23 de nov. de 2010

REGIÃO TERÁ MAIS DE 400 CÂMERAS DE SEGURANÇA EM 2011

 A violência e a insegurança estão incentivando as prefeituras do ABCD a comprar e instalar câmeras de monitoramento. Desde 2005, a Região instalou 165 aparelhos e investiu R$ 5 milhões, entre recursos municipais, particulares e federais no setor. Para 2011, o número vai mais do que dobrar. Em parceria com o governo federal, a estimativa é que Santo André, São Bernardo e Diadema injetem R$ 12 milhões na aquisição de 241 novos equipamentos de filmagem, totalizando 406 câmeras no ABCD.

“Infelizmente, a população convive com a insegurança. Por isso, o governo precisa pensar em alternativas para deixar o povo seguro”, comentou o secretário de Segurança de São Caetano, Moacyr Rodrigues. Em novembro, a cidade divulgou o investimento de R$ 1,2 milhão dos cofres municipais em 60 equipamentos de vídeo. A intenção é que o videomonitoramento comece a funcionar entre janeiro e fevereiro de 2011. Porém, antes o espaço precisará ser readequado e os funcionários, treinados.

Com o investimento, São Caetano passará a contar com 74 câmeras, o que corresponderá a 45% do total de equipamentos do ABCD quando os 60 equipamentos de vídeo forem instalados.  Diadema vem em segundo lugar, com a instalação de 64 aparelhos, seguido por Santo André com 19 e São Bernardo com oito câmeras de monitoramento. Para 2011, Santo André, São Bernardo e Diadema possuem projetos para ampliação, enquanto Ribeirão Pires e Mauá estudam a implantação dos primeiros equipamentos de segurança.

São Bernardo, que iniciou o projeto de videomonitoramento este ano, tem meta ambiciosa para o próximo ano. O município planeja instalar 200 câmeras para monitorar todas as escolas municipais. O custo total ainda está em estudo, mas com base nos projetos de Santo André e Diadema, que pretendem instalar 21 e 20 equipamentos, respectivamente, ao valor de R$ 1 milhão cada cidade, o investimento de São Bernardo deverá ficar em torno de R$ 10 milhões, totalizando um investimento de R$ 12 milhões para 2011.

“O programa de videomonitoramento de São Bernardo, quando implantado, vai agilizar o trabalho operacional da Guarda Civil Municipal e ampliará a sensação de segurança nas ruas do município por se tratar de uma ferramenta fundamental para o trabalho preventivo. Em 2011 vamos implementar a segunda etapa desse sistema, com novos detalhes a partir de janeiro”, afirmou Benedito Mariano, secretário de Segurança Urbana de São Bernardo.

O montante é visto pelo coronel José Martins Navarro, comandante do Policiamento da Área Metropolitana 6, responsável pela Região, como importante para o controle e fiscalização de delitos, tanto na prevenção quanto em ações investigativas. “Estamos negociando para colocar policiais nos centros de monitoramento, mas enquanto isso não é possível a própria prefeitura, via Guarda Municipal, passa um rádio e avisa as ocorrências”, explicou. Por enquanto, apenas São Caetano terá um policial no videomonitoramento.

Responsabilidade - O especialista em segurança Jorge Lordello também apoia a iniciativa da Região em tomar para si a responsabilidade pela segurança pública. “A tecnologia tem colaborado não apenas no combate a criminalidade, mas também no monitoramento do trânsito”, comentou. Para o pesquisador criminal, ao optar pela instalação dos equipamentos, o ABCD está minimizando custos. “A cada câmera instalada é como se a cidade estivesse colocando um policial ou GCM naquele ponto. O bom dos equipamentos é que possuem giro de 360º e zoom, algo que um ser humano não tem”, avaliou.

O treinamento de funcionários e a instalação de placas sinalizando os aparelhos são as únicas ressalvas de Lordello sobre a iniciativa. “Não basta encher a cidade de câmeras e não treinar as pessoas para saber o que procurar nas imagens”, ressaltou.  Já as sinalizações podem servir, de acordo com o especialista, como um fator inibidor. “Imagine colocar um policial dentro de uma casa olhando pela fechadura. Se ocorrer algum delito, o policial terá que agir. Por outro lado, se a polícia ficar exposta, dificilmente haverá crime naquele lugar. Funciona da mesma forma com as câmeras”, afirmou.

Claudia Mayara - ABCD MAIOR

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