇÃO - Lauro não escondeu descontentamento ao ser informado por diretores da estatal de que a primeira parcela do investimento de R$ 95 milhões será depositada na conta da Prefeitura em até 30 dias. Havia compromisso de que R$ 47,5 milhões fossem transferidos ao Paço um dia depois da assinatura do contrato. Ele ameaçou até não rubricar o convênio.
Alguns minutos depois, acalmou-se. Recebeu confirmação de dirigentes da Sabesp de que o recurso será repassado o mais rapidamente possível. “Haverá esforço e agilidade para efetuarmos o pagamento”, disse Massato. A segunda parcela será quitada até o fim de 2016.
fonte: Raphael Rocha - Diário do Grande ABC
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