12 de ago. de 2011

Diadema e Mauá são bolas da vez no mercado imobiliário


Que o mercado imobiliário está aquecido no Grande ABC não é novidade. Mas um cenário vem sendo desenhado em Diadema e Mauá no setor. A demanda por financiamentos imobiliários para residências nas cidades cresceu vigorosamente em relação aos demais municípios, impulsionada em grande parte por paulistanos, contou o gerente regional de negócios de construção da Caixa Econômica Federal, Rafael Arcanjo.
 Sem números exatos, mas considerando informações de agências da região, o executivo informou que a maioria dessas famílias mora nas imediações, na Capital, de Diadema e Mauá. "E está ocorrendo mudança positiva. Não é de hoje que essa migração acontece. Porém há alguns anos ela era marginalizada, direcionada às favelas dos dois municípios. Hoje, com as prefeituras empenhadas em reforçar as estruturas das cidades, as pessoas buscam moradias mais bem estruturadas", explicou Arcanjo.
Os paulistanos não são os únicos na procura por crédito para comprar a casa própria. Os moradores dessas cidades também compõem boa parte da demanda. "Mas dificilmente ocorre a migração das outras cidades do Grande ABC", destacou Arcanjo.
Ele avaliou que o fácil acesso a São Paulo, que Diadema e Mauá oferecem, contribui para a elevação da intenção de compra da casa própria nessas cidades.
Na semana passada, a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC em apresentação sobre os lançamentos da região, destacou que Diadema é a "bola da vez" para o mercado imobiliário. A entidade disse, na ocasião, que a demanda estava aquecida e o setor da construção estava de olho na situação.
 MINHA CASA
A migração dos paulistanos à região ajudou para que a Caixa registrasse 949 casas, neste ano até sexta-feira, financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida 2. No entanto, esses contratos são remanescentes da primeira fase do plano habitacional. "O mercado ficou parado neste primeiro semestre. Todos aguardavam a regulamentação da nova fase do programa, que ocorreu por portaria publicada no dia 7 de julho, para não dar passo em falso", contou Arcanjo.
O problema é que a nova regulamentação foi, amplamente, focada à faixa 1 do MCMV 2, cuja renda família mensal é de até R$ 1.600. A faixa 2, de salário entre R$ 1.601 e R$ 3.100, e a 3, cujo faturamento mensal vai de R$ 3.101 até R$ 5.000, tiveram poucas regras determinadas, como os limites de renda e o valor máximo dos imóveis, que agora chega até R$ 170 mil. "Aguardamos com ansiedade que o Ministério das Cidades publique a regulamentação dessas duas faixas", disse Arcanjo.
 Crédito imobiliário da Caixa na região cresce 6,8% no semestre
 A Caixa Econômica Federal atingiu R$ 622,3 milhões em financiamentos imobiliários, no primeiro semestre, na região. O resultado representou crescimento de 6,8%, tendo em vista que no mesmo período do ano anterior a instituição financeira contabilizou R$ 582 milhões.
 "Foi uma surpresa, pois nossa expectativa era de manutenção do resultado do ano passado, que foi muito forte", afirmou o gerente regional de negócios em construção da Caixa, Rafael Arcanjo. Com base na superação da meta, o executivo estima que o ano encerre com engorda de 7%, acumulando R$ 1,34 bilhão na região. O valor considera cerca de 5.000 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, para a faixa um do plano habitacional, cujos projetos estão próximos da aprovação, em São Bernardo, Santo André, Mauá e Diadema.

fonte: Pedro Souza - DGABC


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